Pequena Flor romance Capítulo 42

Savannah não se importava com as mentiras de Natasha. Ela estava preocupada com a reação de Emmanuel, com medo dele acreditar e a odiar.

Ela olhou para ele e percebeu que seus olhos estavam fixos nela, o clima pesada e silencioso.

Ela não conseguia ler as emoções escondidas em seus olhos. Tão escuros e questionadores que quase pararam seu coração.

Natasha notou que Emmanuel estava quieto. Ela achou que ele estava chocado e julgando Savannah por isso, então não pôde deixar de acrescentar com orgulho, "Sr. Ferguson, eu só queria ensinar uma lição a ela. Seria horrível se ela continuasse agindo desse jeito. Temo que ela só vai trazer mais vergonha ao nome dos Ferguson!"

"Emmanuel, eu não..." Savannah não pôde deixar de se defender, com a voz falhando.

"Claro que eu sei que não, garota. Está sentindo dor? Vou chamar o Kay para cuidar disso." Ele de repente disse.

"Você... Você confia em mim?"

"Claro. Esperava mesmo que eu fosse acreditar nela?"

Enquanto falava, ele olhou para Natasha. Seus olhos estavam frios e cheios de raiva.

Natasha estava tão assustada que estremeceu incontrolavelmente. Engolindo a seco, como ele pôde não ter acreditado?

"Eu... Eu estou falando a verdade. Se você não acredita em mim, pode perguntar aos meus pais..."

Natasha queria argumentar com ele, mas perdeu a confiança com o olhar dele, com sua voz ficando mais trêmula a cada frase.

Emmanuel se aproximou dela e beliscou seu queixo. Ele a forçou a levantar a cabeça e encontrar seus olhos em agonia.

"Sr. Ferguson..."

"Não te disse para morrer em outro lugar? Natasha Wadleigh, acha que não sei quem você é? Sei exatamente o que aconteceu no dia do seu suposto casamento. Não ligo para o que a Savannah já fez ou não. Só me importo que ela é uma Ferguson agora, mesmo que seja irmã dela, não tem o direito de tocar nela desse jeito."

"Você que deveria pagar por ter machucado ela!"

Emmanuel terminou com toda sua fúria, sua voz parecendo a de um demônio amaldiçoando sua vítima.

Natasha balançou a cabeça repetidamente. Ela tentou se libertar, mas Emmanuel era muito forte.

"Francisco."

Ele ligou para seu secretário.

"Eu não vou bater em uma mulher. Vá e encontre alguém para lidar com ela. A propósito, quantas vezes ela te deu um tapa?" Emmanuel perguntou.

"Eu... Eu não me lembro." Savannah ficou perplexa quando o ouviu.

"Nem disso consegue se lembrar?" Ele suspirou, que garota tola! "Ela te batia com muita frequência?"

"Bastante quando eu era criança. Mas eu raramente voltava para casa quando estudava em um colégio interno, então não foi muito tempo."

"Ok, então bata nela por três dias consecutivos. Vamos ver quanto tempo leva para ela se arrepender. Além disso, não se esqueça de cortar o rosto dela também, do mesmo jeito, para ela sentir o mesmo gostinho!"

"Senhor, e se a família Wadleigh perguntar sobre isso?" Francisco perguntou.

"Ela mexeu com alguém que não deveria. Como ela nos desrespeitou, é lógico que merecia ser disciplinada. Se querem uma explicação, podem vir falar comigo pessoalmente. Até porque eu quero uma explicação sobre porque trocaram de esposa!"

"Sim, senhor."

Francisco assentiu e foi levar Natasha embora.

Natasha estava morrendo de medo. Ela estava de joelhos e se arrastou para agarrar a perna de Emmanuel com força sob milhares de protestos desesperados.

"Não... Não... Você não pode fazer isso comigo. Eu não quis me casar com o Joshua porque eu te amo. Por favor, eu sou melhor que a Savannah, posso te dar mais do que ela pode! Por que não fica comigo? Eu imploro!" Natasha começou a gritar.

"Você não sabe? Eu não gosto de mulheres. Não estou tendo um caso com Savannah e não quero ter nada a ver contigo, você me enoja. Tire suas mãos de mim, não quero saber mais de você."

Ele sacudiu as mãos dela impiedosamente e limpou as roupas como se ela fosse suja.

