Pai em Coma romance Capítulo 250

Leo olhava nos olhos de Ana e não conseguia conter o riso. Essa mulher, em uma situação como essa, ainda achava que ele seria tolo o suficiente para parar, só porque ela fez uma ameaça?

- Fique tranquila, se eu não quiser que você morra, nem mesmo se você quiser morrer, você conseguirá..- Disse Leo em um tom calmo, arrepiando a pele de Ana.

- Se você decidir fazer uma greve de fome, posso fazer você viver o resto da vida dependente de nutrição intravenosa. Se não tem medo, então tente. - Leo semicerrou os olhos, com um brilho cruel em seu olhar.

De repente, Ana sentiu que o homem à sua frente era muito estranho. Parecia que nunca o conheceu verdadeiramente, esse lado impiedoso e exigente de Leo. Com apenas uma palavra dele, ele poderia negar a vida ou a morte a alguém.

Depois de soltar essas palavras, Leo se virou e se preparou para sair. Ana observou sua figura e, inesperadamente, sentiu-se calma.

Seus braços e pernas estavam amarrados, e ela temia que não pudesse escapar.

- Leo, se um dia você descobrir que o filho em meu ventre é realmente seu, mas você o matou com suas próprias mãos, você se arrependeria? - Ana perguntou.

Os passos do homem vacilaram, as palavras de Ana acenderam inexplicavelmente sua raiva. Essa mulher era capaz de dizer qualquer absurdo em nome da criança em seu ventre.

- Não há 'se'. Mesmo que o que você disse seja verdade, você não merece dar à luz meu filho. - Ele respondeu friamente, antes de se afastar sem olhar para trás.

A porta da sala de cirurgia se fechou com um som.

Ana observou a figura de Leo desaparecer diante de seus olhos. Diante dessa resposta, talvez ela devesse chorar, mas, surpreendentemente, ela sorriu.

No entanto, havia um traço de desespero em seu sorriso, e enquanto sorria, as lágrimas inundaram seus olhos.

Aparentemente, ela era tão desprezível aos olhos dele.

Seu filho não poderia nascer de seu ventre porque ela não era merecedora?

Sua respiração começou a ficar difícil, e os médicos e enfermeiros ao seu lado perceberam que suas emoções estavam se intensificando, então se aproximaram com uma seringa de anestesia.

Ana viu a agulha da anestesia se aproximar cada vez mais e gritou:

De qualquer forma, a vida é longa, ele ainda tem a segunda metade da vida para desperdiçar junto com ela.

Leo sentia que poderia realmente estar enlouquecendo.

Mas, surpreendentemente, ele sentiu que esse resultado não seria tão ruim.

Dentro da sala de cirurgia, Ana olhava com olhos arregalados, enquanto a agulha da seringa perfurava sua pele. Depois de uma dor aguda, sua consciência gradualmente se tornou turva.

As luzes cirúrgicas à sua frente começaram a se mover freneticamente.

Ela não podia desmaiar, precisava se manter consciente, não queria perder o bebê em seu ventre...

Inúmeros pensamentos, inúmeras formas de insatisfação inundaram sua mente, mas foram em vão. Ana só conseguia sentir sua cabeça girar cada vez mais, seu corpo ficando cada vez mais entorpecido e, finalmente, a escuridão a engoliu completamente.