Para Sempre romance Capítulo 134

Papai parecia apavorado quando me alertou, como se eu tivesse perturbado sua vida pacífica e a posto em risco. Antes que eu pudesse digerir o que ele disse, ele me puxou para fora dos braços de mamãe cruelmente.

Ele me empurrou porta afora. Eu agarrei seu braço e me recusei a sair. Balancei minha cabeça e implorei: "Pai, por favor, não fuja de mim de novo!"

Papai não prestou atenção em mim e estava determinado a me mandar embora. Chorei até não poder mais e implorei para ele: "Sinto tantas saudades de vocês. Por favor, não me mande embora. Vou ficar aqui por só mais uma noite, não posso?"

Ele não me empurrou novamente. Parecia que ele havia envelhecido 10 anos em um instante com sua mudança de expressão. Eu estava parada na porta enquanto ele estava dentro de casa. Ouvi sua voz dizer com desânimo: "Eu também tenho saudades de você. Sinto muito a sua falta todo dia. Faz nove anos que eu sonho em voltar para Oak City e te ver. Não sei se você comeu bem todos os dias, se teve boas noites de sono, se foi atormentada por outras pessoas ou se casou e teve filhos... Sua mãe e eu pensamos em você todos os dias, mas não recebemos nenhuma notícia sobre você até que vimos suas notícias no Twitter. Essa foi a primeira vez que vimos você adulta."

"Você virou uma mulher tão linda. Eu disse a sua mãe: 'Olha, esta é a nossa menina. Ela cresceu e se casou!'"

“'Mas o homem com quem ela se casou não a fez feliz. Por isso ela se divorciou de novo. Sua mãe não dormiu direito a noite inteira depois de ouvir a notícia de seu divórcio. Ela não parava de chorar. Eu a consolei, dizendo que não tinha problema algum em você se divorciar. Você vai conhecer um homem melhor no futuro, que te ame, cuide de você e te faça feliz."

Meus olhos eram como rios de água que não podiam ser bloqueados. Quando ouvi papai dizer essas palavras com uma cara tão triste, me senti completamente abatida, como se houvesse uma grande ferida em meu coração e estivesse sangrando por todo meu corpo. Porém, o que ele dizia também poderia estancar o sangramento.

Papai suspirou e disse com lágrimas nos olhos: "Você é a pessoa mais importante em nossa vida. Também queremos ficar com você por mais o tempo que for, mas não temos outra escolha! Sua mãe biológica está de olho em nós, enquanto o seu pai está tendo suspeitas e te procurando ultimamente... Se eles nos encontrarem, sua mãe e eu estaremos em perigo... Me desculpe por isso Aria, mas você tem que ir embora! "

Se eu estivesse lá, eles estariam em perigo.

Foi isso que meu pai quis me dizer e é por isso que ele estava me expulsando.

Olhei para mamãe que estava atrás dele. Ela me olhou em silêncio com lágrimas nos olhos. Ficou claro que ela não queria se separar de mim de novo, mas ela teria que fazer isso.

Baixei a cabeça e respondi em voz baixa: "Vou embora agora então."

Estendi a mão e abracei papai, que era quem estava mais perto de mim. No momento em que me afastei da porta, não pude deixar de olhar para a mamãe.

Perguntei com os olhos inchados: "De quem é o rim no meu corpo?"

"Da sua mãe biológica", respondeu mamãe.

Minha mãe biológica...

Quem diabos era ela? Como ela seria tão poderosa assim?

Por que ela me mandou para a família Twilight?

E se ela era tão cruel assim, por que ela ainda assim me doou seu rim?

No caminho de volta, fiquei deitada no banco do trás deprimida, pensando sobre isso tudo. Meus pensamentos estavam uma bagunça completa.

Eventualmente caí em um sono.

"Gritos!"

E então o carro capotou.

Fiquei presa no banco de trás. Perguntei a Zack ansiosamente: "Zack, você está bem? Se machucou?"

"Estou bem, Presidente Twilight."

A voz de Zack estava muito fraca, mas ele respondeu a mim.

Soltei um suspiro de alívio e o ouvi explicar calmamente: "Estava chovendo demais de novo. O carro escorregou e capotou. Mas já chamei a polícia. Espere mais um pouco. Alguém vai vir nos resgatar logo logo."

Minha coxa doía intensamente com a queda. Eu respondi: "Tudo bem, está tudo certo."

Além da dor na coxa, minhas costas também estavam muito doloridas.

Senti dor pelo todo o corpo. Mas estava viva.

Depois de um tempo, meu celular tocou, mas não consegui encontrá-lo em vista. Parecia que estava tocando bem atrás de mim.

Tão perto de mim, mas ao mesmo tempo tão longe.

"Presidente Twilight, é o Sr. Xavier ligando."

