Para Sempre romance Capítulo 120

Zane era imune às minhas ações e ao meu charme. Ele não tirou minha mão. Mas ao invés disso, me perguntou com indiferença: "Você esqueceu do que eu te disse ontem?"

Respondi: "Eu me lembro bem."

Neste momento, Zane estava muito impassível. Imaginei que ele se arrependeu de ter ido à delegacia para me salvar depois de minha insistência. Peguei sua mão com firmeza e disse: "Eu entendo o que você quer dizer e também estou ciente de que não sou digna de você..."

"Diga, se Nigel ainda estivesse vivo, você ainda diria tudo isso para mim?" Zane me interrompeu abruptamente e fez uma pergunta particularmente delicada quando eu queria continuar tentando o convencer.

Ele estava fazendo uma pergunta hipotética, mas ainda delicada.

Se Nigel ainda estivesse vivo.

Mas quem pensaria em tal situação? Meu relacionamento com Nigel foi totalmente diferente do dele.

Eu não sabia como responder, mas sabia que tinha que fazer, se não iria perdê-lo. Então respondi com firmeza: "Sim, eu diria."

Isso porque a pessoa de quem eu gostava agora era Zane.

Nigel fazia parte do meu passado, e assim como ele, se fora.

Ao ouvir isso, um canto de sua boca se ergueu. Quase nunca o tinha visto sorrir antes.

Acariciei sua mão com meus dedos ainda em transe e o ouvi dizer com uma voz gélida: "Posso ver muito claramente que você se sente em conflito agora. Sinto muito. Não posso fazer o que você deseja enquanto ainda estiver assim."

Então por que você me tratou... "

Ele me interrompeu como uma máquina sem emoção e disse levemente: "Não me faça uma pergunta tão infantil perguntando porque eu te tratei bem. Stella, não fale sobre meus sentimentos por você agora. Você precisa descobrir quem você deseja primeiro antes de tudo, seja Nigel ou eu."

Zane sempre usava Nigel para situações estranhas. Olhei em seus olhos e perguntei: "Não quero falar sobre Nigel. Só quero te fazer uma pergunta. Você gosta de mim afinal?"

"Já te respondi ontem." Zane olhou para sua mão, a que eu estava segurando. "Não gosto de me repetir. Se quiser ouvir de novo, posso te dizer que nunca gostei de você! Lembre-se, não trate minha indulgência como desculpa para ser mimada. Eu não quero nada assim se repetindo!"

Caí em transe e abruptamente soltei sua mão. Queria desistir dele depois disso, mas me lembrei do que Jeffrey me disse. Conquistar Zane não seria uma tarefa fácil e eu não deveria temer e desistir por conta de sua forte rejeição.

Encarei o homem indiferente à minha frente com os olhos marejados e disse teimosamente: "Eu não me importo! Só quero ter olhos para você agora! Eu costumava ser tão contida e quieta quando amava alguém. Nunca tomei a iniciativa de lutar para qualquer coisa e só seguia o que me instruíam em silêncio. Não quero ser como eu era antes. Quero confessar em voz alta o meu amor pela pessoa de quem gosto!"

Zane parecia impassível, como se minha confissão de amor não o afetasse de forma alguma. Segurei sua mão novamente e disse com tristeza: "Não importa o quanto você me rejeite, eu vou te seguir, a menos que você desapareça completamente do meu mundo!"

Ele permaneceu quieto. Então eu o ameacei: "E se esse for o caso, ficaremos por nossa conta própria. Não importa o que aconteça comigo no futuro, não vou aceitar sua gentileza sem lutar por você. Se você quiser se livrar de mim, você tem que desaparecer totalmente da minha vida!"

"Stella Twilight."

Zane nunca me chamava por 'Stella Twilight' a não ser que estivesse realmente furioso. Segurei sua mão com força e de repente fiz um movimento muito ousado. Fiquei na ponta dos pés e beijei sua bochecha.

Fiz isso porque estava tentando flertar com ele e atingir seu coração.

Jeffrey me ensinou a fazer isso, ser ousada e destemida.

Ele disse que era inútil para mim ser reservada e tímida ao lidar com Zane, teria que arriscar.

Zane provavelmente seria ainda mais reservado do que eu.

Zane, depois do meu beijo, olhou para mim surpreso, e sua voz parecia confusa e em conflito. Ele confessou calmamente: "Nigel ainda está vivo."

Fiquei atordoada e imediatamente soltei sua mão. Ele olhou para mim com olhos claros e disse: "Ele chegou em Oak City há pouco tempo."

......

