Pai em Coma romance Capítulo 395

Em busca da cura

Ana rezava silenciosamente em seu coração, esperando que a febre diminuísse naturalmente. No entanto, as coisas não estavam acontecendo como ela esperava. Depois que Pedro tomou o remédio, sua temperatura corporal não baixou rapidamente como antes, quando estava com febre. Pelo contrário, parecia estar piorando cada vez mais.

Pedro continuava com febre alta e estava visivelmente debilitado, sem energia. O coração de Ana doía, mas dentro do avião, ela se sentia impotente. A única coisa que pôde fazer foi limpar a pele do pequeno com alguns lenços de álcool, na esperança de diminuir a temperatura.

Paulo também estava ao lado, mas ele também se sentia impotente. Embora fosse médico, havia limitações para o que ele poderia fazer nessa situação.

- Ana, não se preocupe. Eu chamei uma ambulância. Assim que aterrissarmos, iremos imediatamente para o hospital fazer exames.

Ana não respondeu, apenas olhou para Pedro em seus braços. Nesse momento, ela não conseguia ouvir mais nada, apenas esperava que o avião pousasse o mais rápido possível.

Cada minuto parecia uma eternidade para Ana, e finalmente ela ouviu o anúncio informando que estavam prestes a aterrissar. Ela abraçou Pedro com mais força e sussurrou baixinho:

- Pedrinho, estamos quase lá. Mamãe vai te levar para o hospital em breve. Por favor, aguente um pouco mais!

Pedro estava delirando devido à alta febre e não reagiu ao ouvir a voz de Ana. Ele apenas segurou suas roupas com mais força.

O avião pousou lentamente e, assim que a porta se abriu, Ana pegou Pedro em seus braços e saiu correndo. Paulo a seguiu de perto, e os dois nem se preocuparam com a bagagem. Eles entraram na ambulância que já estava esperando e seguiram diretamente para o hospital.

No hospital, depois que o médico questionou sobre a situação, ele ficou sério.

- Vamos aplicar uma injeção para baixar a febre primeiro. Quanto a essa febre alta que não está cedendo, será necessário fazer exames mais detalhados.

O médico aplicou uma injeção em Pedro para reduzir a febre e o levou para a sala de exames para uma avaliação completa.

Ana ficou do lado de fora, observando Pedro ser levado, suas mãos apertadas com força. A pressão estava tão grande que seus dedos começaram a ficar sem cor, revelando uma palidez preocupante.

E se algo acontecesse com Pedro? Ela nunca se perdoaria.

- Leo, o que aconteceu? Espere um pouco, vou buscar água para você.

Luísa saiu apressadamente para pegar um copo de água para Leo.

Ela aproximou o copo dos lábios do homem, tentando fazê-lo beber, mas Leo a empurrou com força.

- Não se intrometa, saia daqui!

A água respingou em Luísa, mas ela não se importou. Ela sabia que, se não aproveitasse essa oportunidade, nem mesmo Mariana a ajudaria mais.

Então, Luísa falou com uma voz suplicante:

- Leo, eu sei que você está desconfortável comigo. Posso sair, mas você não precisa se exaltar, tudo bem?