Resumo de Capítulo 23 – Capítulo essencial de Para Sempre por Flávia
O capítulo Capítulo 23 é um dos momentos mais intensos da obra Para Sempre, escrita por Flávia. Com elementos marcantes do gênero Bilionários, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
O casamento aconteceu no começo de março, como Shirley tinha pedido. Foi muito alegre, com toda a família Grayson celebrando aquela ocasião maravilhosa. Ela estava no quarto, usando um vestido de noiva branco e esperando o noivo ir buscá-la.
Por outro lado, ele estava sentado no escritório com um olhar distante.
Era o dia de seu casamento, mas não estava nem um pouco feliz, como se o homem que se casaria hoje não fosse ele. Não sentia nada, como se estivesse apenas cumprindo uma missão que lhe deram.
Enquanto brincava com a aliança, de repente se lembrou de que foi Aria quem a colocou em seu dedo anelar quando se casaram. Ao pensar nela, seu coração se aqueceu.
Era como se a mulher chamada Aria Twilight fosse a única pessoa capaz de fazer com que sentisse algo.
Sentou-se no sofá em silêncio e decidiu que ligaria para ela.
Assim que pegou o celular, recebeu uma ligação.
Era Aria.
Vendo esse nome, o homem ficou chocado por um momento.
Por que estava ligando para ele?
Tocou no botão de resposta com os dedos trêmulos. Quando estava prestes a dizer o nome dela suavemente, um grito amargo o interrompeu abruptamente: "Nigel Grayson, a Aria se foi, na própria casa dela!".
Ficou surpreso: "Como assim ela se foi?".
Se tivesse partido, por que estaria em casa?
A voz ao telefone era desconhecida e sofria muito.
O coração de Nigel parou. Sentiu que algo terrível tinha acontecido.
"Aria faleceu."
O celular caiu no chão de repente...
Quando Nigel chegou à casa da família Twilight com pressa, viu apenas uma mulher.
Ele a conhecia.
Era Sunnie James, a melhor amiga de Aria.
Onde Aria estava?
Estava deitada na cama com os olhos bem fechados. O rosto estava muito pálido e havia cicatrizes superficiais em suas bochechas.
Nunca a tinha visto sem maquiagem. Ela realmente parecia mais nova do ele que imaginava.
Parecia uma menina despreocupada.
E, de fato, deveria ser só uma menina...
Nigel tremia ao se aproximar e se ajoelhou diante dela, abraçando-a com força.
Parecia estar com medo, como se fosse perder algo.
Sua angústia foi a única coisa que Shirley viu quando chegou.
Ele tremia enquanto segurava Aria em seus braços com firmeza. Foi como se o tempo tivesse parado totalmente.
Nesse momento, Shirley soube que seu casamento tinha ido por água abaixo.
Virou-se e estava prestes a sair quando, por acaso, viu o homem ao lado dela.
Era idêntico ao homem que amava.
Mas se chamava Leo Grayson.
Era o irmão de Nigel.
Parecia estar em transe.
Aproximou-se da cama e pegou o cartão ao lado de Aria.
Havia apenas duas frases simples.
"Menina, por que você tá sempre me seguindo?"
"Porque... eu gosto de você."
Porque ela gostava dele...
Leo sabia dos sentimentos dela há muito tempo, mas não se incomodava com isso porque ela era apenas uma criança.
Muitos anos se passaram. Depois que o concerto terminou naquela noite, nunca pensou que ela ainda o estaria procurando.
Vendo como estava perdida, Leo não conseguiu aguentar.
Apareceu por um momento e mandou Aria para casa.
Mesmo que ela o tivesse chamado pelo nome de seu irmão mais novo, Nigel Grayson.
Na verdade, Leo tinha conhecido Aria em outra ocasião.
Na escola.
Estava chovendo naquele dia.
Ele estava no andar de cima e ela, no de baixo.
Viu claramente sua tristeza.
Sabia que estava chorando.
Mas ela era teimosa e insistia que não.
A chuva tinha estragado sua maquiagem, revelando seu rosto terno.
Aria parecia tão inocente e jovem quanto costumava ser.
Com maquiagem, era muito encantadora e atraente.
Além disso, era a ex-esposa de seu irmão.
De repente, entendeu que essa menina tinha se apaixonado pela pessoa errada desde o início.
Aria achava que Nigel era Leo.
E por isso se casou com Nigel sem hesitar.
Deixou o cartão na cama e se virou para sair.
Por algum motivo, pensou naquele ano de novo.
Aria lhe perguntou se poderia tocar "Where the Wind Lives" para ela.
Ele disse que tocaria na próxima aula.
No entanto, ela não apareceu naquele dia, mas ele tinha certeza de que ela tinha ouvido.
Era a razão pela qual tocava "Where the Wind Lives" em todos os concertos. Nem ele mesmo sabia por que, mas provavelmente era uma resposta à admiração e ao amor daquela menina.
