Resumo de Capítulo 42 – Uma virada em Para Sempre de Flávia
Capítulo 42 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Para Sempre, escrito por Flávia. Com traços marcantes da literatura Bilionários, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
"Where the Wind Lives": "Onde mora o vento..."
Para ser sincera, o vento nunca morou aqui; sempre passou por nós, levando uma parte de nosso tempo de crianças despreocupadas. Da mesma forma, você seguiu o vento e me abandou. Ele não deixou nada para trás, apagou sua imagem, deixando-me apenas memórias.
Esperei por nove anos no mesmo lugar. O amor no qual eu acreditava desde jovem não passava de um conto de fadas insignificante.
Minha vida toda tinha sido uma piada desde que me apaixonei pela pessoa errada.
A melodia familiar soou em meus ouvidos, repetindo-se em meu coração como uma caixinha de música. Suspirei e me levantei.
Assim que fiz isso, a música parou abruptamente. Os olhos claros do homem percorreram a multidão e recairiam em mim. Eu podia ver a pena em seu olhar, aquela que Nigel tinha mencionado.
Sorri calmamente. Naquele momento, Sunnie e Louisa, que estavam na primeira fileira, olharam para trás, confusas.
Quando me viu, Sunnie se levantou depressa e veio até mim.
Olhei para Leo com calma. De repente, ele tocou aquela mesma música de novo enquanto eu me retirava da sala de concerto, apressada.
Minha amiga me seguiu até o lado de fora e perguntou: "O que você está fazendo aqui?"
Apontei para o cartaz na porta e expliquei com um sorriso: "Eu só queria ouvir um pouco de música, não imaginava que ia encontrar ele..."
Sunnie sabia muito bem o que tinha acontecido comigo e me entendia como ninguém. Ela me abraçou e disse: "Vai ficar tudo bem".
Quando lembrei que Chace a tinha deixado, dei um tapinha em seu ombro e disse: "Sim, com certeza vai ficar tudo bem".
Eu não sabia se estava a consolando ou me consolando.
De repente, ela disse: "Vamos dar uma volta".
"Tudo bem. O Chace ainda não apareceu?"
O vento de março estava um pouco gelado. Enrolei o casaco em volta de mim e a ouvi dizer com tranquilidade: "Não, eu não penso mais nele. Não gosto da sensação de poder perder ele a qualquer momento... O Chace, ele... Eu achei que o amor vencesse barreiras, mas não dá pra superar a baixa autoestima dele. A gente acabou perdendo pra realidade".
Em poucos meses ela deu de cara com a vida real. Sunnie estava disposta a abrir mão de tudo para ficar com Chace, mas Chace nunca conseguiu abrir mão de seu orgulho.
Eu conseguia entendê-lo. Conseguia entender que aquela inferioridade diante da pessoa amada era difícil de apagar.
Sunnie sabia como ele se sentia, então decidiu não ir atrás dele dessa vez. De qualquer forma, isso não ajudaria ninguém.
Ela não podia convencê-lo, assim como não podia se convencer a esquecê-lo. Afinal de contas, todos tinham crenças diferentes.
Perguntei: "Como você conseguiu desistir tão fácil assim do seu amor? Sunnie, pelo menos você e o Chace se amam".
Eu nem sabia quem eu amava.
Eu sabia que Leo não me amava.
Nigel, menos ainda.
Além disso, minha crença de nove anos atrás estava desmoronando. Eu estava cada vez mais me voltando para o Nigel de três anos atrás.
Sunnie disse: "Aria, o amor não resolve todos os problemas".
Eu não sabia o que dizer.
Nós duas caminhamos por uma ruazinha em silêncio. Foi só meia hora depois que me lembrei de que meu carro estava estacionado no teatro.
Quando Sunnie e eu voltamos pelo mesmo caminho, vimos Leo e Louisa à porta. Assim que viu Sunnie, Louisa sorriu e gritou: "Sunnie, a sua bolsa está comigo".
Sunnie foi até ela apressada, pegou a bolsa e agradeceu.
Louisa balançou a cabeça e disse: "Que isso".
Depois, ela olhou para o meu Rolls-Royce que estava estacionado e me perguntou, esperançosa: "Srta. Aria, a gente não veio dirigindo. Aqui é longe, é difícil conseguir um táxi. Você pode dar carona pra mim e pro Leo?"
