Pai em Coma romance Capítulo 160

Naturalmente, Leo não ignorou o tom satisfeito que se insinuava na voz de Ana. Ele franziu os olhos e, sem aviso, esticou a mão, agarrando a cintura dela.

Ana, que era extremamente sensível a cócegas, quase saltou de surpresa quando foi tocada de forma tão abrupta pelo homem.

Percebendo a reação dela, Leo a puxou para perto, pressionando-a contra suas pernas.

- O que... O que você está fazendo?

A face de Ana ficou imediatamente vermelha, e esse homem, ao tocar abruptamente sua área sensível, quase a fez tombar.

- Tenho medo de dor. Quando sinto dor, não consigo evitar de agarrar algo. Aguente firme. - Disse Leo, com uma expressão de fingida seriedade.

Ana ficou irritada. Durante a briga com Paulo, ela não percebeu que Leo tinha medo de dor. Ele estava claramente brincando com ela.

De repente, Ana perdeu a vontade de contra-atacar Leo. Ela rapidamente largou o algodão embebido em álcool que estava segurando.

- Terminei. Não vai doer mais, pode soltar.

Vendo o rosto dela tão rubro quanto uma maçã madura, Leo sentiu-se um pouco aliviado e finalmente soltou a mão. Libertada do controle de Leo, Ana queria terminar, logo, tudo aquilo. Ela prendeu a respiração, abriu o frasco de pomada, colocou um pouco no dedo e, em seguida, passou delicadamente na ferida de Leo.

A ferida de Leo já tinha parado de sangrar. Apenas a ardência causada pelo álcool fez a área ficar vermelha, dando a impressão de que doía muito.

- Está doendo? - Ana, sem perceber, suavizou seu movimento, não querendo causar mais dor a Leo.

Afinal, esse homem tinha salvado sua vida várias vezes. Além disso, Ana não era uma pessoa cruel.

Vendo o cuidado em seus olhos, o coração de Leo acelerou sem querer.

Ana não ouviu a resposta de Leo, pensou que ele ainda estava sentindo dor e sentiu-se um pouco constrangida.

- Talvez eu ainda não seja muito habilidosa. Você quer que eu chame o médico da família?

- Não precisa, continue. - Disse Leo, seus olhos fixos na mulher à sua frente, segurando seu pulso, impedindo-a de se afastar.

Ana sentiu o calor do corpo dele, e seu rosto, que tinha acabado de esfriar um pouco, voltou a esquentar.

- Tudo bem, então. Se estiver doendo, me avise.

Dito isto, Ana continuou seu trabalho de antes, aplicando mais pomada em Leo.

A distância entre os dois era tão curta que podiam sentir claramente a respiração um do outro.

Ana estava um pouco desconfortável. Ela não ousava olhar para os lados e mantinha os olhos fixos na ferida de Leo.

Com essa visão, Ana percebeu, pela primeira vez, que a pele desse homem era tão boa que dava inveja, embora não fosse bem cuidada, era extremamente lisa e macia.

É preciso dizer que algumas pessoas são abençoadas pelo Criador, desde o nascimento.

O coração de Ana estava em um caos completo, especialmente, sentindo a respiração do homem, soprando suavemente sobre ela, que fez seu coração bater mais rápido.

Ana rapidamente terminou de aplicar a pomada e estava prestes a se levantar quando Leo a segurou novamente:

- Ainda tem na testa.

Tudo que Ana pôde fazer foi concordar. Antes, ela estava sentada no sofá, mas por causa da diferença de altura entre eles, ela não conseguia ver bem o ferimento na testa dele, então mudou para a posição de ajoelhar-se.

Dando uma olhada, o ferimento na testa era apenas um arranhão muito pequeno, mas já que Leo falou, Ana não pensou duas vezes, pegou a pomada e se preparou para cuidar dele também.

Ana estava muito concentrada e não percebeu que seu movimento aproximou seu peito no rosto do homem.

Leo podia ver os cabelos de Ana balançando diante de seus olhos, o suave aroma de leite envolvia a ponta do nariz de Leo, fazendo seu coração balançar.

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