Pequena Flor romance Capítulo 56

"Tia Andrews vai ficar aqui para cuidar de você. Se estiver com fome, fale com ela, ok? A comida dela é ótima. Você está machucada e passando mal, então não fique de bobeira e se cuide, está bem?" Emmanuel a lembrou.

"Eu sei, eu sei."

Savannah assentiu obedientemente e se afastou dele.

Emmanuel estava prestes a sair, mas ela o puxou.

"Espere um pouco, sua mão está machucada!"

Ele notou que havia as costas de suas mãos estavam com hematomas. Claramente pelo espancamento mais cedo, nada muito sério, mas ele não cuidou delas.

Nem prestou atenção nisso. Por isso, ficou surpreso de perceber que Savannah notou, ela realmente ainda se preocupa com ele afinal.

"Não se mova, vou passar a pomada aí também."

Ela aplicou a pomada em suas feridas com cuidado.

Esteve tão focada nos ferimentos que nem notou que o cabelo estava tampando seu rosto.

Ele estava olhando para o lado de seu rosto. Os contornos dela eram tão suaves, o brilho do pôr do sol iluminou seu rosto e a fez parecer linda.

"Dói? Me diga se estiver doendo."

Ela perguntou enquanto aplicava o remédio.

"Não, está ótimo."

Ele respondeu com certeza.

Savannah revirou os olhos. Ela aplicou pressão no ferimento dele com o polegar deliberadamente. Perguntando enquanto aproveitava, "Que tal agora? Não dói?"

"Não."

Savannah notou isso e avançou para morder seu braço impiedosamente.

Ela sabia quanta força exercia sobre ele, mas ele só franziu a testa e permaneceu quieto.

Savannah parou de fazer pressão eventualmente, ela ficou em conflito.

"Eu achei que você tinha me dito para não esconder nada? Que ninguém vai gostar de você se sofrer calado."

"Os homens são diferentes. Os homens não precisam de simpatia. Não importa o quão horríveis sejam as feridas, eles não podem se dar ao luxo de contar aos outros."

"Por quê?"

"Se eu contasse para os outros ao meu redor o que eu sinto, só lhes deixariam desnecessariamente preocupados. Se meus inimigos soubessem, ficariam em festa. Não importa o quão doloroso seja, não deixo transparecer. Porém, você é diferente, se reclamar que dói, eu vou cuidar e te proteger. E eu sei que eu devia ser menos duro contigo."

"Além disso, isso não é nada." Ele deu um tapinha na cabeça dela, tirando sarro da inocência dela.

No passado...

Ele sofreu muitos ferimentos graves e quase morreu em algumas ocasiões. No entanto, ele se recuperou no final.

Comparado a isso, qualquer dor seria leve.

"Pare de bater na minha cabeça, você acha que eu não sou inteligente. Vou ficar mais burra ainda com as pancadas!"

"Fico feliz que você saiba disso."

"A propósito, Emmanuel, como você sabia que eu fui sequestrada?"

Ele chegou a tempo, se não tivesse, nem ousaria imaginar o que teria acontecido.

"Você disse ao Francisco que está doente e não poderia almoçar comigo, então fui ver como está. Se morresse de come, eu não teria chances de pegar meus lucros pelo que você me fez gastar."

"Falando nisso, você me lembrou que você mentiu para mim sobre estar doente. Era porque não queria comer comigo?" Emmanuel perguntou.

Savannah ficou envergonhada por suas intenções terem sido expostas.

Ela não teria perguntado se soubesse que ele iria importuná-la.

A menina mordeu os lábios e se explicou, "Bom, é que... Emmanuel, não é tão bom que a gente seja tão próximo. Joshua disse que não liga para mim, mas se eu traísse ele, com certeza ele iria me esfolar."

"Vocês tiveram algum mal-entendido juntos? Eu conheço o Joshua e sei que ele não é desse jeito."

Na outra noite, Emmanuel expressou que ela não precisava se importar com o Joshua. Ela era livre para sair com quem quisesse.

