Permaneça, Querida romance Capítulo 39

"Por que você está tão relutante em dizer adeus àquele homem?"

Healy satirizou Kelsey.

"Não estou." Kelsey franziu a testa e pensou por que Healy sempre via tanta maldade em tudo.

Ela estava apenas assustada com as palavras de Alan. Se Alan soubesse que ela era casada com Healy, seria inevitável que a família Louis suspeitasse de seu propósito. Ela não tinha como arcar com as consequências.

"Tomara."

Healy a ignorou e pisou no acelerador. Kelsey, que tinha algo em mente, esqueceu-se de colocar o cinto de segurança e quase bateu no para-brisa por causa da inércia repentina.

Ela olhou para o inexpressivo Healy e pensou que ele obviamente estava se vingando dela. Será que ele a odiava tanto assim?

Kelsey ficou irritada e rapidamente colocou o cinto de segurança. "Aconteceu de eu me encontrar com ele quando vim pegar o café."

Healy não disse nada, mas seus olhos mostraram que ele não acreditava nela.

“Foi o Carson que me mandou aqui, e eles demoraram tanto porque tiveram que trazer os grãos de outra filial, aí eu tive que esperar lá. Foi assim que me encontrei o Alan, que estava lá para o café da tarde. Veja, eles deram me essas duas caixas de uma vez só. Se não acredita em mim, pode perguntar ao balconista."

Kelsey falou sem parar para respirar. Inclusive, ela sentia que o que acabara de dizer era redundante.

"E vocês levaram as caixas de mãos juntas? Suas mentiras têm que fazer sentido."

Kelsey olhou para ele e não tinha ideia de por que esse homem tinha que pensar daquele jeito.

"Isso foi porque eu estava com pressa na hora de passar café para você, e acabei me queimando e ficando com bolhas. Ele só comprou uma pomada e queria me ajudar a aplicá-la."

Olhando para os dedos dela, Healy notou que de fato havia algumas bolhas vermelhas, que pareciam chocantes.

"Você é realmente estúpida."

Kelsey se calou e se virou para olhar pela janela, sentindo que sua explicação fora em vão.

Era óbvio que Healy estava tornando as coisas difíceis para ela. Por que, então, ele se daria ao trabalho de ouvir sua explicação?

......

Logo, o carro parou na entrada do prédio comercial.

"Você vai primeiro." Healy ordenou friamente.

"Ok." Kelsey não ousou desobedecê-lo. Olhando para Alan, que os seguia, Kelsey sentiu pena dele.

"No que está pensando?" Healy disse friamente ao perceber sua hesitação.

Notando a raiva em suas palavras, Kelsey desceu as escadas obedientemente.

Healy desceu devagar do carro e olhou para Alan, que os seguia com uma expressão hostil. "Por favor, leve as caixas para cima. Obrigado, sr. Alan."

Alan se tornara um servo sem motivo e não viu mais Kelsey, o que o deixou irritado. Quando viu Healy se aproximando de propósito, ele esboçou um sorriso falso e disse: "Sr. Healy, a vida pessoal de seus funcionários não é da sua conta".

Vida pessoal?

Ele sabia quem Healy era?

Healy também sorriu e disse: "Já que é horário de trabalho, naturalmente não devemos falar sobre isso que chamou de 'vida pessoal'. Além do mais, como você sabe que esse não é um sentimento de via única?"

Houve um lampejo de raiva nos olhos de Alan. "Vou esperar ela sair do trabalho. Afinal, já que sua empresa é tão grande, com certeza não pede para seus funcionários trabalharem 24 horas."

Healy olhou para o sorriso no rosto de Alan e zombou: "Depende de você."

Depois disso, ele foi embora. Nesse momento, dois seguranças se aproximaram e retiraram as caixas do porta-malas.

Quando eles se foram, Alan bateu com força no volante.

Droga!

......

Kelsey chegou ao último andar e estava prestes a organizar suas coisas. Depois de um tempo, Healy apareceu.

Ela observou o homem se aproximando cada vez mais e estava prestes a escapar. De repente, um tubo de pomada foi jogado na frente dela. "Ai está."

Kelsey deu uma olhada e descobriu que era uma pomada para aliviar a dor causada pela queimadura. Parecia um sonho que Healy tivesse de fato comprado seu remédio.

"Não quero que fofoquem por aí que minha empresa não pode pagar nem pomada para seus funcionários." Healy olhou para a expressão hesitante de Kelsey e se sentiu irritado.

Ela não recusara a bondade de Alan de forma alguma!

"Ok, então... obrigada." Kelsey não entendia o que Healy estava pensando, então simplesmente aceitou.

De qualquer forma, ela se queimara por causa dele. Não havia nada de errado em aceitar aquela pomada.

Pensando nisso, Kelsey calmamente abriu a tampa e aplicou o creme em sua mão.

Então Healy afrouxou as sobrancelhas franzidas e disse: "Você não precisa limpar os armários nos próximos dias, até que seus dedos melhorem."

Depois disso, o homem foi embora.

Kelsey estava pasma. A única tarefa que tinha era limpar o escritório, mas Healy acabara de lhe dizer para não fazer isso. Como assim?

Por causa de seu ferimento?

Seria ele tão gentil?

......

Nos dias que seguiram, tudo estava calmo.

Healy não causou mais problemas a Kelsey. Além de organizar algumas coisas, ela apenas o acompanhava na ida e na volta do trabalho todos os dias, o que a deixava à vontade.

Logo, chegou o fim de semana.

Quando Kelsey se levantou pela manhã, recebeu um telefonema de Alan.

"Está um dia tão bom hoje. Por que não sair? Tenho dois ingressos para um show. Foram bem difíceis de conseguir."

Já que Healy era rígido com ela durante o horário de trabalho, ele não se importaria com o fim de semana dela, certo?

"Ah, é?" Kelsey ficou surpresa, já que não esperava que Alan a convidasse para sair.

Nem parecia verdade que uma pessoa daquelas tivesse feito amizade com ela.

"Sinto muito pelo que aconteceu. Eu..."

Kelsey ainda se lembrava do dia constrangedor. Quando ela estava prestes a se desculpar, Healy, que estava tomando banho, saiu do banheiro.

Ouvindo a conversa, os olhos de Healy escureceram. Com um estrondo, ele fez questão de bater a porta.

"O que foi?"

Kelsey se virou e viu o rosto sombrio de Healy, pensando se ele ouvira algo.

"Na... nada..." Kelsey estava nervosa. "Bem, não sou a maior fã de shows, então tenho medo de estragar sua diversão. Talvez seja melhor se você convidar outra pessoa."

Depois disso, Kelsey desligou com pressa.

Healy não olhou para ela. "Pegue uma toalha para mim."

O homem tinha acabado de tomar banho e a parte inferior de seu corpo estava coberta apenas por um roupão de banho. A água em seu cabelo escorria pelos músculos firmes de seu peito, escorregando para um lugar invisível, mas que parecia fascinante.

Aquele homem, mesmo com alguns movimentos casuais como esse, exalava uma atração fatal. Kelsey olhou para ele e rapidamente abaixou a cabeça.

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