Para Sempre romance Capítulo 66

"Chuck, deixe ela ir agora!"

Uma voz muito estranha porém ao mesmo tempo familiar disse a distância.

O homem que estava me enforcando de repente me soltou. Desabei no chão, tentando recuperar o fôlego no meio da chuva. Então, o homem chamado Chuck cuspiu no chão e disse com desdém: " Bom, agora você veio?"

"Que baboseira é essa? Eu estava com a minha amante no telefone!"

Como já esperava, ele estava ocupado ligando para outras pessoas.

Tossi mais algumas vezes até finalmente me sentir um pouco melhor. Então, olhei para cima e vi Willard parado na chuva. Ele ainda parecia tão teimoso e destemido como na época em que saiu de casa.

Continuei olhando para ele e ele me encarou de volta com um ar de culpa.

Era muito raro para ele se desculpar de algo, então ele me disse: "Me desculpe pelo atraso. Não sabia que esse idiota ia tentar alguma coisa contra mim ou até mesmo te envolver nisso tudo."

Eu apenas balancei minha cabeça, indicando que eu estava bem.

Nesse momento, me senti inquieta porque Willard veio desarmado. Ele não poderia ser pego como a Louisa foi.

Inclinei a cabeça e olhei para Louisa, que ainda estava deitada imóvel no chão. Ela parecia gravemente ferida já que estava inconsciente. Cheguei mais perto dela e a segurei em meus braços, sussurrando que ia ficar tudo bem.

Não sabia se estava tentando confortar Louisa ou a mim mesma.

Realmente esperava que tudo ficasse bem, como eu disse que iria.

Enquanto ainda estava atordoada, Willard correu em nossa direção. Achei que ele fosse estar assustado por estar em menor número, mas logo vi um grupo de pessoas atrás dele. O homem que se chama Chuck estava igualmente chocado e tentou me fazer de refém, mas Willard não hesitou em chutá-lo e me defender.

Willard não se juntou à luta e apenas se concentrou em me manter protegida, apesar de ter sido acertado por outros. Eu perguntei preocupada, "Willard, você está bem?"

A chuva estava tão forte que Willard não conseguiu ouvir o que disse. Ele continuou resmungando: "Nunca deixei uma mulher se machucar perto de mim antes. Não acredito que você foi a primeira!"

Sua voz estava tão alta que eu pude ouvir claramente o que ele disse. Eu sorri em resposta, "Pena que me acertaram."

Ele revirou os olhos quando ouviu isso. A luta estava ficando mais intensa e de repente, ouvi uma sirene de polícia em uma curta distância. Como todos estavam ocupados pela briga, eles não conseguiram escapar a tempo e acabaram sendo pegos pela polícia. Pouco tempo depois, Louisa e eu fomos para o hospital.

Louisa ficou gravemente ferida. Nigel veio correndo quando soube da notícia. Fiquei sentada em silêncio do lado de fora da porta e observei Nigel caminhar na minha direção, imediatamente me abraçando com muita força quando chegou ao meu encontro.

"Me desculpe, eu devia estar lá para te proteger!"

Parecia que todo mundo estava se desculpando comigo hoje.

"Você não teve culpa de nada. É a Louisa que se machucou seriamente."

Nigel me soltou e me examinou da cabeça aos pés. Então, ele olhou para o inchaço em minha bochecha.

Me conduziu para a sala de espera e pôs um pouco de gelo e pomada na minha bochecha. Quando terminamos, a operação de Louisa já havia acabado, mas ela ainda estava inconsciente.

Nigel estava inicialmente planejando deixar seu assistente aqui e sair para cuidar de alguns problemas na delegacia. Porém, deixei bem claro que iria atrás dele. Após uma breve hesitação, ele segurou minha mão com força e nós dois fomos juntos para a delegacia.

Quando chegamos, vimos que todos estavam agachados no chão depois de serem detidos, até mesmo Willard.

Por mais que o pessoal de Willard estivesse lá apenas para me salvar, todos se envolveram na briga. Por isso, a polícia teve que trazer todos eles para a delegacia.

Eles só mandaram dois de seus policiais para escoltar Louisa e eu para o hospital.

Os dois policiais ainda estavam vigiando Louisa no hospital naquele momento. Ela estava envolvida com a briga afinal. Porém, o assistente de Nigel garantiu que resolveria o assunto.

Nigel era severo e indiferente. A primeira coisa que fez no momento em que entrou na delegacia foi chamar o chefe em comando.

E o chefe da polícia chegou em alguns segundos.

Nigel olhou para o grupo de pessoas ajoelhadas no chão e perguntou friamente, "Qual deles te machucou, Aria?"

Nesse momento, ele estava fervendo de raiva.

Tinha certeza de que ele queria se vingar deles por terem me machucado.

Eu examinei os bandidos assustados, apontei para Chuck e disse: "Esse aqui me deu alguns tapas. E também foi ele que espancou a Louisa."

Assim que terminei de falar, Nigel imediatamente deu um chute com toda força na cabeça de Chuck. Ele caiu com tudo no chão, só para receber mais uma rodada de chutes e pontapés de Nigel. Só então, Nigel parou de espancá-lo.

Sabia que esse era só o começo.

Em seguida, Nigel encontraria alguém para prendê-los por um bom tempo.

Chuck ficou parado no chão. Com espuma branca saindo de sua boca e aparentemente inconsciente. Se tivesse continuado, Nigel provavelmente teria matado ele.

Não queria que Nigel nos desse mais nenhum problema. Mesmo que Chuck fosse um lixo, ele não merecia morrer de verdade.

Eventualmente, a lei iria lhe punir da forma que ele merece.

Pedi para que a polícia levasse Chuck ao hospital. Nigel não disse nada, só respeitou minha decisão. Depois que eles foram embora, expliquei a Nigel: "Foi ele quem me salvou agora mesmo."

Apontei para Willard, escondendo sua identidade por enquanto.

Nigel acenou com a cabeça e demonstrou gratidão, "Obrigado."

A polícia então liberou Willard e seu pessoal. Quando eu estava prestes a sair, vi uma garotinha tremendo escondida em um canto.

Foi a garota que me enganou quando abri a porta para ela.

Pensei um pouco, mas resolvi não ajudá-la.

Sabia que gentileza nem sempre gera gentileza. Se alguma coisa acontecesse, a polícia definitivamente investigaria. Não estava mais disposta a estender minha mão tão facilmente outra vez.

Fiquei na porta e esperei por Nigel. Ele estava conversando com o chefe da polícia lá dentro. Já consigo imaginar o que ele pretendia fazer.

Para resumir, eles iriam passar um longo tempo na prisão.

A chuva de antes havia me encharcado. Mesmo com roupas secas agora, ainda estava tremendo de frio. De repente, ouvi alguém dizer: "Tenho que ir agora. Meus irmãos estão me esperando. Te vejo outro dia."

Virei minha cabeça e vi Willard. Ele tinha hematomas por todo o rosto da briga que aconteceu. Eu o lembrei: "Não conseguimos conversar direito sobre isso. Acho que você já sabe da verdade, não é?"

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