Permaneça, Querida romance Capítulo 37

"Só se passaram alguns minutos. Não está tão frio." Kelsey não pôde deixar de refutar.

Era uma pena que seu esforço tivesse sido em vão. Além disso, as matérias-primas eram caras e ela se sentia desconfortável.

"É você o chefe aqui?" Healy franziu a testa e olhou para ela. "Se não quer fazer isso, apenas saia."

Kelsey não teve escolha quando foi ameaçada pela posição do chefe.

"Entendi."

Então, apenas o obedeceu.

Pensando nisso, Kelsey preparou uma nova xícara de café. Inesperadamente, Healy disse que estava muito doce.

Kelsey conteve sua raiva.

"Que diabos é isso? Me traga outro!"

Depois de ir e voltar algumas vezes, Healy ainda não estava satisfeito com o café. Da última vez, Kelsey deu um gole e achou que estava gostoso...

Era óbvio que Healy a estava torturando de propósito.

Healy quis expulsá-la desde o começo, e ainda estava tentando dificultar as coisas para ela.

Pensando nisso, Kelsey ficou calma e preparou o café lentamente, deixando Healy esperando. De qualquer forma, ele não ficaria satisfeito com nada que ela fizesse.

Depois de um tempo, Carson voltou.

Quando viu uma fileira de xícaras de café ao lado da máquina, ele franziu a testa e perguntou: "O que aconteceu?"

Kelsey rapidamente se afastou e disse. "O chefe não ficou satisfeito com nenhuma das xícaras que preparei, então acho melhor você fazer."

Carson olhou para o café que ela estava fazendo. Por estar acostumado àquele trabalho, percebeu à primeira vista que não era diferente do que ele mesmo costumava fazer.

Porém, como o chefe não gostara, não tinha outro jeito. Depois de pensar sobre isso, Carson assumiu a posição na máquina.

"Parece que não sobraram grãos de café. Por favor, compre mais no mercado."

Kelsey assentiu e saiu. Enquanto ela caminhava, notou várias bolhas em seus dedos.

Decerto estava muito focada na temperatura da água para notar a dor.

Agora que não estava mais focada naquilo, começou a sentir um pouco de dor.

Kelsey colocou o dedo na boca, tentando aliviar a dor. Então, ela pegou um táxi e foi para a cafeteria que Carson havia mencionado.

......

Depois de fazer o café, Carson o levou ao escritório de Healy.

Quando Healy o viu, ele apenas ergueu os olhos. "Cadê aquela mulher?"

Naquele momento, Carson não tinha ideia do que o chefe poderia estar pensando, então ele só pôde responder honestamente: "Eu pedi que ela fosse comprar algo."

Healy franziu a testa ligeiramente. "Da próxima vez, não tome decisões sozinho."

Carson assentiu, mas não pode deixar de reclamar mentalmente. Ele não sabia o que o chefe estava pensando, já que ele rejeitara o café que Kelsey servira, mas também não ficou feliz com ela longe dali.

No entanto, os pensamentos de Healy sempre estiveram para além do palpite das pessoas comuns, então Carson não disse nada.

Healy pegou a xícara e notou um bilhete. Ele franziu a testa e olhou para o papel.

"Sinto muito pelo mal-entendido no bar. Achei que era você que tinha espalhado a notícia na empresa onde eu trabalhava, mas agora sei que me enganei. Desculpe."

A caligrafia de Kelsey era linda, com um estilo único, diferente do que Healy imaginava.

Ele sempre pensou que uma mulher como Kelsey não daria duro na escola e não tinha habilidades reais. Ele não esperava que ela escrevesse bem. Parecia que ela não era tão ignorante quanto ele pensava.

E ele estava curioso com o conteúdo do bilhete.

"Para onde você a mandou?" Healy embolsou o bilhete. De repente, ele teve o impulso de perguntar o que ela queria dizer.