Zane não falou comigo nestes últimos dias. E logo quando tive um acidência, ele me ligou, como se soubesse imediatamente o que aconteceu.

Perguntei a Zack: "Cadê o meu celular?"

"Uns 30 centímetros mais ou menos, só esticar sua mão", orientou.

Seu olhar caiu sobre mim. Estiquei a mão procurando pelo celular e fiquei tateando o carro por um bom tempo até finalmente encontrá-lo.

Felizmente, Zane não desligou o telefone. Queria atender, mas ainda tinha raiva contida dentro de mim pelo seu tratamento frio e sumiço. Mas a hora de se irritar com ele não era agora.

Peguei o celular desanimada em falar com ele de novo. Eu ouvi a voz calma de Zane do outro lado da linha, dizendo: "Stella, espere por mim, já estou indo."

Ele nem ao menos me perguntou o que aconteceu. Simplesmente me disse para esperar por ele. Puxei o canto da minha boca e perguntei: "Por que eu esperaria por você?"

"Instalei um aplicativo no seu celular que mostra seus sinais vitais. E o meu celular acabou de me dizer que tem alguma coisa errada acontecendo. Como você está agora?"

Com certeza, ele realmente me conhecia bem.

"Estou bem", respondi mentindo.

Não sentia mais a dor do início, e a forte chuva estava caindo lentamente. Com pouca luz, vi que o rosto de Zack estava todo ensanguentado.

Perguntei a ele preocupada: "Você está bem?"

Zack insistiu: "Estou sim, não tem problema."

Ele se desculpou: "Me desculpa, eu dirigi..."

Eu o interrompi: "Acidentes acontecem. Ninguém sabe o dia de amanhã. Não precisa se culpar por isso, o que importa é que estamos bem."

Zack respondeu com gratidão: "Vai ficar tudo bem."

Sim, ficaríamos bem.

Porém, minhas pálpebras ficavam cada vez mais pesadas e minha consciência sumindo lentamente.

Zane não desligou o telefone, nem eu. Mas não falei mais nada com ele porque não sabia mais o que dizer.

Nós éramos amantes afinal.

Mas, quando é que fomos amantes?

A chuva caiu no meu corpo. De repente, Zack me confortou: "As postagens no Twitter sempre diziam que a senhora é uma mulher infiel, mas eles não conhecem seu passado, suas dores, seus desejos ou mesmo sua personalidade, por tudo que a senhora passou."

"Zack, você não precisa se preocupar com isso. Para falar a verdade, eu nunca contei a ninguém o quão assustada e devastada eu estava quando fui diagnosticada com câncer. Eu precisava de alguém para me confortar. Mas naquela época, a único pessoa em quem eu podia confiar era meu marido. Tudo que eu queria era especialmente conforto e calor dele. Mas, mesmo antes de eu morrer, ele ainda assim não fez nada... Naquela noite, eu estava deitada sozinha na casa de campo. Estava caindo uma nevasca fora da janela. Eu achei que eu tinha morrido, e achei que o meu amor para a vida toda iria desaparecer com a minha morte."

"O que aconteceu depois?" Zack perguntou.

"Mais tarde, me deparei comigo ainda viva... Era bom estar viva depois de uma experiência dessas. Pelo menos eu tinha a capacidade de amar de novo, mas nunca tive momentos bons com isso! Me senti presa nesse ciclo vicioso."

"E a senhora ainda se sente triste?"

"Não sinto, só me sinto fria."

Meu coração estava frio.

Por causa da indiferença de Zane sobre mim, sobre meu amor.

E porque não pude me reunir com meus pais, sem entender ainda o que aconteceu.

Estava tão congelada que quase desmaiei. Zack continuou me chamando e me acordando, mas não tinha mais forças para responder a ele.

A voz ligeiramente perturbada de Zane veio do telefone. "Não deixe que ela perca a consciência."

"Sr. Xavier, ela fechou os olhos."

Zane ordenou, "Faça ela acordar!"

Zack estava gritando comigo. E eu conseguia o ouvir. E queria responder a ele, mas meus olhos estavam tão pesados que eu não conseguia os levantar para isso.

Tapa!

Senti um tapa no rosto. Imediatamente abri meus olhos com dor e vi os olhos inocentes de Zack me olhando assustado.

Olhei para ele perplexa e perguntei: "Você me deu um tapa?"

Ele olhou para mim com ressentimento e não se atreveu a dizer nada. Nesse momento, ouvi a voz gentil de um homem no celular, me perguntando: "Stella, você está aí? Acordou?"

Eu não respondi a ele. Ele acrescentou: "Fale comigo."

Eu ouvi um leve medo em sua voz, medo de eu não responder.

Continuei a ignorá-lo e minha mente estava em transe.

"Bebê, fale o meu nome de novo."

Murmurei, "Zane ..."

"Estou aqui por você."

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