Para Sempre romance Capítulo 20

Sean não queria deixar Oak City, mas continuei insistindo. Levou-me para casa sem dizer uma palavra, mas fiquei parada teimosamente na porta. Quando me viu assim, suspirou e perguntou: "Você realmente quer que eu vá embora?".

Havia apenas algumas pessoas ao meu redor agora, e a única pessoa com quem eu conseguia me dar bem era Sunnie, que ainda estava presa.

Para ser sincera, não queria que ele fosse.

Mas, recentemente, não paravam de ligar para ele.

Sabia bem que ele tinha muitas coisas complicadas a fazer e não queria atrasá-lo.

Além do mais, não queria que enfrentasse minha morte.

Balancei a cabeça: "Sim, preciso de um tempo sozinha".

"Nove anos não foi o suficiente?"

Entrei em choque. Este era o nono ano desde a morte de meus pais.

Sempre estive ocupada. Nunca fiz muita coisa por mim mesma.

Uma vez fiz, mas foi o pior erro da minha vida.

Se pudesse recomeçar, nunca me casaria com Nigel.

Franzi as sobrancelhas e disse com firmeza: "Obrigada por ter cuidado de mim esses dias".

Vendo que já tinha me decidido, concordou em ir embora logo.

Ele me levou de volta para o quarto e me ajudou a tirar a maquiagem. Era um pouco desajeitado, mas tinha paciência. Havia uma cicatriz superficial em meu rosto e, quando viu, sentiu-se ainda mais triste. Perguntou com a voz trêmula: "O que aconteceu aqui?".

Ainda me lembrava de Nigel me empurrando para proteger Shirley. Naquele dia, fui muito clara em relação às minhas dores, mas ele não me levou a sério.

No fim, nem mesmo me perguntou sobre o ferimento.

Sorri e encobri a amargura: "Eu caí sem querer".

"Como?"

Sean imaginou que fosse um assunto complicado, mas não perguntou quando percebeu que eu estava relutante em falar sobre isso. Perguntei, preocupada: "É uma grande perda para a família Christensen interromper as cooperações com os Grayson?".

Já tinha estado envolvida nos negócios antes. Ele sabia que era inútil esconder isso de mim, então disse com sinceridade: "É, mas a família Grayson também vai ser afetada. Não é uma coisa ruim pra mim".

Olhei para baixo e disse: "Irmão Sean, obrigada".

“Aria, você é a única filha da família Twilight. Nasceu nobre e detém o maior poder em Oak City. Agora que desistiu de tudo, é normal que minha tarefa seja te proteger. Não importa o quanto você tenha sido respeitável no passado, isso vai se manter no futuro. Vou mostrar pra Oak City e pro Nigel que outra pessoa ainda te dá valor."

Dá valor...

Fez o jantar para mim e saiu. Quando estava em sua cidade, ligou-me para dizer que tinha chegado bem. Repetiu: "Se precisar de alguma coisa, me ligue. Pra chegar em Oak City, é só pegar um voo de duas horas. Não importa quando e onde eu estiver, vou estar aí em duas horas. Aria, não carregue tudo nas costas".

"Agradeço a minha mãe por me dar um irmão desses", disse com gratidão.

"Boba, você é tudo pra mim."

Sorri : "Minha cunhada ficaria com ciúmes se ela te ouvisse".

"Não, ela te ama como eu", respondeu ele.

"Tudo bem. Preciso ir."

Depois de desligar, tomei um banho e fui dormir. Na manhã seguinte, recebi uma ligação da Srta. Yardley. Ela tinha sido minha professora de piano quando eu era mais nova e nós mantínhamos contato. Eu a visitava para praticar piano sempre que tinha tempo. Depois de tantos anos, minhas habilidades ainda eram muito boas. Por isso, sempre me pedia ajuda na Universidade de Oak City quando estava ocupada. Hoje não foi diferente.

Como não tinha nada para fazer, concordei e me levantei para trocar de roupa e me maquiar. Não queria parecer antipática, então coloquei um vestido de cor brilhante e sandálias e fiz uma maquiagem leve. Foi apenas o suficiente para cobrir as cicatrizes superficiais em meu rosto.

Minha garagem estava cheia de carros esportivos e a universidade com certeza estava lotada de alunos neste momento. Não queria ostentar, então peguei um táxi. Assim que cheguei lá, recebi uma chamada de alguém que não queria muito atender. No entanto, era uma pessoa mais velha e que sempre me tratou bem. No fim, atendi e perguntei: "Pai, precisa de alguma coisa?".

Não tinha nevado em Oak City nos últimos dias e o sol estava forte. Olhei para o céu azul e para as nuvens brancas e ouvi o presidente Grayson perguntar, desamparado: "Qual é a sua relação com o Sean Christensen?".

"O que aconteceu?", perguntei. Fingi que não sabia do que estava falando.

"Ele cancelou todos os contratos com a família Grayson na noite passada e até pagou uma multa grande por isso. Mas não queremos o dinheiro. Aria, precisamos desses contratos."

"Pai, tem algumas coisas que eu não consigo decidir. Se Sean quiser sentir raiva por mim, não posso impedir. Você pode perguntar pro Nigel diretamente ou encontrar uma maneira de resolver isso. Porque, a essa altura do campeonato, nenhuma dessas coisas me dizem respeito, e não tem o que eu possa fazer. Por favor, não me pergunte mais sobre isso".

Meu tom foi duro, e o presidente Grayson ficou em silêncio por um momento.

Disse: "Você sempre vai ser minha nora, mesmo depois do divórcio. Aria, você sabe que sempre me opus a Shirley entrar na família Grayson, mas o Nigel acha que deve alguma coisa a ela".

Depois de uma pausa, acrescentou: "O Nigel não ama aquela mulher, só acha que deve algo a ela. Nunca tirou da cabeça que tinha que se casar com ela e nunca considerou o relacionamento de vocês de maneira adequada. Cresceu sob as minhas orientações e nunca desviou do caminho que arranjei pra ele nem tentou se opor. Provavelmente achava que não tinha motivos pra se rebelar até conhecer a Shirley Wade. Essa foi a primeira vez que ele foi contra as minhas decisões, e deve ter pensado que com o divórcio me venceria".

"Pai, o Nigel é adulto. Sabe o que faz, e o que ele gosta diz respeito a ele. A gente se divorciou depois de pensar muito. Não deve nada um ao outro."

O presidente Grayson suspirou. Depois de um bom tempo, perguntou em tom de súplica: "Vocês não podem se casar de novo?".

"Não existe mais nenhuma possibilidade disso."

"Aria, enquanto você quiser, eu posso convencer ele."

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