Pequena Flor romance Capítulo 101

Kay claramente não estava lá só para entregar o remédio. Era um alerta direto para seu chefe de que ele tinha competição por Savannah.

Ele percebeu que Emmanuel estava infeliz, mas continuou sem se importar.

"Savannah é uma mulher bonita com muita personalidade. É uma doce, muitos homens com certeza vão se atrair por ela. Ela acabou de começar a trabalhar mas o jovem mestre do grupo Galaxy já está de olho nela. Se ela trabalhar por mais alguns anos, vai virar uma mulher muito madura. E eu acho que isso vai fazer dela mais atraente do que já é."

"Chefe, você tem bom gosto!"

"Kay, o que você está tentando insinuar?"

Havia uma pitada de raiva nos olhos de Emmanuel. Ele olhou para Kay furioso.

Ele sempre ia direto ao ponto e não gostava de rodeios para dizer algo.

No entanto, Kay hesitou e enrolou deliberadamente, mesmo sabendo que lhe deixaria irritado. Era óbvio que ele estava tentando chegar em um ponto.

"Você realmente se decidiu desta vez?" Kay mudou de assunto e seus sorrisos desapareceram. Seus olhos se estreitaram e ele parecia sério.

"Cinco anos atrás, não podíamos fazer nada para salvar Wendy. Não quer que isso se repita, quer? Wendy deu sorte de ter o Frank, mas enquanto a Savannah? Todos esses anos, alguém tem tentado te ferir, você não sabe o que esta pessoa está indo atrás?"

"Tínhamos pistas mas você não continuou a investigação. Você se recusou a se casar ou ter filhos porque tem medo de que acidentes continuem acontecendo. E você até mesmo sabe quem está por trás disso!"

Kay exclamou a surpreendente verdade do caso.

Naquela época, Kay participou da investigação para descobrir o mandante por trás de tudo. Wendy não era só a esposa de Emmanuel, também era uma boa amiga dele.

Kay não era parente de Emmanuel ou Frank, mas eles tinham uma relação profunda. Passaram por inúmeras coisas juntos desde que eram meninos.

Emmanuel era o mais maduro entre eles. Ele assumiu o grupo Imperial aos dezoito anos e experimentou de primeira mão a crueldade do mundo dos negócios.

Já se deparou com inúmeras tentativas de assassinato, Kay o salvou em cada momento.

Depois de passar por tanto, Kay achou que Emmanuel não deixaria o mandante sair impune, porém... Emmanuel não disse ou fez nada.

"Chefe, todo mundo tem seus limites. Espero que esteja preparado para proteger Savannah com tudo o que tem. Se outra tragédia acontecer, seria tarde demais. Não tem porque viver mais cinco anos em arrependimento! Se só continuar parado olhando, Savannah vai virar a próxima vítima. Infelizmente, não teremos alguém como o Frank para salvá-la desta vez!"

"Se você gosta dela, agarre com unhas e dentes. Se não consegue se decidir se quer ela ou não, ou se vai protegê-la ou não, então desculpe, mas Shawn é a melhor opção para ela. É um homem simples e honesto, além disso, ele é filho único da família dele, então não vai se envolver em muitos problemas. Estou certo, chefe?"

Emmanuel ficou estupefato com as observações de Kay. E principalmente com sua audácia.

Ele olhou para Kay e havia uma aura terrível ao seu redor.

Seus olhos eram escuros e caóticos.

Kay foi o único que já ousou o questionar desse jeito, de lhe provocar e falar a dura verdade em sua cara.

"Kay, você fala demais."

"Eu só preciso ouvir isso de você."

"Se essa pessoa fizer isso de novo, com certeza vou revidar. Ela vai pagar o preço mais caro por isso."

Emmanuel cerrou os punhos e fechou os olhos, resoluto a cumprir esta promessa.

As veias nas costas de sua mão latejavam. Parecia uma visão assustadora.

Kay deu um suspiro de alívio, vendo sua mudança de opinião.

Ele não estava sendo duro apenas por Savannah, mas porque era assim que Emmanuel o escutaria, pelo próprio bem de seu amigo.

