Pai em Coma romance Capítulo 993

O pessoal do hotel, que inicialmente queria se aproximar para ver o que estava acontecendo, temendo que fosse um caso de violência doméstica, não podia simplesmente ignorar. Mas, ao levantar a cabeça e ver Leo, com aquela expressão de não querer ser incomodado, ficaram imediatamente assustados e não ousaram dizer mais nada. O hotel já havia sido financiado pelo Grupo Santos, e Leo era o patrão deles, o senhor de seus destinos; eles não se atreveriam a interferir em seus assuntos familiares.

Vendo que ninguém ousava se intrometer em seus assuntos, Ana sentiu-se desesperada, sendo levada por Leo até a suíte presidencial, que sempre estava reservada para ele. Leo a jogou na cama, sem cerimônia. Ana caiu na grande cama, quicando ligeiramente, quase se machucando. Virando-se, Ana tentou fugir, mas Leo agarrou seu queixo firmemente.

- Já chegamos até aqui, ainda pensa em fugir?

Ana desviou o olhar, evitando encarar Leo.

- Eu quero voltar para casa, não quero ficar aqui.

- Então, com quem você quer estar? Com aquele homem de hoje? É isso? Quando você vê o rosto dele, toda a dor desaparece, e estar com ele é muito mais agradável do que estar comigo, certo? - Leo disse friamente.

Ana só sentiu ironia.

- Sim, estar com qualquer pessoa é muito mais agradável do que estar com um louco como você...

Ana não terminou de falar, pois Leo baixou a cabeça e selou seus lábios com força, mordendo-os como se estivesse desabafando. Ele não queria ouvir mais palavras tão dolorosas saindo da boca de Ana. Com os lábios doloridos, Ana tentou escapar, mas não conseguiu se desvencilhar. Assim, quando a língua do homem invadiu sua boca, ela a mordeu fortemente.

Leo sentia dor, mas não tinha intenção de soltá-la. A dor parecia estimulá-lo, fazendo seus olhos ficarem vermelhos como sangue, beijando-a com ainda mais força.

Ou talvez, estava mordendo seus lábios em um ato de raiva.

Ana sentiu o gosto metálico do sangue em sua boca, invadida por um medo súbito.

Só de pensar como ela havia falado tão facilmente em deixá-lo, Leo sentia um medo profundo.

Eles haviam prometido nunca falar em separação, mas no final, ela foi a primeira a desistir.

Parecia que, para ela, ele sempre estaria em segundo plano, sempre o primeiro a ser abandonado.

- Leo, eu...

Ana estava realmente assustada com esse Leo. Ele a lembrava do Leo obsessivo que a aprisionava repetidamente no passado.

- Eu nunca vou te soltar. Nesta vida, você nunca escapará de mim, Ana. Não me force. Você está destinada a ser minha para sempre. Você não pode fugir.