"Como Savannah já é casada com um Ferguson, ela não tem mais nada a ver com os Wadleigh. Já é parte da minha família e aqui nós nos protegemos. Então eu mesmo vou resolver isso. Natasha não se comportou, então eu, como o mais velho, resolvi discipliná-la. Creio que não há problemas nisso, certo?" Perguntou Emmanuel.
"Mas... mas..." Patrick gaguejou.
"Ela não vai morrer, mas se você continuar desperdiçando meu tempo assim, talvez as coisas fiquem piores para ela."
Emmanuel ergueu o olhar e a raiva em seus olhos era óbvia.
Imediatamente, o ar no escritório ficou pesado, como se tivesse esfriado muito repentinamente.
Patrick estava sem palavras.
"Eu... entendo, então... Vou embora agora."
Como Patrick não podia resgatar sua filha, não fazia sentido ele ficar, como ele disse, só iria piorar a situação.
Ele estava prestes a se virar e sair quando Emmanuel o deteve.
"Meu sobrinho não se importa com Savannah, mas ele não é o único dentro da família. Se tocar um dedo nela, não vou hesitar em punir seja lá quem for. Prepare tudo que os Wadleigh devem a ela, vou até sua casa cobrar tudo depois de alguns dias." Ele mandou.
"O que... Do que está falando? Mas o que é que os Wadleigh devem a ela?" Ele franziu as sobrancelhas e cerrou os punhos.
"Sua herança. Não pense que podem se safar depois de se apropriar dela."
"Eu cuidei dela por tantos anos, então não mereço algo por isso? Mesmo se isto for exposto para o mundo inteiro, não estamos errados!"
"Mesmo?" Emmanuel fechou a pasta e a pôs na mesa de café na frente, se levantando e indo até Patrick, o encarando bem nos olhos.
"Você cuidou mesmo dela? Como deveria? Ela foi abusada física e verbalmente, passou fome, trabalhou como escrava. Sim, ela só era filha de vocês nominalmente, mas o fato é que vocês a tratavam pior que um criado. Quer que eu lhe dê provas? Saiba que eu posso coletar todas as provas de seus criados e até cicatrizes no rosto dela que comprovam o que eu digo."
"Ninguém cuidou dela naquela época, mas eu vou cuidar dela agora! Então volte para casa, calcule tudo que vocês tomaram dela. Saiba que eu vou atrás de cada centavo." Ele disse.
"Você... Você passou dos limites. Este é um problema entre os Wadleigh..."
Assim que Patrick terminou, Emmanuel deu uma encarada nele. O olhar gélido dele era tão poderoso que fazia Patrick tremer de frio, como se estivesse sendo cortado por ele.
Patrick cerrou os dentes e não ousou falar mais que isso, só saiu se sentindo derrotado.
Savannah ouviu toda a conversa.
De repente, ela sentiu algo quente nas costas da mão. Foi então que ela percebeu que começou a chorar.
Lágrimas escorriam incessantemente por seu rosto. Seu coração estava feliz pela primeira vez na vida, ele realmente queria protegê-la!
Ela ouviu passos se aproximando. Enxugando as lágrimas e voltando para o sofá, fingindo estar dormindo.
Emmanuel acabou de lidar com Patrick e de repente sentiu falta de Savannah. Por isso, deixou o trabalho de lado e foi vê-la.
Ela não conseguia nem dormir direito, balançando os pés e chutando o cobertor para fora.
Emmanuel, assim que chegou, pôs o cobertor nela e notou que seu rosto estava molhado. Haviam lágrimas em seus cílios.
Ele estendeu a mão para enxugar as lágrimas dela com seus dedos quentes. Sussurrando, "Chora até mesmo sonhando. Será que está tendo um pesadelo?"
Ela ouviu sua voz gentil e quase começou a chorar novamente.
Felizmente, ele ficou com ela um pouco antes de ir embora. Assim que ela abriu os olhos, voltou a chorar mais ainda.
Savannah sabia que não era nada demais para Emmanuel lidar com aquela família. Porém, era um favor que ela jamais poderia compensar a ele.
Ela mergulhou em um doce sonho. Sonhando com sua mãe mais jovem, Yasmine parecia tão bela e feliz, como se ainda tivesse vinte e cinco anos. Naquela realidade, não esteve no acidente de carro que tomou sua vida.
Savannah sorriu e disse à mãe que encontrou alguém em quem confiar. Não importa quanto tempo durasse, a ternura dele era suficiente para protegê-la pelo resto da vida.
Savannah passou uma semana inteira cuidando das feridas em seu rosto. Demorou pouco tempo para seu rosto inchado voltar ao normal. Entretanto, a cicatriz permaneceu lá, parecendo um tanto estranha.
Porém, o remédio do dr. Addy funcionou muito bem. Dava para ver a cicatriz sumindo gradualmente. Por mais que não tenha desaparecido totalmente, já estava quase se curando.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Pequena Flor
E uma pena não Estar bem escrito. O género está todo trocado!!!!...
Livro bom Pena que não tem atualização dele 🥲...
Porfavor atualiza esse livro ele é bom demais para não ter mas atualização...