Emmanuel já estava na casa dos trinta. Se ele continuasse assim, ficaria solteiro por toda a vida.

"Tudo bem, o remédio está aqui, estou saindo agora."

Ele exalou e se virou para sair.

Emmanuel olhou para o remédio e seus olhos se tornaram sombrios.

Savannah deixou o hospital. Ela se recusou a deixar Shawn levá-la para casa, então foi caminhando para casa devagar.

No caminho de volta, Emmanuel ligou para ela. Ela já estava prestes a ligar para ele também.

"Alô? Emmanuel?"

"Foi o seu primeiro dia de volta ao trabalho, não é? Como foi? Como estão seus colegas?"

Ele estava se importando com ela, mas seu tom era tão sério que lhe deixou meio confusa.

Ela lembrou que acabou de ser escaldada e quis reclamar. Mas, pensando bem, não era grande coisa.

Além disso, Emmanuel ficaria preocupado se ela contasse a ele e faria disso um problemão.

Ela hesitou por um momento e decidiu que era melhor não falar disso.

"Eles são bem legais. Ficaram preocupados comigo e também acham que o escândalo era falso. A propósito, Emmanuel... Você ligou para a minha chefa hoje?"

"Não, por quê?"

"Nada."

Emmanuel não sabia o que aconteceu no escritório, por isso, como ele saberia da rejeição de Kaye? Como poderia ajudar se não fazia ideia do que aconteceu por lá?

Talvez Kaye estivesse certa. Talvez tenha enviado uma cópia digital da proposta para o departamento de design acidentalmente? E se realmente tudo foi um mal-entendido?

Mas, se não ele, quem iria lhe ajudar assim?

"Você não tem mais nada para me dizer?"

Emmanuel franziu a testa e perguntou. Ele disse a Francisco para investigar o que aconteceu com ela no escritório. Já sabia que seus colegas lhe odiavam e tratavam mal. Por que ela continua guardando tudo para ela mesma?

Ele sabia que Shawn a ajudava também. No entanto, ela não sabia disso, então deve ter pensado que foi ele que a ajudou.

E como ele queria que tivesse sido ele mesmo.

"Não, está quase na hora do jantar. Eu sei que você está ocupado, mas não vá para a cama sem jantar, ok?"

"..."

O homem do outro lado da linha ficou em silêncio.

Ela ficou meio preocupada quando não recebeu nenhuma resposta.

"Emmanuel... Você está me ouvindo?"

"Olhe para a esquerda."

Finalmente, Emmanuel falou.

Ela se virou para a estrada imediatamente. Percebendo que ele estava atrás dela devagar em seu carro. Quando foi que ele começou a segui-la?

"Emmanuel..."

"Entre no carro."

Ela o obedeceu e entrou, apertando o cinto de segurança, mas ele pressionou contra seu peito, ela franziu a sobrancelha de dor.

Ele agiu como se não soubesse o que aconteceu, perguntando, "O que aconteceu?"

"Não é nada."

Ela acenou com as mãos. Seus ferimentos não foram muito graves, não queria que ele se preocupasse. Não queria que ele soubesse que ela teve um dia terrível no trabalho.

Se soubesse, Emmanuel iria forçá-la a mudar de trabalho ou pressionar seus superiores.

Os colegas de Savannah a odiavam. Portanto, seu futuro seria sombrio com mais proteção dele.

No entanto, ela queria provar a si mesma. Provar a si mesma que consegue se virar sozinha.

Emmanuel não respondeu. Ele franziu a testa e parecia meio irritado.

Estava quieto no carro e era um clima horrível.

Savannah estava nervosa. Será que teve um dia ruim no trabalho?

Então... Ela deveria confortá-lo?

Ela hesitou por um momento então decidiu tentar lhe animar, "Ei, Emmanuel, anime-se! Não se irrite, é ruim para a saúde ficar tão estressado, não vale a pena."

"Você sabe por que estou com raiva?" Ele perguntou.

"Não é sobre o trabalho?"

"Estou bravo contigo."

"Comigo?" Isso lhe pegou de surpresa. O que ela fez agora?

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