Zane saiu, me deixando sozinha com meus pensamentos. Vendo seu carro desaparecer na distância, de repente finalmente entendi porque ele não parava de falar sobre Nigel.

Ele sempre soube que Nigel ainda estava vivo.

Quando eu soube que Nigel ainda estava vivo, fiquei em êxtase e perplexa. Eu queria vê-lo imediatamente, mas o que aconteceria depois que eu o visse? Como eu lidaria com isso?

Eu teria que dizer a ele que me apaixonei por outra pessoa? Isso era a coisa certa a se fazer?

Finalmente tomei coragem para deixar Nigel no passado e seguir o conselho de Jeffrey sobre Zane. Mas agora, as palavras de Zane me levaram de volta à estaca zero e eu não tinha como escapar dos meus sentimentos.

Mas de repente entendi uma coisa: Zane tinha sentimentos por mim. Ele só se comportou desse jeito porque Nigel ainda estava vivo e ele temia que eu não fosse capaz de esquecer Nigel ou de trocá-lo por ele no momento em que eu soubesse disso.

Ele achou que eu voltaria para Nigel se soubesse que ele estava vivo.

Mas o que eu deveria fazer agora?

Como eu conseguiria lidar com Nigel depois de tantas reviravoltas?

Eu sabia muito bem que, até resolver o problema com Nigel, havia pouca possibilidade de me encontrar com Zane novamente, muito menos de ter chances com ele.

Sim, entre Nigel e Zane, meu coração ansiava por Zane.

Gostava de ser cuidada, mimada e protegida por um homem.

E só o Zane poderia me dar tudo isso.

Afinal, Nigel e eu já tínhamos nos tornado uma coisa do passado, tive muito trabalho para superá-lo.

Foi o que pensei naquele momento. Achei que, desde que pudesse resolver meus conflitos inacabados com Nigel, poderia seguir em frente com coragem para investir em Zane. Porém, esqueci o quão imprevisível era este mundo.

Quando eu estava prestes a me virar e voltar para o apartamento, um número desconhecido me ligou. Era um número local de Janville. Peguei o telefone e ouvi uma voz familiar perguntar em um tom amigável, "Aria, onde você está?"

"Nigel!" gritei em estado de choque ao reconhecer a voz.

"Sim, sou eu", respondeu Nigel.

Depois de uma pausa, ele disse: "Ainda estou vivo e voltando para você, completamente saudável e curado. Acabei de chegar em Pine City. Cadê você?"

Minhas emoções estavam uma bagunça e havia um traço de impotência na minha alegria. Eu não sabia como enfrentá-lo e como dizer em sua frente que amo outra pessoa.

Mas cedo ou tarde nós teríamos que nos encontrar de novo.

Como não havia escapatória, tive que enfrentar isso com calma e delicadeza.

Dei a ele meu endereço. Nigel respondeu 'ok' gentilmente e explicou: "Estive em coma por quatro meses. Me perdoe por não ter voltado para você antes e causado tanto sofrimento."

Eu balancei minha cabeça e respondi me desculpando, "Está tudo bem Nigel."

Do começo ao fim, foi ele quem sofreu o acidente e o coma após isso.

Após o acidente de carro, jurei a ele que o perdoaria e nunca lhe esqueceria, mas comecei a me apaixonar por outra pessoa em apenas quatro meses!

Além do mais, eu estava no meio de uma confissão de amor por Zane há pouco tempo atrás!

Porém, eu teria que ser honesta com Nigel cedo ou tarde.

Nigel já havia chegado em Pine City. Não demorou muito até ele chegar em minha casa. Ele dirigia um Toyota preto e parou na minha frente. Lentamente abriu a janela do carro, e eu vi o rosto sonhador e comovente dele no qual nunca achei que veria outra vez.

Ele estava excepcionalmente bonito e cheio de vida.

Nesse momento, ele estava bem na minha frente, vivo. Caminhei em direção a ele com lágrimas nos olhos e murmurei: "Nigel, isso é incrível."

E era incrível mesmo. Ele ainda estava vivo, não se sacrificou por mim.

Ele apertou os olhos e sorriu. "Sentiu saudades de mim?"

Balancei a cabeça e respondi: "Senti tanto a sua falta."

"Entre no carro. Vou te levar para um lugar especial."

Eu não devia dizer nada para estragar o clima quando o encontrei pela primeira vez depois de tanto tempo, mas agora... Eu não poderia mais me arrastar com ele, teria que arrancar o curativo.

Haviam algumas coisas que precisavam ser expressas com clareza, mesmo que fossem difíceis de dizer.

Cerrei os dentes e disse: "Nigel, preciso te contar uma coisa."

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