Pequena Flor romance Capítulo 58

Não havia nada para Savannah reservado com os Wadleigh. Ela já conhecia quem eles realmente são, já bastava.

Ela segurou os papéis de emancipação com as mãos trêmulas. Ela sentiu que estava com o coração pesado e nem conseguia respirar.

Segurando suas lágrimas, por mais que pareça frágil, manteve de cabeça erguida.

Era uma grande multidão com os Wadleigh. Porém, ela não teve medo, olhou para os olhos furiosos de Natasha com toda sua calma.

"Estou indo. Da próxima vez, não serei mais a filha adotiva da família Wadleigh. Não sou mais a garota que você abusava, permita-me apresentar, sou a sra. Savannah Ferguson, esposa de Joshua Ferguson. Mesmo que mude de sobrenome, você será esposa de um insignificante filho dos Brooks. Nunca me ataque de novo, se não, não vou hesitar ou ter pena de você."

"Quem você pensa que é? Joshua não se importa contigo, acha que eu não sei disso?" Natasha debochou dela.

"Sim, isto é verdade. Mas você também sabe que o Emmanuel se importa, de fato, foi ele que me salvou ontem. E ele já sabe que a culpa daquilo foi sua, recomendo que se case logo e durma de olhos abertos a partir de agora, e procure um ótimo abrigo."

"Ele..."

Natasha ficou tão furiosa que seu rosto ficou vermelho. Entretanto, não sabia o que dizer nem o que fazer com ela, então só podia encarar Savannah com ódio.

Savannah olhou para todos com serenidade. Ela não tinha mais nada a ver com a família Wadleigh, finalmente.

Ela se virou para sair sem hesitar. Com passos determinados e sem olhar para trás.

Os joelhos de Savannah cederam quando ela alcançou o portão de ferro. Felizmente, Francisco a segurou a tempo antes dela cair.

Normalmente, as pessoas usavam roupas confortáveis e soltas durante o verão. Quando ele a segurou, percebeu que suas roupas estavam encharcadas de suor.

Seu rosto também estava mais pálido que o comum, parece que ela passou a noite inteira planejando isso.

Embora ela tenha mencionado que cortou todos os laços com a família Wadleigh, ainda havia um pingo de esperança nela. De que os Wadleigh fossem se importar com ela.

Mas, se eles se importassem o mínimo com ela, ela não estaria tremendo em um dia quente de verão.

Ela viveu na família Wadleigh por vinte anos, mas que tipo de monstros eles eram?

"Senhora Wadleigh, você está bem?" Francisco perguntou preocupado.

"Eu... Estou sim, pode ir primeiro, Francisco. Tenho que cuidar de algumas coisas em particular." Ela murmurou.

Sua voz estava trêmula e parecia que ela estava lutando contra as lágrimas, deu seu melhor para não chorar, não na frente dele.

Ela lutou para se levantar e tropeçou para longe da mansão.

Francisco não quis incomodá-la, por isso a seguiu lentamente até que ela pegou um táxi para um cemitério distante.

Savannah subiu as escadas quando chegou. O céu noturno era sombrio e amedrontador, como se fosse haver uma tempestade logo logo.

Sua figura esbelta ficou no meio da ventania, sacudindo intensamente suas roupas.

Ela encontrou a lápide de sua mãe. Havia uma foto monocromática embutida nela, a mulher nela tinha vinte e seis anos, para sempre teria. Um sorriso tão lindo e puro de alegria no rosto.

Savannah tocou a foto com os dedos trêmulos. A lápide estava fria.

Ela nem sabia como era estar nos braços de sua mãe.

Só tinha três anos quando ela foi envolvida em um acidente, mal se lembrava da sensação.

Conforme ela crescia, percebeu que todo mundo tinha pais, mas não ela.

Não importa o quanto odiasse Madison pelo que fez, não podia negar que Madison era uma ótima mãe. Porém apenas com Natasha.

Nunca se importou com Savannah, nunca a via como uma filha.

Mais cedo, ela cortou todos os laços com os Wadleigh. De repente, Savannah se sentia tão vazia.

A cidade Mayjadell era tão próspera e fabulosa, mas ela nem tinha um lugar para chamar de lar lá.

"Mamãe..."

Ela murmurou e as lágrimas escorriam por suas bochechas.

Quando Emmanuel correu para o cemitério, chovia intensamente.

Ele segurou um guarda-chuva preto e subiu a colina apressadamente. Não demorou nada para ver uma pessoa pequena entre as lápides.

