Pequena Flor romance Capítulo 43

Depois que Kay saiu, Savannah segurou a pomada com força e disse com pesar, "Emmanuel... Eu posso cuidar de mim mesma, volte para o trabalho. Desculpe pelo incômodo, que você veio para cá só para devolver a minha bolsa."

"Você está me pedindo para voltar ao trabalho?" Emmanuel franziu a testa.

"Claro. Por que... Por que não?"

"Você é mesmo uma menina? Não devia estar chorando pedindo para eu ficar? Ou te ajudar com os Wadleigh? Toda menina de família grande que eu conheço é mimada, então por que você não age igual a elas?"

“…”

Ela estava sem palavras.

Por que ela não fazia seu papel? Era uma pergunta complicada.

Na verdade, ela poderia agir como uma garota mimada comum. Porém, depois de tanto tempo com ninguém ouvindo suas reclamações ou lhe apoiando, ela foi ficando independente e resistente a tudo que acontecia em sua frente conforme o tempo passa. Ela se confortava e cuidava das suas próprias feridas. Afinal, sabia que iria passar por todas as turbulências sozinha eventualmente.

Por pior que fosse, tudo melhoraria com o tempo, não é mesmo?

Ela acreditava que um dia sairia da tempestade que é sua família.

"Eu não me importo com o que aconteceu naquela época, mas de agora em diante, você é uma Ferguson. Quem ousar mexer contigo, está mexendo conosco também. Até mesmo se machucassem um cachorro da nossa família, eu não deixaria passar batido." Emmanuel a lembrou.

"Emmanuel, você está me comparando a um cachorro?"

Savannah interpretou a declaração de Emmanuel de um jeito diferente, foi um jeito estranho de falar.

Emmanuel ficou confuso com o que ela disse.

Ele queria abrir a cabeça dela para ver o que havia dentro de seu cérebro! De onde ela tira esses pensamentos?

"Até um cachorro saberia como revidar. O que você sabe?"

"Ah? Então eu sou inferior a um cachorro?"

Savannah veio com sua própria interpretação instantaneamente e começou a chorar de novo. A raiva no rosto de Emmanuel sumiu, ele a segurou em seus braços e acariciou seu cabelo macio. A confortando gentilmente, "A culpa é minha, não devia ter dito isso."

"Eu sei que você é gentil, mas tem que usar sua bondade com mais sabedoria. Você não tinha poder quando era mais nova, mas é uma adulta agora. Sua herança está temporariamente com os Wadleigh, mas você é maior de idade agora, devia pegar o que é seu por direito."

"Como seria possível pegar? Os Wadleigh devoraram a riqueza dos Brooks há muito tempo. Se eu quisesse o dinheiro de volta, eles com certeza vão revidar. Me atacar, chamar de egoísta e ingrata por terem cuidado de mim por tantos anos."

"Vai acabar como uma caça sem fim e até mesmo meu nome vai ser arruinado. Além disso, se eu não vencer, vão me atacar mais ainda." Ela disse.

"Então você prefere estar como está com os Wadleigh? Você já devia ter contado ao mundo inteiro os hipócritas que eles são desde o primeiro ataque contra você. Eles levaram sua herança, abusaram de você, você nunca fez nada contra eles, então eles continuam e sempre vão continuar."

"Mas não importa. Estou aqui para você", concluiu Emmanuel.

A última observação de Emmanuel permaneceu nos ouvidos de Savannah.

Cada palavra dele abalava sua alma. Ela estava perplexa, como se tivesse caído um balde de água fria em sua cabeça.

Ele não era seu marido, mas cuidou dela e a protegeu muito mais que o seu marido real.

Seria bom se... Ela se casasse com ele. Mesmo que ele não gostasse de mulheres, ainda assim seria bom se eles pudessem se apoiar e cuidar um do outro.

A ideia passou pela sua cabeça, mas ela desistiu na mesma hora.

Não havia nada que ela pudesse fazer para mudar a situação atual, por isso, era melhor parar de pensar nisso.

"Eu... Eu realmente posso parar de voltar para os Wadleigh?" Savannah perguntou cuidadosamente.

"Claro, eles vão chorar quando implorarem para você voltar," ele garantiu.

"Então... Natasha não vai correr perigo, vai?"

"Não se preocupe. Só vou dar um sustinho nela. Ela te maltratou por tanto tempo, então não posso deixar isso impune. Mas está tudo bem, não tenho pressa."

Ela se sentiu à vontade ao ouvir isso, era tão bom ter alguém a protegendo, pela primeira vez em sua vida.

Emmanuel insistiu em ficar para cuidar dela. Porém, ela estava meio envergonhada disso, não queria atrapalhar o trabalho dele.