Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 162

Letícia Silveira olhou ao redor e e sentiu pavor, seus olhos encantadores estavam cheios de medo, enquanto ela dava um passo para trás...

Porque... este era o lugar onde ela tinha sido enterrada viva.

Por um momento, Letícia Silveira esqueceu de respirar, Sérgio Pereira... era Sérgio Pereira...

"Irmão..." Ao se aproximar, ela viu Sérgio Pereira, com uns cinquenta anos, ainda impecável em seu terno, mas abraçando firmemente um corpo que havia apodrecido há tempos, reduzido a um esqueleto.

Esse corpo não era outro senão Letícia Silveira, morta há vários anos...

Letícia Silveira olhou para ele com tristeza, e no instante em que não teve coragem de baixar a cabeça, viu a dor nos olhos de Sérgio Pereira.

Porquê que ela também se sentia tão aflita?

"Se você realmente se importava comigo, irmão... por que me entregou a outra pessoa..."

"Irmão, você está chorando? Está triste por minha causa?"

"Não, como poderia. Eu matei a criança no ventre de Helena Rocha, seu único filho, você disse que mesmo se eu morresse lá fora, não teria nada a ver com você."

"Você quer que eu me arrependa e pague pelos meus pecados, como poderia ainda me procurar!"

Letícia Silveira acordou em paz, sentindo o cheiro desagradável de desinfetante, olhando para o teto, ela enxugou as lágrimas dos olhos sem expressão.

Naquele momento, ela estava um pouco confusa.

Afinal, era apenas um sonho...

A enfermeira entrou justamente para verificar os quartos e encontrou a paciente já acordada, "Menina, você acordou? Está se sentindo melhor?"

"Seu corpo está muito fraco, você teve uma hemorragia estomacal, ficou inconsciente por um dia e uma noite, além de sofrer de desnutrição e hipoglicemia..."

"Já que você acordou, é melhor comer alguma coisa."

Letícia Silveira olhou para o soro em sua mão e seus olhos vermelhos pareciam muito doloridos, seu cabelo sedoso escondia seu rosto delicado e pálido; ela baixou a cabeça, sem dizer uma palavra.

Depois de verificar seu estado, Letícia Silveira perguntou com voz fraca, "Posso ter alta?"

O celular na mesa de cabeceira estava sem bateria.

"Não era para me levar para a delegacia?" Assim que falou, ela sentiu o cheiro do delicioso canja de costela de porco, fazendo seu estômago roncar, ela segurou seu estômago que doía um pouco.

Dona Marcia segurava uma colher e alimentava ela, "Eu sei que a Senhorita Letícia foi injustiçada, e a matriarca fez o que fez porque foi necessário. Durante os doze anos que seu irmão esteve desaparecido, muitas coisas aconteceram."

Essa voz carinhosa era a mesma que ela ouvia no meio da noite.

Era ela quem tinha cuidado dela durante toda a noite?

"...se você realmente souber que errou, deveria se demitir da empresa, e voltar para os Estados Unidos com sua mãe sem-vergonha, e nunca mais aparecer."

Letícia Silveira ouviu a voz furiosa da matriarca vinda de fora da porta...

Dona Marcia aconselhou com cautela, "É assunto da senhorita Caroline Pereira."

"Senhorita Letícia... lembre-se, tem coisas que, quanto menos você saber, melhor será. E o que você sabe, é melhor não dizer..."