Savannah se enrolou em uma bola. Ela tremeu ficou sentada do lado da lápide de sua mãe, segurando firme naquele bloco de pedra.

No dia anterior, ela se molhou na água fria por muito tempo. À noite, ela ardia com uma febre baixa. Mesmo que a febre diminuísse, certamente aquele frio lhe faria mal.

Seu corpo inteiro estava fervendo e ela se sentiu meio tonta. Sentindo que tinha alguém chegando.

Ela reuniu todas as suas forças para abrir os olhos. Quando viu uma figura familiar, se sentiu mais relaxada.

"Emmanuel..."

"Você vai ficar doente de novo se continuar assim. Vamos para casa. Ainda tem que ficar de repouso."

"Não tenho casa. Fiz o possível para fazer os Wadleigh serem o meu lar, mas mesmo assim... Eu não tenho mais lar. Vou ficar aqui com a minha mãe, o meu lar é onde ela estiver."

"Minha casa é sua casa também, sua idiota."

Ele não se importava com o guarda-chuva, só o deixou de lado e a segurou com força, ia levá-la de lá.

A cabeça dela zumbia, fraca demais para protestar. Só sabia que estava se afastando de sua mãe.

"Mãe, não me deixe... Por favor, não me deixe sozinha. Eu estou com tanto medo, por favor, não me deixe sozinha..."

Por que ela foi a única sobrevivente daquele acidente?

Por que sua mãe se sacrificou para salvá-la? Depois de tantos anos de sofrimento, ela nunca ousou acabar com sua vida porque jamais iria querer decepcionar sua mãe. Mas a vida era sempre terrível.

Sua mãe deu a vida para salvá-la.

As chances de pessoas no banco de trás de carros se ferirem em acidentes são sempre altas. Porém, sua mãe se jogou na frente dela sem qualquer medo, lhe protegendo de todo o impacto e cacos de vidro.

Portanto, não importa o quão dolorosa fosse a vida, ela nunca acabaria com sua vida.

Outros poderiam pensar em cometer suicídio, mas ela não.

Mesmo que tivesse que passar pelo inferno, continuaria andando, pela sua mãe.

Mas, ainda assim, sua vida estava uma bagunça.

Ela não sabia se valia a pena continuar vivendo assim.

Savannah enterrou sua cabeça no ombro de Emmanuel, chorando tão alto quanto uma criança. Depois de muito segurar, a dor e o luto emergiram para fora dela, finalmente, ela não podia mais se conter e precisava liberar tudo que pesava seu coração.

O coração de Emmanuel doeu quando ele ouviu seus gritos de partir o coração.

"Savannah, eu vou te proteger. Vou te proteger pelo resto da sua vida."

Suas palavras foram resolutas. Era uma promessa.

Os dois voltaram para o carro, para a mansão dele.

Kay correu quando soube que era necessário. Desde que conheceu Savannah, praticamente virou médico dela ao invés de Emmanuel.

Ele trouxe uma enfermeira consigo. Dizendo, "Essa tem namorado, devemos mandar ela trocar as roupas da Savannah?"

"Não, ela pode ser bissexual." Retrucou Emmanuel.

Ele fechou a porta e ajudou Savannah a trocar de roupa.

Kay coçou o nariz e deu de ombros, impotente. Não havia nada que ele pudesse fazer.

Pouco depois, o médico foi checar sua paciente.

Ela estava ardendo em febre. Ainda balbuciava algo durante o sono, parecia estar com muita dor, julgando sua expressão.

Emmanuel estava esperando atrás da cama e segurou a mão dela com força.

"Normalmente, eu recomendaria alguns antitérmicos, mas ela não pode tomar eles sozinha, o que nós fazemos?"

Kay estava perdido com a situação dela.

"Onde está o remédio?"

Perguntou Emanuel.

O doutor abriu a palma da mão, mostrando alguns comprimidos brancos.

Emmanuel colocou os comprimidos na boca e tomou um gole de água. Se inclinando e pondo seus lábios nos da menina adormecida.

Kay olhou para aqueles dois e suspirou. Por tantos anos como médico, era a primeira vez que viu alguém tomar seus remédios desse jeito.

Quem disse que seu chefe não tinha sorte com as mulheres? Era óbvio que Emmanuel era mais do que capaz de conquistá-las.

Mais tarde, Kay saiu da sala sozinho, deixando os dois lá dentro.

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