Pequena Flor romance Capítulo 36

Já era tarde depois de terminar o filme e era hora do jantar. Lembrando quanto Emmanuel comprou para ela, Savannah cerrou os dentes e decidiu convidá-lo para um jantar chique.

Inesperadamente, ela tinha acabado de pensar no jantar quando ele recebeu uma ligação de Francisco. Seu assistente mencionou que a empresa precisava ter uma reunião de emergência e ele tinha que ir até lá.

Savannah sugeriu jantar com ele outro dia, mas ele insistiu que eles iriam jantar naquele mesmo dia.

"É só uma reunião e não vai demorar muito. Depois da reunião, será a hora certa para a janta."

Ela não teve escolha a não ser segui-lo até a empresa.

Emmanuel foi para a sala de conferência sozinho enquanto ela ficou no escritório dele, jogando seus jogos de celular.

Ela percebeu que Emmanuel confiava nela. Estava sozinha com o escritório dele exposto, mas não mandou ninguém para ver o que ela estava fazendo. E se ela vazasse dados ou pegasse coisas importantes?

Depois de terminar uma partida, ela de repente viu um controle embaixo da mesa de chá.

Seus olhos se iluminaram imediatamente. Será que era um tipo de joystick?

Ela tentou se esgueirar para mexer ele, até perceber que era um controle muito bonito. O que será que iria acontecer se ela ligasse seu celular nele?

Ela ligou o interruptor e estava pronta para conectar o controle via Bluetooth. Porém, ouviu um farfalhar atrás dela.

Um drone apareceu de um canto e voou loucamente pelo escritório. Ele bateu em vários cantos da empresa e bagunçou tudo por lá. No fim, acertou um lustre de cristal e caiu no chão com um estrondoso baque, espalhando faíscas em suas hélices.

Savannah guardou discretamente o controle de volta para onde estava. Francisco chegou correndo no mesmo instante. Preocupado que tivesse acontecido alguma coisa com ela.

Depois de perceber o que aconteceu no escritório, ele ficou pasmo.

Aquilo era... Um roubo?

"O sr. Ferguson... Ahh, o sr. Ferguson tem um troféu de honra acadêmica. Depois da primeira graduação, pós-graduação e PhD em cinco anos, a universidade lhe deu este troféu por ser um prodígio. E ele estava bem aqui nestes anos inteiros. Sempre no escritório do sr. Ferguson, mas... Mas, por que ele está sem cabeça?"

A parte superior do troféu de cristal... Não foi encontrada em lugar algum naquela bagunça.

"Oh meu Deus! O sr. Ferguson comprou esta preciosa pintura em um leilão na França. Por que ela está arranhada?"

"A estatueta de porcelana... É a antiguidade favorita dele! Dizem que trazia sorte a empresa, e ficava bem aqui. E agora... Cadê ela?"

Francisco estava pirando com os braços sobre a cabeça, prestes a gritar.

"Senhora Wadleigh, por favor, não me diga que a senhora fez isso."

Ele a encarou apavorado.

"Se eu dissesse que os alienígenas fizeram isso, você acreditaria em mim?" Ela perguntou com a voz falhando.

"Acha que o sr. Ferguson acreditaria nisso?"

Ele retrucou quase chorando.

Savannah estava exasperada a ponto de chorar. Ela estava condenada.

Ano que vem, esta data provavelmente vai ser o aniversário de sua morte. Savannah Wadleigh, falecida aos vinte anos de idade nas mãos de seu próprio tio.

Ela ficou do lado de fora da sala de conferências, suando gelado. Quando a reunião finalmente acabou e todo mundo foi embora, ela correu até outro lugar para fazer chá e entregar para ele.

Emmanuel estava voltando para seu escritório quando a viu entrando na sala de conferências, sorrindo um dos sorrisos mais desesperados que ele já viu.

"Tio Emmanuel, tenho certeza de que você deve estar com sede depois da reunião. Por favor, tome um pouco de chá!"

Emmanuel ficou feliz em ver que ela era tão atenciosa com ele.

Era bom ter uma esposa tão gentil quanto ela. Que se importa tanto com ele!

Ele tomou um gole de chá e o sorriso em seu rosto sumiu.

"Onde... De onde você pegou isso?"

"Estava na estante meio antiga do lado da sua estante de livros. A caixa era tão linda e as folhas tinham um cheiro tão bom, parecia o ideal para você."

"Esse é o chá preto Angel Leaf que eu comprei em um leilão em Rivle no início do ano."

Ela estava sem palavras.

Se assustando com o silêncio tão súbito dele! Opa!

Savannah estava segurando a bandeja de chá e suas mãos começaram a tremer incontrolavelmente.

Qual era o problema dela? Ela estava tentando o agradar mas tudo deu errado de novo.

Ela piscou os olhos brilhantes inocentemente e disse correndo, "Emmanuel... Acabei de me lembrar que esqueci o gás aceso lá em casa, tenho que voltar correndo!"

Ela não queria estar lá para ele presenciar seus crimes. Jamais iriam compensá-lo por isso. Então era melhor correr!

Ela saiu rapidamente. Emmanuel olhou para o chá que foi preparado às pressas e cerrou os maxilares.

Como foi que ela desperdiçou um chá tão perfeito desse jeito?

Enquanto isso, Francisco chegou ofegante e disse, "S-senhor... É melhor ver o escritório!"

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