Era óbvio que Emmanuel estava dando uma chance a ela, mas por que ela interpretou de forma diferente?

"Joshua perguntou se eu era próxima de você. Disse que iria se divorciar mas não tinha certeza de quando. Por mais que ele tenha sim permitido que eu ficasse com outros, acho que ele estava me testando e vai me matar se eu fizer isso."

"Quem em sã consciência deixaria sua esposa trair? Só pode ser um teste. Mas eu não sou ninguém, se ele descobrir, eu estou acabada." Savannah disse.

Emmanuel estava sem palavras.

Seus olhos se tornaram sombrios quando ele a ouviu.

Ele falou tão claramente, qualquer pessoa normal obviamente iria entender.

Porém, ele não esperava que Savannah lesse entre as linhas e entendesse tudo errado.

Ele realmente queria abrir a cabeça dela para ver se ela tinha um cérebro.

"Emmanuel, qual é o problema? Por que está tão pálido?"

Ela estava nervosa e ele a encarou como se quisesse esfolá-la viva.

Ela disse algo errado?

"Eu ainda tenho que resolver algo, então vou indo embora." Tinha medo de querer estrangulá-la se continuasse ali, não podendo falar nada sobre isso.

Ela assentiu desesperadamente. Ele deixou o quarto dela com indiferença, como se fosse sua própria casa.

Tia Andrews era uma aeromoça da mansão Gem. Ela sempre esteve sob as ordens ou de Joshua ou do velho mestre Ferguson. E se ela visse Emmanuel?

Assim que Emmanuel saiu, Savannah saiu de seu quarto. Tia Andrews estava preparando uma sopa para ela na cozinha. Ela podia sentir o cheiro de seu quarto.

Mais cedo, Emmanuel estava em seu quarto por muito tempo. Será que a tia Andrews iria suspeitar de algo?

"Uhh... Tia Andrews, Emmanuel acabou de entrar no meu quarto para passar pomada na minha ferida, não aconteceu nada, ok?"

"Não se preocupe, senhora. Meus lábios estão trancados, só vim fazer o que eu preciso. Não vi ou ouvi nada que não seja a comida, então não se preocupe."

Tia Andrews a tranquilizou com um sorriso, pois sabia o que Savannah temia.

"Uh, não precisa me chamar de senhora. Joshua e eu vamos nos divorciar, talvez não seja bom você continuar me chamando assim. Pode me chamar de Savannah ou de Savvy."

"Não, eu não posso quebrar as regras."

"Ok... A propósito, Joshua falou algo sobre mim para você? Tipo... Algo sobre eu nunca flertar ou dar ideia para qualquer outro homem? Que eu não me comporto ou algo do tipo?"

"Não senhora, o jovem mestre tem a mente muito aberta. Ele não vai interferir em sua vida social, senhora."

"Enquanto o velho mestre Ferguson e os pais do Joshua? Alguma notícia?"

"Não, senhora."

Savannah não tinha certeza se deveria ficar feliz ou triste com a resposta de tia Andrews.

Seu casamento não tinha sentido. Exceto por Emmanuel, ninguém mais se importava com ela.

Normalmente, os sogros estariam ativamente envolvidos em um casamento. Porém, ela nunca ouviu falar dos pais de Joshua.

E só ouvia o velho mestre Ferguson via telefone, nem o conheceu pessoalmente ainda.

Felizmente, Emmanuel estava por perto. Caso contrário, ela não sabia como iria sobreviver naquela família.

"Senhora, não se preocupe. O sr. Ferguson não é um estranho. Todo mundo entenderia que ele está aqui para cuidar da senhora, além disso, não sou cega, sei que é impossível para a senhora e o jovem mestre estarem juntos. Por isso é compreensível que queira estar com o sr. Ferguson depois do divórcio."

"Além disso, nunca vi o sr. Ferguson ser tão gentil com uma mulher antes. Se me permite, a senhora tem muita sorte. Toda a família ficaria radiante se vocês dois ficassem juntos!" Tia Andrews deixou escapar.

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