Era um pedido simples.
Não tinha por que recusar.
Ao ver o homem em silêncio, coloquei a mão nos bolsos e perguntei: "Vocês querem ir pra casa? Eu posso deixar vocês no caminho".
Leo fez que sim, e o cabelo em sua testa balançou com o movimento. Ele disse de forma educada: "Desculpe o incômodo, srta. Twilight".
Balancei a cabeça e respondi: "Não tem problema".
Então, olhei para Sunnie e perguntei: "Você vai voltar comigo pra minha casa?"
Ao ouvir aquilo, Sunnie sacudiu a cabeça: "A sua casa é grande demais, não estou acostumada. Me leve de volta pra minha casa".
Apesar de Sunnie ter morado no campo com Chace por alguns meses, ela tinha um salário estável para ter uma casa própria. Por outro lado, Chace não tinha nada.
Além do mais, aquele homem valorizava sua autoestima...
Senti de repente que ele não estava à altura de Sunnie.
Afinal de contas, um relacionamento entre pessoas vindas de uma mesma classe social poderia durar mais.
O amor não resolve todos os problemas.
Incluindo as lacunas na realidade.
Se Chace quisesse mesmo ter uma boa relação com Sunnie, sem deixar nada para ser resolvido, ele tinha que crescer e se tornar mais forte.
Pensando no homem de olhos claros e estáveis...
Senti de repente que ele tinha seus próprios planos.
Ele podia ter partido apenas por agora.
......
A casa de Sunnie era a que ficava mais perto, então a deixei primeiro.
Depois, vinha a de Louisa.
De fato, Leo insistiu para que ela voltasse para a casa da família Grayson.
Louisa, que estava tentando agradá-lo, disse: "Já está tarde. Irmão, deixe eu ir pra casa com você, por favor".
Leo não respondeu. Depois de pensar um pouco, perguntei com hesitação: "Por que você não deixa ela ir com você? Desse jeito, eu não preciso fazer outro caminho".
Sem pensar duas vezes, ele repetiu: "Srta. Twilight, por favor, leve ela pra casa da família Grayson".
Gostava do homem que tocava piano para mim.
Gostava do homem que me chamava de "menina".
Mesmo sentindo que estava perdendo as esperanças.
Mesmo achando que estava me apaixonando por Nigel.
Uma única palavra de Leo.
Uma palavra que não era nem sequer romântica.
Minha determinação por ele desmoronaria como um morro.
Como desistir de tudo?
Como poderia ser fácil desistir dele?
Eu não conseguia, mas não me atrevia a me aproximar.
Porque eu era uma pessoa que nem conseguiria viver por muito tempo.
Meu amor seria apenas um fardo para ele.
Além disso, seu coração não era meu.
Não era porque eu o amava que ele tinha que me amar de volta.
Engoli a amargura que sentia e disse: "Obrigada".
Nove anos atrás, eu estava do lado de fora da sala de aula quando o ouvi tocar aquela música. Aquela foi a primeira vez que fiz uma pergunta a ele.
Nove anos depois, eu o ouvi novamente em um concerto.
Até cheguei a vê-lo tocar naquela mesma sala de aula...
Ele tinha tocado todas aquelas vezes por minha causa?
O carro avançava devagar. Leo mal abriu a boca. Ele não gostava muito de falar, então fiquei em silêncio para não incomodá-lo.
Nós não podíamos ocupar o mesmo espaço: meu coração batia tão forte que poderia saltar do peito a qualquer momento. Para meu alívio, logo chegamos ao destino.
Parei o carro no portão e ele saiu. Quando eu estava prestes a ir embora, ele disse gentilmente: "Menina, a gente pode conversar?"
Apesar de ser só uma pergunta, havia um quê de afirmação ali.
Franzi os lábios e olhei para ele através da janela.
Aquele homem era tão bonito e caloroso, mas tão inatingível.
Eu queria dizer não, mas ele se inclinou e sussurrou no meu ouvido: "Eu sei o que você pensa de mim. Tem umas coisas que eu devia ter te falado nove anos atrás... Desculpe o atraso. Menina, você sofreu tanto".
Ele tinha sido claro. No mesmo instante, eu o encarei com olhos marejados e perguntei com a voz trêmula: "Do que você está falando?"
"Menina, você está disposta a ficar comigo?"
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