Pai em Coma romance Capítulo 159

Embora houvesse alguém observando, Ana não teve coragem de ser muito explícita nas suas palavras. Só pôde usar esse método para informar Dantes, que estava agora em cativeiro. Dantes, dotado de uma inteligência inquestionável, entendeu imediatamente o que ela tentava transmitir. Com uma voz tranquila e confiante, ele afirmou:

- Compreendo, é bom que finalmente tenha aceitado isso. Deixe a situação comigo, cuidarei de tudo.

Ao pronunciar essas palavras, Dantes encerrou a chamada com firmeza. Ana devolveu o celular à criada e, em seguida, a dispensou amavelmente.

Na grande sala, só restava Ana.

Refletindo sobre a promessa que Dantes acabara de fazer, o coração dela, que antes estava agitado, se acalmou um pouco.

Embora Leo não tenha exigido imediatamente que ela abortasse o bebê, ela sabia que isso acabaria por acontecer.

Ela se sentia como uma peça de carne numa tábua de cortar, sem qualquer possibilidade de resistência.

O único plano que ela poderia conceber era fugir, encontrar um lugar onde Leo não pudesse encontrá-la, dar à luz ao bebê em segredo e, talvez assim, existisse uma chance.

Ela deduziu que Dantes provavelmente estava bastante frustrado com a situação caótica atual da família Santos, então arriscou que ele a ajudaria a escapar.

Parece que ela acertou.

Com a ajuda de Dantes, ela provavelmente poderia fugir.

O próximo passo seria apenas esperar pacientemente...

...

Depois de passar algum tempo ao lado de João, Leo retornou ao apartamento onde Ana estava.

Essa mulher, sempre pensando em fugir. Ele nunca estava completamente tranquilo se não estivesse de olho nela.

Ao ver que era Leo quem retornava, a criada abriu a porta.

Ana estava sentada na sala de estar, assistindo televisão para passar o tempo.

Ao ouvir os ruídos, Ana levantou a cabeça e viu que Leo tinha retornado, mas não sabia o que dizer. Foi então que notou algumas novas feridas em seu rosto.

Após hesitar por um momento, Ana finalmente falou:

- Vai cuidar dessas feridas no rosto?

Mas, pensando na possibilidade de que tal rosto bonito ficasse marcado, Ana superou sua relutância.

Tudo bem, ela aplicaria o remédio nele, como se estivesse protegendo uma obra de arte de valor inestimável.

Afinal, não há muitos homens tão bonitos neste mundo.

Ana pegou a caixa de medicamentos, procurou um pouco, e retirou o álcool e uma pomada anti-inflamatória.

Com um algodão embebido em álcool, Ana pressionou-o firmemente contra a ferida de Leo.

Leo inalou rapidamente, embora as feridas não fossem profundas, a sensação do álcool ardendo era bastante intensa.

Ao ver Leo sofrendo, o humor de Ana, que não estava muito bem, de repente melhorou bastante.

Finalmente, ela teve uma oportunidade de colocar Leo em desvantagem, Ana pressionou, o algodão com álcool, com mais força.

- Desculpe, deve estar doendo um pouco, mas se a ferida não for limpa corretamente, pode infeccionar. Então, por favor, suporte um pouco mais.