Pai em Coma romance Capítulo 402

A princípio, o médico supôs que Paulo fosse o pai de Pedro, mas após realizarem os exames de compatibilidade, descobriram que não eram pai e filho de sangue. Isso deixou o médico bastante confuso.

Ao mencionar Leo, a expressão de Ana ficou ainda mais sombria e ela balançou a cabeça.

- Nós nos divorciamos há muito tempo.

Vendo isso, o médico franzia a testa e dizia:

- Srta. Ana, se você não quiser que Pedro passe pela quimioterapia, deve tentar contatar o pai biológico dele o mais rápido possível. Como parente de sangue direto, a chance de compatibilidade dele é definitivamente maior que a de um estranho qualquer.

- Afinal, ele ainda é o pai do menino, Srta. Ana. Neste momento, a prioridade deve ser a vida.

Ana abaixou os olhos.

- E se ele também não for compatível? O que fazemos?

- Bem, existe outra opção, o transplante de sangue do cordão umbilical. Se você tiver outro filho com o pai biológico da criança, você poderá usar o sangue do cordão umbilical do recém-nascido para tratar a doença dele. Claro, essa decisão é sua. Se tiver uma escolha, não esqueça de me comunicar a tempo, pois posso ajustar o plano de tratamento.

O médico não pressionou Ana, afinal, o que poderia levar uma mulher a suportar tal situação sem entrar em contato, talvez tenha suas razões.

Depois que o médico saiu, Ana desabou na cadeira. Claudia vendo isso sentiu muita pena e segurou a mão de Ana.

- Ana, se você planeja procurar esse homem novamente por Pedro, eu não vou mais te impedir.

Como mãe, Claudia entendia o que Ana estava passando agora. No passado, ela costumava dizer que se Ana ousasse reatar com Leo, ela cortaria relações com ela e não se veriam novamente na vida. Mas agora a situação mudou, e ela não podia mais forçar Ana a fazer nada. Afinal, a segurança de Pedro era o mais importante.

- Ou você pode dizer a ele que a criança é dele. Não importa o que tenha acontecido antes, ele nunca permitiria que algo acontecesse com seu próprio filho.

- Enfermeira, por favor, aplique a medicação para dor nele rapidamente.

A mãe do menino implorou à enfermeira, mas a enfermeira apenas sacudiu a cabeça impotente.

- A dor dele já não pode mais ser controlada por medicação. Vocês deveriam ficar com ele.

Recebendo tal resposta, a mãe do menino não podia mais dizer nada, apenas segurou a cabeça do filho com força e chorou silenciosamente.

Depois de ver essa cena, Ana estava tremendo por todo o corpo. Ela não conseguia deixar de pensar que, se ela tivesse que assistir Pedro se tornar assim, ela provavelmente se sentiria ainda mais desesperada do que esta mãe.

Ela levantou a mão para esfregar os olhos, e a hesitação anterior se dissipou. Agora não era a hora para ela recuar, ela deve considerar o melhor para Pedro.