Para Sempre romance Capítulo 112

Estava chovendo forte e as gotas de chuva faziam um barulho bem alto quando caíam no chão. A escuridão ao longe estava prestes a me engolir por inteira.

A casa da família Xavier estava terrivelmente escura, exceto pela luz fraca da lâmpada pendurada no corredor. Meu corpo trêmulo não pôde evitar ficar perto de Zane por segurança e conforto.

Ele estreitou os olhos e me perguntou: "De que tipo de machucado você está falando?"

"Jeffrey disse que toda vez que você volta para a casa da família Xavier, você volta..."

"Ele mentiu. Jeffrey está cansado de não fazer nada", Zane me interrompeu com uma voz suave antes que eu pudesse terminar a frase.

Ouvindo isso, fiquei frustrada e envergonhada por ter dados ouvidos ao Jeffrey. Zane ergueu a mão e tocou meu cabelo como Jeffrey fez hoje cedo, aparentemente para me confortar.

Fiquei atordoada e disse: "Você está tão delicado tão de repente."

Zane ergueu as sobrancelhas confuso. "Hmm?"

"Não é estranho Jeffrey me tocar assim, é normal para ele, mas é muito estranho quando você faz isso. Zane, eu sinto que você se tornou muito mais gentil depois de meses sem te ver!" confessei.

Zane afastou sua mão e criticou em voz profunda: "Você é tão rude."

Meu rosto estava confuso. "Eu rude? Mas por que?" pensei.

Eu só o chamei pelo seu nome e apontei um comportamento diferente.

Zane passou por mim e saiu sem falar nada. Eu o segui de perto como um gatinho seguindo seu dono.

Depois de aproximadamente dez minutos de caminhada, entramos em um pátio. Por mais que estivesse escuro à noite, eu podia sentir a enorme escala da Mansão Xavier naquele momento.

Havia um rochedo e um lago artificial naquele pátio, bem como pavilhões no meio do lago. Havia também um monte de flores e árvores bem variadas, e os hibiscos brancos desabrochavam lindamente.

Sem olhar para a paisagem, Zane foi direto para seu quarto. Eu o segui para dentro da sala e finalmente notei um toque de design moderno naquela mansão.

Seu quarto foi decorado todo no estilo Europeu clássico.

Havia uma cama em um canto do quarto e uma banheira no outro.

Com uma grande sala de estar no centro. Não havia nada além de uma mesa de vidro na sala de estar, o que fez o quarto parecer vazio e espaçoso.

Zane tirou seu terno e pendurou no cabide. Ele então arregaçou as mangas e me disse: "Vou ficar na casa da minha família só por dois dias."

Depois de uma pausa, ele olhou para mim com um olhar profundo e me lembrou: "Você vai ficar comigo nesses dois dias. Não vá a lugar nenhum. Não quero restringir sua liberdade, mas quero evitar alguns incômodos com a minha família."

O que será que ele quis dizer com incômodos?

Embora estivesse curiosa, resolvi não perguntar.

Pendurei meu casaco e respondi: "Pode deixar que não vou a lugar algum."

Para onde eu poderia ir, já que não conhecia esse lugar?

Já que Zane aparentava estar bem, não fazia sentido para mim ficar lá. Ao me sentar ao lado da cama, disse: "Eu posso sair sozinha amanhã."

"A primeira coisa que vou fazer quando sair da casa da família Xavier é acertar contas com Jeffrey. Como ele ousa me enganar, devo me vingar, vou humilhá-lo pela primeira vez!" jurei vingança em meu coração.

“Você não queria me ver afinal? Então por que está com tanta pressa para ir embora quando mal chegou? Vá comigo depois de amanhã,” Zane disse em um tom frio e seco.

Ele tomou a decisão sozinho e suas palavras foram ambíguas. Expliquei em um tom fraco: "Foi Jeffrey quem me convenceu a vir aqui te ver."

Não foi até então que percebi uma leve mudança no comportamento de Zane. Isso porque, no passado, ele teria apenas me dito para ir embora com ele no dia seguinte com a indiferença de sempre. Ele não tentaria disfarçar seu pedido ou me convencido a ficar.

Talvez tenha sido só eu quem o encontrou vestido a rigor.

Zane ignorou o que eu disse. Nesse momento, meu estômago começou a se agitar novamente pela bebida. Deitei de lado na cama e me contive antes que piorasse. Ele percebeu que algo estava errado. "Está passando mal?"

Expliquei: "Bebi demais hoje a noite, meu estômago está revirando."

Zane não sabia o que dizer sobre isso.

Ele não disse que eu merecia essa dor. Só pegou o telefone e fez uma ligação. Logo depois, alguém chegou com um copo de água com mel e um frasco de remédio para mim. Zane disse com rara paciência: "Escolha um."

