Pai em Coma romance Capítulo 735

O sorriso no rosto de Ana desapareceu lentamente, e Leo viu algo estranho em sua expressão, franzindo a testa:

- O que houve, Ana...

Ela estava sorrindo radiante agora mesmo, mas de repente sua expressão mudou, e seus olhos ficaram cheios de uma tristeza sutil. Essa mudança repentina de emoção o fez sentir que algo estava errado.

- Nada.

Ana balançou a cabeça.

- Você deve comer algo logo, estar com fome não é bom para o seu estômago.

Leo ficou olhando para Ana por um momento, mas ela não reagiu, mostrando apenas uma expressão indiferente.

O humor de Leo imediatamente ficou mais irritado. Ele não gostava dessa Ana, ela estava claramente diante dele, mas seu coração parecia ter voado para algum lugar desconhecido.

Após algum tempo, Ana, olhando para Leo, que não estava comendo, perguntou:

- Não está do seu gosto? Quer que eu peça ao Ivan para comprar algo novo para você?

Dizendo isso, Ana tentou pegar os utensílios, mas Leo falou:

- Não é necessário.

Leo tomou um gole de sopa, percebendo que o sabor era muito bom, leve e delicioso, com uma temperatura agradável. Era evidente que havia sido preparada com carinho, mas ele não conseguiu sentir o sabor.

Os dois permaneceram em silêncio. Ana observou Leo terminar sua refeição, levantou-se para pegar as embalagens, mas Leo rapidamente a impediu.

- Não precisa, deixa outra pessoa vir limpar.

Ana assentiu, e depois de um tempo, Ivan chamou alguém para limpar as embalagens.

O quarto rapidamente voltou ao estado imaculado, e Ana estava inexplicavelmente irritada e confusa. Talvez fosse porque a imagem de Paulo havia passado por sua mente e agora ela não conseguia se livrar dela.

Pensando nisso, Ana se levantou e disse:

Ivan concordou prontamente e saiu do hospital, seguindo Ana pessoalmente.

Ana hesitou por um momento no táxi, antes de fornecer um endereço, que era o cemitério da cidade.

O motorista dirigiu rapidamente e levou Ana ao seu destino. Ela comprou um buquê de flores do lado de fora, antes de entrar.

Lembrando-se da localização, Ana logo encontrou o túmulo de Paulo.

Paulo foi enterrado em seu país de origem, mas Ana sabia que, aos olhos da família Santos, ela não tinha o direito de prestar homenagem e nunca seria permitida a entrar no cemitério da família Santos.

Assim, ela teve que se contentar com o que podia, usando alguns objetos pessoais para erguer uma lápide ali, visitando-o de vez em quando para expressar seus sentimentos.

Olhando para a foto na lápide, o Paulo retratado olhava gentilmente em frente, ainda tão cortês e refinado. Ana disse em voz baixa:

- Paulo, faz algum tempo que não venho te visitar, não sei como você está do outro lado.