Resumo de Capítulo 24 – Capítulo essencial de Para Sempre por Flávia
O capítulo Capítulo 24 é um dos momentos mais intensos da obra Para Sempre, escrita por Flávia. Com elementos marcantes do gênero Bilionários, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
"Aria, você acabou de ser operada. Precisa descansar."
Não tinha morrido. Sean tinha me tirado à força de Oak City.
Era uma cirurgia com 1% de chance de ter sucesso.
Meu irmão me disse que quando chegou na casa de campo Twilight naquela noite, eu já estava morrendo. Naquela hora, encontrou-me deitada na cama com um vestido branco e com o rosto pálido e sem vida. Se eu não fizesse a operação, morreria.
A cirurgia não foi muito bem-sucedida, mas também não deu errado.
Pelo menos, consegui ganhar mais algum tempo.
Sunnie ergueu a mão e colocou meu cabelo atrás da orelha. Tentei dizer algo, mas me interrompeu: "Você acabou de acordar e ainda tá ligada a essas máquinas. Não vai conseguir falar nada por enquanto".
Concordei e a ouvi dizer: "Alguns dias atrás, não te levamos direto pro hospital. Seguindo a proposta do Sean, liguei pro Nigel. Quando ele veio te ver, pensou que você tinha morrido e chorou muito. Até fizeram um funeral pra você, e o advogado leu seu testamento também".
Ele até fez um funeral para mim...
Aria Twilight já tinha partido lá em Oak City?
Pensando nisso, meus olhos se encheram de tristeza.
Sunnie fez uma massagem em mim, eu estava tensa, e disse com culpa: "Sean fingiu que você tava morta pra punir o Nigel e ele sentir remorso e culpa pelo resto da vida. Mas... Quando eu vi que ele não parava de chorar no funeral, finalmente contei a verdade".
Não parava de chorar...
Lembrei que Nigel tinha ido a minha casa antes de eu desmaiar. Tinha me dito com sinceridade: "Eu tava pensando em quem realmente amo... percebi que amo a mulher que eu odiava".
Disse também: "Seja minha esposa e nos casaremos de novo".
Não concordei na hora, e ele não cumpriu a promessa.
No fim, ainda decidiu se casar com Shirley.
Franzi os lábios e perguntei com dificuldade: "Mas você não odeia ele?".
Minha voz estava estranhamente rouca.
Nigel tinha colocado Sunnie na cadeia por causa de Shirley. Os dias lá dentro devem ter sido muito difíceis. Era inesperado que ela ignorasse isso e contasse que eu ainda estava viva.
"Odeio." Sunnie fez uma pausa enquanto massageava delicadamente meu braço e disse: "Odiei ele o tempo todo que fiquei na prisão. Odiei ele por proteger a Shirley e odiei ele por maltratar minha melhor amiga. Mas todo o ódio sumiu quando ele se ajoelhou na frente do seu túmulo e chorou amargamente".
Não aguentou e confessou: "Eu amava tanto o Chace, entendo a dor de perder o amor da minha vida. Quando vi o Nigel daquele jeito, parecia que eu tava olhando pro meu eu do passado".
Sunnie disse que ele não parava de chorar. No passado, não conseguia nem imaginar uma pessoa com um coração tão frio expressando seus sentimentos. Sem mencionar que ele estava chorando como um bebê em público por minha causa.
Imaginá-lo daquela maneira foi realmente de partir o coração.
Fechei os olhos, cansada, e ouvi Sunnie me perguntar: "Você ainda ama ele?".
Disse, com a voz rouca: "Amo".
Meu amor por ele tinha durado nove anos, não era fácil de apagar. Nossa situação atual era provavelmente um tipo de vitória, mas também de presságio de que aqueles que causam a própria dor não deveriam ser maus perdedores.
Sunnie perguntou com preocupação: "Você ainda quer voltar pra Oak City depois que tiver se recuperado?".
Respondi, desapontada: "Quem eu vou ser depois de voltar?".
Ela hesitou de repente e disse: "Aria, tem algo em que venho pensando já faz um tempo. Tenho hesitado se deveria te contar, tenho medo de que você não aceite... Mas eu quero que você saiba a verdade".
Perguntei, confusa: "Que verdade?".
Já tinha morrido uma vez. O que eu não seria capaz de aceitar?
Ela disse novamente: "Nigel tem um irmão chamado Leo".
Talvez por ter acabado de acordar, não conseguia raciocinar direito, e minha cabeça estava pesada.
"Eu sei", respondi.
Sunnie olhou para mim com pena e revelou: "Eles são gêmeos. São exatamente iguais".
Ao pensar nisso, senti um aperto no coração.
Tive que ir para o pronto-socorro de novo. Sean foi a única pessoa que vi quando recobrei a consciência. Vendo meu olhar triste, acariciou minha cabeça com a palma da mão e perguntou baixinho: "Por que você tá chorando, Aria?".
Eu estava?
Ainda me lembrava da primeira vez que vi Nigel. Ainda me lembrava de como ele me chamava de "menina" em um tom amoroso. Lembrei-me da música que tocou para mim na sala de aula, "Where the Wind Lives".
Havia pouquíssimas memórias entre nós, mas eu as apreciava muito.
Tratei-as como tesouros e as mantive trancadas em segurança no coração.
Mas agora, alguém tinha me dito: "Nove anos atrás, a pessoa que você conheceu não era o Nigel".
O homem que me chamou de "'menina" naquele ano não era Nigel Grayson!
Minha vida até agora não passava de uma piada?
Iludi-me esse tempo todo, não foi?
Era difícil deixar passar a dor que sentia. Balancei a cabeça, não sabia o que fazer. Foi como se alguém tivesse arrancado meu coração e deixado um buraco em meu peito. Era mais difícil de aceitar do que minha própria morte iminente.
Vendo que eu continuava chorando, Sean ficou com dor no coração. Segurou-me em seus braços com os olhos vermelhos e me persuadiu suavemente: "Aria, você vai ficar bem. O médico disse que você vai melhorar. Contanto que a gente tenha tempo o suficiente, contanto que você me escute e se recupere, vai ficar tudo bem!".
Gritei, perplexa: "Irmão".
Não conseguia parar de chorar. Sean enxugou as lágrimas por mim e disse: "Eu tô aqui".
A vida parecia ter perdido todo o sentido. Agarrei seu braço com força e me lembrei daquela noite quando nevou. "Nigel" gentilmente colocou um cachecol em mim e me chamou de "menina"...
Ele era o homem que realmente conheci nove anos atrás, não era?
Meu corpo ficou mole nos braços de Sean enquanto eu dizia: "Quero voltar pra Oak City".
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