"Para a cafeteria a oeste da cidade", Carson respondeu honestamente.

"Quando ela voltar, peça que venha me ver." Healy ordenou com calma.

Carson saiu em silêncio.

......

Chegando à cafeteria, Kelsey não esperava que os grãos de café que ela queria estivessem esgotados. Se ela os quisesse, teria que esperar que os grãos fossem transferidos de outra filial.

De qualquer forma, ela não tinha nada para fazer. Se voltasse ao escritório, poderia ser colocada em um dilema por Healy. Então, Kelsey escolheu esperar.

Enquanto ela estava esperando preguiçosamente, alguém de repente se aproximou e deu um tapinha em seu ombro.

Kelsey se virou e descobriu que era Alan.

Ao vê-lo, ela sorriu.

Alan a olhou de cima a baixo. "Por que pediu demissão tão de repente? Você estava bem lá? Alguém te tratou mal?"

Depois daquele dia, Alan pensou em procurar Kelsey, mas não esperava que lhe dissessem que ela havia se demitido.

Foi uma coincidência ele ter vindo ali para o café da tarde e ter se encontrado com ela.

"Não, ahn... eu troquei de emprego." Kelsey não mencionou que estava trabalhando para a empresa da família Louis.

"Ah, é? E como é no trabalho novo? Se tiver alguma dificuldade, é só me dizer. Eu com certeza vou te ajudar, se puder."

Kelsey balançou a cabeça e um leve calor surgiu em seu coração. "É bom."

Apesar do que Alan dizia, era improvável que Kelsey causasse qualquer inconveniente aos outros.

Alan olhou para ela e sentiu que ela não parecia tão feliz quanto disse. Então, de sem querer voltou o olhar para a mão de Kelsey.

Havia algumas bolhas vermelhas em seus dedos finos e alvos. Parecia que ela havia se queimado e não tinha sido tratada.

"O que há de errado com seus dedos?" Alan franziu a testa.

"Não se preocupe. Caiu um pouco de água quente. Vai melhorar em alguns dias." Kelsey pensou no assunto, mas não se importou muito com o pequeno ferimento.

Quando esteve na prisão, havia sofrido muito mais do que isso, então aquele ferimento era bastante bobo para ela.

"Você é uma mulher ainda? Sequer se importa se está ferida. Dizem por aí que a mão é o segundo rosto de uma mulher, sabia?" Diante da expressão indiferente de Kelsey, Alan se sentiu angustiado.

Era normal uma mulher reclamar de dor.

Mas Kelsey parecia ter se acostumado com isso. Seria porque ela sabia que ninguém se importaria, mesmo se ela contasse? E, por isso, ela, de propósito, fingia não se importar primeiro?

"Deixe-me dar uma olhada." Alan queria segurar a mão dela, e Kelsey tentou se esquivar, mas falhou.

Com Alan segurando sua mão, Kelsey notou que ele tinha uma temperatura um pouco mais alta, o que fez Kelsey corar um pouco.

Ela queria puxar a mão para longe, mas não conseguiu resistir à força do homem.

Alan olhou para a mão dela com cuidado, descobrindo que, não apenas estava escaldada, mas também tinha muitas bolhas na palma e várias cicatrizes finas nos dedos, que ficavam bastante visíveis contra a pele clara e destruíam a beleza original.

Os olhos do homem escureceram e sua expressão era complicada. "Vou comprar um pouco de pomada para você."

"Não tem por quê, não é tão sério, de verdade." Kelsey viu que ele faria mesmo aquilo, então rapidamente o interrompeu. Ela se sentiu envergonhada por ter alguém cuidando dela.

"Kelsey, você sofreu muito? Há muitos ferimentos em suas mãos." Alan perguntou, olhando seriamente nos olhos dela.

Os olhos do homem estavam cheios de preocupação e entusiasmo, sem qualquer discriminação ou desdém. O rosto de Kelsey estava corado.

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