Francisco aproveitou para levá-la rapidamente antes que a situação piorasse.

Depois que Francisco saiu com Natasha, o apartamento ficou em silêncio por alguns segundos.

Emmanuel olhou para as bochechas vermelhas e inchadas de Savannah. Seu rosto ficou frio.

Havia também um corte exposto na bochecha dela. Por mais que não fosse nada sério, ainda era doloroso de ver, pois ainda sangrava.

"Sua idiota, por que não revidou? Só tomou em silêncio como um saco de pancadas?"

Ele deu um passo à frente. Por mais que esteja lhe dando um sermão, seu coração doía por ela.

Emmanuel imediatamente ligou para Kay no celular. Limpando o sangue da bochecha dela antes do médico chegar.

Perguntou novamente, "Garota, por que você não revidou?"

"Como eu poderia?" Savannah retrucou, "Emmanuel, eu fui mandada para eles quando tinha três anos. Minha mãe morreu em um acidente e eu não tenho pai, então a minha tia era minha única família. Ela me odeia, seu marido e sua filha também. E a Natasha me explora sempre que me vê, não me deixava comer bem, rasgava meus livros, pegava minhas roupas favoritas."

"Até os criados me odiavam e eram maus comigo. Tentei revidar no início, mas a Natasha acabava comigo. Quando eu a empurrei, minha tia me pôs em uma sala escura e me deixou passando fome o dia inteiro! Eles são uma família, mas eu não faço parte dela, como eu posso revidar?"

Lágrimas brotaram em seus olhos vermelhos. No entanto, ela estava determinada a não chorar.

Ao ouvir isso, o coração de Emmanuel doeu.

Por mais que Francisco já tenha lhe informado do quão difícil era a família dela, não imaginava que era tão ruim assim.

A última vez que a viu, seu corpo estava machucado. Agora, as feridas eram piores ainda, e no rosto desta vez.

"Emmanuel, não quero mais voltar para aquela casa... Não pertenço à família. Eles podem ser meus guardiões pela lei, mas nunca me senti parte deles. Me casei com o Joshua, então sou uma Ferguson agora. Estou cansada deles me controlando desse jeito."

"Emmanuel, eu odeio os Wadleigh, todos eles... Odeio tanto."

Lágrimas escorriam incontrolavelmente de suas bochechas.

"Por que eles fazem isso comigo? Nós somos família. Tenho medo de acabar encontrando com a minha mãe algum dia, que ela veja o quanto lutou para me salvar só para isso, mas eu... Eu tenho muito medo do que vão fazer comigo."

Emmanuel segurou Savannah firmemente em seus braços. Ele acariciou seu cabelo suavemente e prometeu a ela.

"Não vou deixar nada acontecer contigo. Se não quer voltar, então não vai, ok? Já que você se casou com um de nós, você é uma Ferguson. E eu vou te proteger, não importa de quem seja. Eu sou ser sua família depois disso."

"Obrigada, tio Emmanuel!"

Ela não tinha certeza se ele estava apenas a confortando ou falando sério, mas foi grata pelo que ele lhe disse, precisava ouvir isso.

Era melhor do que ficar sozinha. Ter uma família que lhe apoiava e estava do seu lado, mesmo que seja só uma pessoa.

Pouco depois, Kay chegou e cuidou dos ferimentos bem apressadamente. Antes, ela estava toda machucada, mas agora, só estava com marcas roxas na pele, o corte na bochecha e muita dor.

"Oh meu Deus, isso é horrível! Quem fez isso contigo realmente queria acabar com a sua aparência."

Kay exclamou em choque quando viu onde ela foi acertada.

"Vou te dar um remédio especial, juro que não vai deixar cicatrizes e, assim que as feridas sararem, sua pele vai ficar melhor ainda. Normalmente, eu não dou ele para os outros, mas como é para você, fique a vontade!"

Kay foi generoso com ela, afinal, era esposa de sua amigo e chefe.

"Vou embora agora. Mas não se preocupe, o chefe está aqui por você. Me ligue se o remédio acabar ou qualquer coisa acontecer." Kay disse com um sorriso.

Ele sabia ler nas entrelinhas. Aconteceu alguma coisa ruim entre Emmanuel e Savannah, por isso, correu do apartamento o mais cedo possível, isto era entre eles e seja lá o que a feriu daquele jeito.

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