Partindo Grávida, Bilionária Sedutora Retorna romance Capítulo 62

Ela estava correndo feito uma bala, parecia que a morte estava no seu encalço.

Hesitou por um instante. Letícia Fernandes ligou para Israel Ferreira.

Se a sorte dela era tão ruim assim, e a noite prometia não ter fim.

Ela não poderia morrer sem deixar rastro naquele ermo.

Seria por causa do negócio maldito de Israel Ferreira, aquele canalha.

Ao menos ele tinha que saber! Além disso, ele sempre parecia ser capaz de tudo.

E com certeza tinha que conseguir salvá-la!

O telefone tocou uma, duas, três vezes.

O pé de Letícia Fernandes no acelerador já começava a formigar.

Quando ela pensou que Israel Ferreira ainda estaria puto e não atenderia sua ligação.

A chamada foi aceita Num piscar de olhos, as lágrimas de Letícia começaram a rolar.

“Isr...”

“Secretária Letícia, o Israel está no banho, aconteceu alguma coisa?” Uma voz suave e melodiosa veio do outro lado da linha.

Um estrondo era uma voz que ela conhecia.

Srta. Ross.

Na cabeça de Letícia Fernandes, era como se algo tivesse explodido em mil pedaços.

“Secretária Letícia?”

“Não é nada, me enganei ao discar.”

Letícia Fernandes, como uma ladra flagrada pelo dono da casa, desligou o telefone num pânico só. Logo à frente, havia uma curva.

Distraída por um momento, ela se recompôs e girou o volante rapidamente, mas ainda raspou numa placa de sinalização.

O celular caiu embaixo do assento. ela não podia alcançá-lo.

O medo e o desespero a inundaram num instante.

Os carros atrás continuavam na perseguição. Ela mal pôde ver alguém do banco do passageiro gritando algo para ela. Letícia Fernandes olhou para o medidor de combustível.

Com a velocidade que estava, no máximo faria mais cinquenta quilômetros.

Aos poucos, Letícia Fernandes encontrou sua calma.

O pôr do sol tingia o céu de vermelho e laranja, um espetáculo majestoso.

Ela preferia morrer a ter que aguentar o desrespeito daqueles homens nojentos.

Afinal, cair nas mãos deles significava uma morte certa.

Melhor morrer por sua própria mão do que pelas mãos de outro.

Letícia Fernandes respirou fundo.

A ferida em sua mão esquerda havia se aberto de novo, sem que ela percebesse.

O curativo estava encharcado de sangue. Ela segurava o volante com a mão esquerda.

Com a direita, tocava levemente o ventre.

“Filho, acho que não vou poder te trazer ao mundo, mas se houver uma próxima vida... venha me encontrar.”

Letícia Fernandes continuou dirigindo embora estivesse preparada para o pior.

Ainda assim, tinha esperança de um milagre. Se encontrasse uma cidade, ou um lugar com gente. Ela poderia escapar dessa.

A sorte de Letícia Fernandes estava pior a cada dia.

Continuou até o combustível acabar e a desolação ao redor era ainda maior que antes.

O carro foi perdendo força os perseguidores, no entanto, não diminuíam a velocidade.

Letícia Fernandes fechou os olhos.

Riu sem som, e, raro para ela, soltou um palavrão.

Então, com determinação, olhou ferozmente para frente e virou o carro.

O carro de Xavier estava entre os perseguidores.

“Xavierão, o que ela está aprontando?” perguntou o motorista confuso.

Aquela mulher dirigia como uma louca eles, um bando de homens, não conseguiam alcançá-la.

E agora, com essa guinada súbita.

Será que ela percebeu que não podia escapar e estava se entregando?

“Vamos lá, abre espaço! Essa mulher vai jogar o carro em cima da gente!”

Xavier se virou para pegar o volante. Os carros estavam em alta velocidade, dois deles, por causa do pânico, viraram com tudo e bateram no canteiro central.