Pai em Coma romance Capítulo 780

Tomás imediatamente decidiu guardar cuidadosamente as duas seringas que havia pegado. Quando chegasse a hora, se sua família sem escrúpulos tentasse algo contra ele, não ficaria de braços cruzados.

...

A noite passou rapidamente. Na manhã seguinte, o sol estava nascendo e Ana acordou.

Podia-se dizer que ela passou à noite inteira acordada, virando-se de um lado para o outro, sempre pensando naquele menino.

Seria ele seu próprio filho?

Se fosse verdade, certamente algo aconteceu naqueles anos passados, e ela precisava descobrir a verdade.

Ana quis se levantar, mas ao olhar para Pedro dormindo ao seu lado, reconsiderou e reprimiu o desejo.

Ultimamente, ela estava dormindo com o pequeno, e se ela se movesse, ele provavelmente acordaria. Ana não queria transferir sua ansiedade para Pedro.

Assim, ela ficou ali, de olhos abertos, aguardando o alarme que já estava programado para tocar. Somente quando o alarme soou, Pedro acordou sonolento, esfregando os olhos com suas pequenas mãos.

- Pedrinho, mamãe vai sair hoje. Fica aqui e obedece à vovó. Não dê motivo para ela ficar brava. Se algo acontecer, entre em contato imediatamente com o tio Ivan, tá bom?

Ana levantou-se, levando o pequeno para fazer a higiene matinal. Enquanto limpava o rosto de Pedro, instruía-o.

- Entendido, fica tranquila, mamãe. Vou cuidar direitinho da vovó. Você se cuida lá fora e me avisa assim que tiver notícias.

Ana concordou, terminou de arrumar Pedro e saiu com ele para tomar o café da manhã.

Depois da refeição, esperou um pouco e recebeu uma mensagem de Leo dizendo que já estava esperando do lado de fora.

Ana pegou imediatamente sua mala e segurou a mão de Pedro, saindo para levá-lo à escola e depois seguir para o aeroporto.

- O que minha mãe disse para você? - Ana perguntou, curiosa.

- Coisas simples, apenas lembrou a gente de tomar cuidado na estrada. - Leo sorriu levemente, sem entrar em detalhes.

Ana não insistiu. Primeiro, levaram Pedro à escola e, em seguida, seguiram para o aeroporto. Depois de esperar por um tempo curto, embarcaram.

Para evitar distrações, Leo tinha reservado assentos na primeira classe. Sentaram-se lá, aproveitando o silêncio.

Leo olhou para as olheiras sob os olhos de Ana, sabendo que ela não tinha dormido bem na noite anterior. Com carinho, acariciou sua bochecha.

- Vá dormir um pouco. Vou te acordar quando aterrissarmos. Não precisa se preocupar, vai dar tudo certo.

As palavras de Leo tinham um efeito tranquilizador. Ana assentiu, encostou a cabeça no ombro dele e fechou os olhos.