Pequena Flor romance Capítulo 59

Savannah tossiu depois de engasgar com o remédio. Emmanuel deu um tapinha no peito dela gentilmente como se estivesse cuidando de uma criança doente. Ele parou quando ela conseguiu engolir.

Ele não a seguiu antes porque sabia que ela queria ter um momento sozinha. Se não quisesse, não teria perguntado logo ao Francisco para conferir a agenda de Natasha.

No entanto, se ele soubesse que ela ficaria tão infeliz, ele a teria seguido e a protegido.

Francisco mencionou que Savannah estava encharcada de suor quando saiu da despedida de solteira dos Wadleigh. O rosto tão pálido quanto de uma fantasma.

A garotinha deve ter decidido cortar seu relacionamento com a família Wadleigh.

Ela persistiu por vinte anos, desejando aconchego e amor familiar. Agora, depois de muito tempo, ela finalmente pôs um fim a tudo, pessoalmente.

Deve ter sido... Muito dolorido, certo?

Ao pensar nisso, seus olhos escureceram. Ele acariciou seu cabelo suavemente.

Savannah sentiu como se tivesse vivido um sonho duradouro.

Nele, sua mãe estava lá...

Yasmine estava bem ao seu lado, mas não importa o quanto corresse até ela, nunca podia tocar em sua mãe.

"Por favor, não vá embora! Não posso fazer isso sozinha. Por favor... Me leve contigo, mãe, por favor..." Savannah implorou com lágrimas nos olhos.

"Filha, você ainda tem que trilhar o seu caminho, meu tempo já acabou. Não corra para o fim, sempre vai ter alguém para você..." Yasmine a confortou com um sorriso melancólico.

"Não tem mais ninguém, mãe, eu estive sozinha esses anos todos. Mamãe..."

Por mais que Savannah gritasse, ela não conseguia impedir a mãe de ir embora.

De repente, ela abriu os olhos e ofegou. Suas lágrimas escorriam por suas bochechas e molhavam o travesseiro.

Quando ela notou o teto familiar, percebeu que era apenas um sonho.

Porém, mesmo que fosse só um sonho, o guardou em sua mente, como um tesouro precioso.

Ela queria enxugar as lágrimas, mas percebeu que alguém estava segurando seu braço.

Olhando com cuidado, para sua surpresa, viu Emmanuel ao seu lado.

Era no meio da tarde quando ela deixou a mansão dos Wadleigh, mas estava tão escuro lá fora.

Há quanto tempo ela dormiu?

Ela se lembrou que estava triste e miserável, então foi ao cemitério. E começou a cair um temporal lá enquanto escurecia.

Ela se encostou na lápide e adormeceu. Quando acordou de novo, já estava no quarto de Emmanuel.

Ele não a salvou do perigo, mas a levou de volta para casa quando ela estava em cacos.

Ficou aliviada ao ver que ele estava por lá.

Ela estendeu a mão para alisar as rugas entre as sobrancelhas dele. Porém, antes que pudesse tocar nele, ele abriu os olhos. Isto a assustou conforme ela afastava a mão.

Ela fechou os olhos e fingiu estar dormindo.

Emmanuel estava tirando um cochilo, acordou imediatamente ao sentir alguém se mexer, só para ver que era só impressão sua, ainda não acordou.

Seu coração doeu quando ele percebeu que ela estava suando. Ele encheu um balde de água morna e enxugou suas bochechas com uma toalha suavemente.

Depois de terminar, ele a cobriu de novo, tão gentil que Savannah quase se sentiu comovida.

Ele estava... Cuidando dela?

Algo quente estava circulando em seu coração.

Emmanuel estendeu sua grande mão para tocar sua testa. Verificando como está a febre dela.

Naquele momento, Kay bateu na porta e entrou. Trouxe uma xícara de chá para seu chefe, sugerindo, "Já está há tanto tempo cuidando dela, já passou da meia noite. Por que não vai dormir e deixa que eu assumo?"

"Não precisa disso. Não se preocupe, eu estou bem aqui, pode ir dormir." Emmanuel respondeu.

"Mesmo se você cuidar dela a noite inteira, sabe que ela não vai saber disso, não é? Se for homem suficiente, só fale para ela amanhã que esteve preocupado com ela e não dormiu, então ficou acordado a noite inteira cuidando dela... É óbvio que você está preocupado, não para de cuidar dela. Emmanuel, por que é tão difícil para você ser honesto e mostrar o que sente para ela?"

Emmanuel estava sem palavras com aquele sermão.

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