Pequena Flor romance Capítulo 45

"Sr. Ferguson, você está livre para perguntar aos nossos criados sobre isso. Diga, quem foi que abusou de Savannah? O que nós fizemos? Podemos dar nosso depoimento, mas o senhor puniu a Natasha mesmo assim. Não tem medo de nós divulgarmos para o público o que os Ferguson acabaram de fazer com ela?" Madison disse.

Patrick deu a Madison um olhar de aprovação quando a ouviu, se escondendo atrás dela.

Desde aquele momento, Savannah nunca compreendeu porque Natasha era uma atriz tão boa. Vendo sua mãe, ficou claro para ela de quem Natasha puxou isso.

Por que ela nunca percebeu que sua tia era tão boa com as palavras antes?

Seu coração começou a acelerar. Ela não sabia como lidar com a situação, porque ela contornava todas as situações que Emmanuel jogava para ela.

Ela olhou para Emmanuel. Ele estava calmo e indiferente, não fazia ideia do que ele faria agora.

Ninguém estava cedendo nada.

"Francisco," Emmanuel chamou.

De repente, o assistente surgiu no corredor, assustando Patrick e Madison quando entrou.

"Quando... Quando foi que você entrou? Você... Você está invadindo minha casa!" Madison exclamou.

"Sra. Wadleigh, a senhora me convidou para entrar em casa quando deixei a sra. Wadleigh aqui. Só fiquei para trás, como isso seria invasão se abriram o portão para mim?"

Francisco explicou sorrindo. Ele não estava sozinho, levando uma mulher de meia-idade com ele.

Savannah sabia quem era a mulher de meia-idade. A mulher estava encarregada da cozinha e a maltratava frequentemente.

Ela sempre roubava comida dos patrões e culpava Savannah. Um dia, Savannah a viu cuspindo na sopa de Madison, mas nunca viu nada.

"Senhor, esta mulher forneceu muitas informações. Ela me contou como a família Wadleigh maltratou a sra. Savannah Wadleigh e como os criados conspiraram junto. Testemunhou tudo e temos evidências gravadas. E pode apostar que são provas suficientes."

"Você... Você bateu nela e a forçou a falar! Isso é inútil e uma total manipulação!" Madison gritou.

"Nem precisei bater nela. Ela gosta de beber, depois de um bom vinho juntos, soube de tudo! Até mesmo me disse que a senhora mandou todos os criados manter sigilo. A propósito, ela disse que a senhora Natasha Wadleigh é uma hipócrita. Sempre deixava de ser elegante e gentil quando estava sozinha, para uma mulher rude e maldosa. Creio que a imprensa vai pagar uma fortuna para saber desta informação privilegiada."

"Você... Como ousa?"

Natasha exclamou exasperada. Se metendo na conversa de novo.

Se todos soubessem, a reputação que ela manteve por tantos anos seria destruída.

Ela era a top model de Mayjadell, uma mulher exemplar para todas da cidade!

"Por que ousar? Só disse a verdade e fatos." Francisco deu de ombros com os olhos fechados. Não levando as ameaças a sério.

"Papai, mamãe, me ajudem!"

Natasha encarou seus pais se sentindo desamparada.

Patrick e Madison também não conseguiam se decidir no que fazer, a situação estava piorando para eles.

Assim que isso se tornasse público, a reputação da família Wadleigh seria arruinada, independente se iriam conseguir levar os Ferguson junto deles ou não.

"Além disso, também calculei o patrimônio da família Brooks. Deve ser mais ou menos oitenta milhões de dólares. Inclusive, os Wadleigh fizeram a mansão dos Brooks passar por algumas renovações, mas ainda está no nome dos Brooks. Portanto, esta propriedade em que estamos pertence a senhora Savannah Wadleigh também." Francisco continuou.

"Vocês roubaram tudo dela e até abusaram de uma órfã. Que família horrível! Imagino como seria se tudo isso for a público, o que eles vão pensar? Será que vão mesmo vilanizar a Savannah por ser ingrata, ou achar que vocês foram longe demais com ela?" Emmanuel perguntou com um sorriso.

"Além disso, você acha que sua filha é digna das coisas que comprei exclusivamente para a Savannah? Devolva tudo para ela. E se eu sentir falta de algo, vou procurar de novo por aqui."

Emmanuel olhou friamente para o trio da família Wadleigh. Sua voz era fria e sem emoção, mas ninguém duvidava da ira em seus olhos.

Patrick e sua esposa ficaram embasbacados. Milhares de evidências que poderiam lhes condenar, o que mais poderiam fazer?

Felizmente para eles, Madison era esperta. Ela imediatamente se virou para Savannah e disse com a voz rouca.

"Savannah, sou sua tia. Cuidei de você por tantos anos. Você realmente vai fazer isso com a nossa família? Só tinha três anos quando te acolhemos na nossa casa, para onde mais você iria?"

Ele não queria ajudá-la em tudo. Às vezes, ela precisava tomar suas próprias decisões e voar com suas próprias asas.

Mas aquela menina era muito mole e hesitante em tudo que fazia.

Ela deveria cortar seu relacionamento com uma família tão horrível o mais rápido possível.

Os Wadleigh a parasitaram por muito tempo. Ele jamais deixaria que continuassem.

Porém, Emmanuel também conhece o caráter dela, sabendo que ela seria de coração mole e piedosa como sempre.

Ele não queria que ela decidisse imediatamente. O crescimento deve ser um processo lento, um jeito dela aprender a se cuidar contra pessoas ruins.

"Tudo bem, estou disposta a acreditar em vocês mais uma última vez. Contanto que você não me maltrate de novo, vou deixar o passado para trás por enquanto." Savannah finalmente se decidiu.

Madison estava certa. Savannah não tinha mais outra família. Os Wadleigh eram sua única ligação de sangue no mundo.

A tia começou a chorar quando ouviu isso, agradecendo repetidamente a Savannah pela generosidade dela.

Finalmente, a farsa acabou. Assim, os dois foram embora daquela mansão.

No caminho de volta, Emmanuel permaneceu em silêncio ao lado dela. Savannah ficou nervosa com o julgamento silencioso dele..

"Emmanuel, eu... Fiz algo errado?" Savannah perguntou depois de um tempo no carro.

"Na verdade, não. Já sabia que seria esse o resultado antes mesmo de chegar aqui." Ele disse com indiferença.

Ela perguntou, meio confusa, "Então, acha que eu fiz a coisa certa?"

"Você acha que os Wadleigh vão mesmo mudar depois disso?"

"Eu não faço ideia." Ela balançou a cabeça fracamente e seus olhos escureceram. Esperando que essa ação não tivesse consequências ruins para ela.