Fechou os olhos, seu coração normalmente calmo disparou.
Por que suas bochechas estavam úmidas?
Estava chorando?
Se sim, por quê?
Por causa da menina que tinha amado a pessoa errada?
......
O funeral de Aria aconteceu mais tarde naquele dia. Nigel estava de frente para a tumba dela, vestindo um terno preto clássico. Era como se uma parte dele tivesse morrido junto. Muitas pessoas estavam prestando condolências a essa mulher forte que tinha sofrido uma morte prematura.
Nesse momento, o coração de Nigel também se encheu de pesar.
Era difícil aceitar que não havia mais uma mulher chamada Aria Twilight neste mundo.
Estava à beira de um colapso. De repente, ajoelhou-se de frente para o túmulo. Ao ver o sorriso gentil da mulher na lápide, sentiu remorso.
De repente, começou a culpá-la por não ter contado nada para ele.
Por lidar com tudo sozinha.
Por não culpá-lo, mesmo em seus momentos finais.
Tinha até mesmo sorrido e lhe desejado um casamento feliz!
"Sr. Grayson."
De repente, alguém o chamou.
Olhou para o homem de meia-idade na frente dele, em transe.
Ouviu a pessoa dizer calmamente: "Sou o advogado da Srta. Twilight. Ela me deixou um testamento cerca de dois meses atrás junto com um bilhete pra você".
Nigel pegou o testamento. Havia poucas palavras nele...
"Nigel, rezo para que você consiga tudo o que quiser na vida."
Só agora Nigel percebeu que 1227 era o aniversário de Leo: dezembro, dia 27.
Embora fossem gêmeos, Nigel tinha nascido um dia depois: 28 de dezembro.
O aniversário de seu irmão, Leo, era um dia antes.
Seriam todas as senhas dela, da fechadura de sua porta a seu laptop, 1227?
Pensando nisso, sentiu-se angustiado.
Realmente tinha entendido mal as coisas. Achava que 27 de dezembro era o dia em que Aria o conheceu.
Acontece que era também o vigésimo segundo aniversário de Leo.
Desabou. De repente, tudo parecia ridículo e irônico.
Nunca tinha pensado que o amor que não valorizava era voltado a outra pessoa o tempo todo!
Até morrer, Aria nem sabia que tinha amado o homem errado.
Uma música triste e aconchegante de repente ecoou pelo ar.
Nigel a conhecia bem, porque, há pouco tempo, tinha ouvido Aria tocá-la.
"Where the Wind Lives". Onde mora o vento.
Leo estava fazendo a despedida que ela desejava.
Nigel sentiu que não havia nada mais irônico do que aquele momento.
Uma foto de um adolescente tocando piano foi colocada de súbito em frente ao túmulo.
Nigel olhou para a mulher a seu lado com espanto.
Sunnie disse calmamente: "Eu encontrei isso no quarto da Aria".
A pessoa na foto era claramente Leo Grayson.
Nigel desligou. A tristeza o dominou, e sentiu que não conseguia respirar.
No fim, a persistência e amor daquela mulher tinham pertencido completamente a Leo.
Até mesmo a empresa da família Twilight não deveria ser dele.
As pequenas doses de ternura que ela tinha recebido quando estava viva eram todas de Leo.
Nigel de repente pensou em si mesmo...
E quanto a ele?
Ele era apenas um erro.
Um erro que levou à morte dela.
Câncer cervical...
Ele mesmo o tinha causado.
"Você é tão cruel, Aria Twilight."
Sunnie, que estava ao lado dele, hesitou quando viu seu estado. Perguntou-se se deveria contar a verdade. A verdade é que a mulher no caixão...
Mas também tinha prometido a Sean que ficaria de boca fechada sobre o paradeiro de Aria.
Para ser sincera, Sunnie sempre odiou Nigel por mandá-la para a prisão, mas começou a sentir pena dele quando viu sua tristeza. Afinal, as pessoas sempre cometiam erros, principalmente quando se tratava do amor.
Ele estava errado por não entender seus reais sentimentos.
Aria também estava errada por não amar a pessoa certa.
Mas depois de tantos anos, quem poderia dizer que não amava aquele homem?
Havia muitas coisas que Sunnie não entendia. Aos olhos dela, porém, Aria amava Nigel.
Pensando nisso, disse devagar: "Nigel".
Ele a ignorou. Ela se agachou e sussurrou algo em seu ouvido.
De repente, seus olhos se encheram de alegria e entusiasmo, mas também de inquietação.
Foi uma mistura complicada e indescritível de emoções. Nigel finalmente sentiu o coração batendo descontroladamente ao olhar para Sunnie com suspeita. Perguntou: "Você não tá mentindo, tá?".
Ela o lembrou, sorrindo: "Aria nunca vai te perdoar tão fácil assim".
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