Pai em Coma romance Capítulo 396

Leo não disse nada. Ao perceber a situação, Luísa teve que deixar o copo de água de lado.

- Leo, eu sei que você não quer me ver. Eu também estava planejando ir para o exterior e não esperava ouvir sobre o seu problema, antes de partir. Só queria dar uma última olhada em você, pois provavelmente não nos veremos mais. Cuide-se bem. - Ao falar, Luísa colocou o cartão de crédito ilimitado que Leo lhe deu, sobre a mesa. - Ao longo desses anos, estive satisfeita ao seu lado. Não quero mais nada seu, só espero que, depois que eu for embora, você possa se reconciliar com Ana e ser feliz.

Terminando de falar, Luísa se levantou, pronta para partir.

Leo observou sua silhueta e, ao mencionarem Ana, sentiu uma ironia imensa.

Por ela, ele havia expulsado Luísa do país sem pensar duas vezes, apenas para fazer Ana acreditar em seu amor verdadeiro. Mas tudo não passava de uma fantasia criada por ele.

Ela não se importava nem um pouco com ele, muito menos com a pessoa com quem ele estava.

Luísa aproximou-se da porta. Embora seus passos parecessem calmos, suas mãos já estavam suando frio.

Desta vez, ela arriscaria tudo, e se perdesse, não teria nada.

Quando a mão de Luísa estava prestes a tocar na maçaneta, a voz de Leo soou atrás dela:

- Espere.

Os passos de Luísa pararam, ela sabia que havia feito a aposta certa.

- Ainda há algo a dizer, Leo? - Ela perguntou inocentemente.

Mas Leo não a olhou e falou com indiferença:

- Eu prometi que me casaria com você no passado, mas não garanto que vou te amar. Se você não quiser ir embora, estou disposto a cumprir essa promessa.

Luísa sentiu uma imensa alegria em seu coração, mas não podia demonstrar. Ela aproximou-se da cama.

- Leo, meu amor por você nunca mudou, mesmo que você não me ame. Contanto que você me dê a chance de ficar ao seu lado, eu aceitarei de bom grado.

Ana não queria acreditar nesse resultado, e o médico entendia seu estado emocional, explicando pacientemente:

- Essa é a natureza da doença, pode ser uma questão genética ou ter sido causada por fatores externos.

O médico estava ocupado e não tinha mais tempo para conversar com Ana. Ele informou os resultados e pediu que ela conversasse com sua família o mais rápido possível para decidir o plano de tratamento. Em seguida, ele saiu às pressas.

O corpo de Ana fraquejou e ela quase caiu no chão. Paulo prontamente a segurou.

- Ana, não se desespere. Ninguém gostaria de ver essa situação. Culpar a si mesma não vai ajudar.

Mas Ana não via as coisas dessa forma. O médico mencionou os fatores externos, e ela imediatamente pensou no sequestro de Pedro naquele dia. Ela deu dois tapas em si mesma, cheia de remorso.

- Não é verdade, tudo é minha culpa. Eu causei isso em Pedrinho!