Estendi a mão e apontei para o remédio. Zane segurou o frasco de remédio e me ajudou a me apoiar em seu ombro. Tomei um gole da garrafa e me senti um pouco nauseada com o gosto, dizendo: "Urgh, Nojento."

Zane me deu a água com mel silenciosamente para variar, para disfarçar o gosto ruim do remédio. Depois de alguns goles, me senti muito melhor, mas continuei apoiada em seu ombro para descansar.

Depois de um tempo, cochilei nele. Meio atordoada, senti um par de mãos tirar meus sapatos e me colocar na cama delicadamente.

Quando acordei no dia seguinte, não vi Zane pelo quarto. Eu era a única na cama e estava esparramada nela enquanto dormia pacificamente.

Levantei com a cabeça ainda meio tonta e caminhei descalça até a banheira para ver uma nova escova de dente e uma toalha de banho ao lado dela, especialmente para mim.

Zane sempre foi eficiente em me fazer sentir bem vinda.

Mas onde é que ele dormiu noite passada?

Depois que terminei de escovar os dentes, percebi que os coques duplos na minha cabeça não estavam bagunçados como achei que estariam, por isso não tive que refazê-los, só simplesmente saí do quarto quando terminei de escovar os dentes.

Havia um corredor fora da sala. Com lâmpadas bege ao longo dele, e elas ficavam acesas mesmo durante o dia.

A chuva não parou, mas aos poucos foi ficando mais leve pelo dia. Depois de uma noite de chuva torrencial, os hibiscos brancos caíram no chão. Havia folhas de bordo vermelhas próximas a eles no chão, e as cores contrastantes produziram um impacto visual impressionante.

Peguei meu telefone e mandei uma mensagem para Zane, perguntando: "Cadê você?"

Ele me respondeu depois de um longo tempo e disse: "Na sala de estudos."

Eu respondi com um "Oh, ok."

Caminhei pelo pátio com meu celular na mão. Assim que cheguei ao centro do pátio, vi alguns homens parados na entrada. Assim, perguntei gentilmente: "Estão procurando procurando pelo Zane?"

Eles não responderam, apenas olharam para mim, me deixando um tanto assustada pela encarada. Eu queria sair do caminho deles, mas temia que pensassem que isso seria rude, então fiquei lá parada.

Depois de um tempo, uma mulher elegante um lindo vestido apareceu. Seu vestido era semelhante ao da mulher da noite anterior.

Ela ficou entre aqueles poucos homens e me questionou em um tom condescendente, "Então você é a concubina que Zaney trouxe para casa na noite passada?"

Ela se referiu a Zane como "Zaney".

Suponho que seja a irmã mais velha de Zane.

Ela me olhou com desprezo e me chamou de concubina bem na minha cara. Claro que eu não poderia tolerar isso de bom grade.

Eu respondi sem rodeios: "E quem diabos seria você?"

Quando ela ouviu isso, ela olhou para mim em estado de choque, como se eu tivesse estapeado sua cara. Ela apontou para mim com seus dedos trêmulos e repreendeu: "O que foi que você disse? Diga de novo se tiver coragem! Ninguém jamais se atreveu a falar comigo assim por décadas..."

"Quer ouvir de novo então?" eu a interrompi friamente.

Quando confrontada com os mais velhos da família de Zane, eu era realmente um tanto ignorante. Mas desde o momento em que ela chegou, ela obviamente tinha a intenção de me diminuir e destratar, e eu não podia tolerar isso.

"Alguém, pegue ela e ensine bons modos!" a mulher ordenou.

Os homens que estavam olhando para mim correram e tentaram agarrar meu braço. Eu os empurrei e dei dois passos para trás.

Eles correram para frente novamente para tentar me cercar. Eu estava em desvantagem numérica. Então me pegaram e me levaram até a mulher em seus braços.

Por mais a mulher de meia-idade parecesse estar luxuosamente vestida, ela era realmente horrenda, como se estivesse acostumada a ser dominadora nesta enorme mansão.

Ela ergueu a mão e me deu um tapa no rosto enquanto eu me contive. Não foi um tapa muito forte. Comparado com o tapa da ex-namorada de Sirius de antes, não foi nada, mal senti dor. Minha dignidade, porém, sentiu um golpe forte.

Eu a ouvi me insultar: "Você é apenas uma meretriz barata. É ainda mais inferior que meus servos. Como ousa falar comigo com tanta arrogância?"

Todas eram iguais hoje em dia. Esta mulher provavelmente ainda vivia no passado como o resto da família Xavier.

Eu cuspi nela, e seu rosto ficou pálido de raiva. Ela gritou: "Batam nela! Com mais força dessa vez! Até ela perder os sentidos!"

Os poucos homens que me restringiam ouviram suas ordens e estavam prestes a me agredir. Tive medo de apanhar outra vez.

Nesse momento, ouvi alguém a ordenar a distância, vindo ao meu resgate.

"Pare agora mesmo!"

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