Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 199

Num armazém bagunçado e deteriorado, Caroline Pereira enfrentava mais do que um confinamento: a lei da família Pereira era aplicada com bastões que caíam sobre ela, golpe após golpe, sob o olhar atento da avó Pereira.

A avó Pereira observava a neta quase sem fôlego no chão, e quando Caroline mal conseguia respirar, a avó suspendeu o gesto, "Não pense que, só porque seu sobrenome é Pereira, você é realmente uma de nós. Você sabe muito bem da sua origem. O comportamento libertino da sua mãe, quem sabe, você pode ser uma bastarda nascida de um caso dela com outro homem."

"Eu te coloquei ao lado de Sérgio Pereira apenas para suavizar o relacionamento entre pai e filho. O maior ódio não pode superar o laço entre eles."

"Mas você... acabou seguindo os passos da sua mãe, até mesmo seu próprio irmão você tentou seduzir. Sem vergonha."

Caroline Pereira, prostrada como um cão abandonado, falou enquanto o sangue escorria de sua boca. Ela estendeu a mão, rastejando, agarrando a calça da avó Pereira, "Por favor... eu imploro, me deixe... ver ela."

Manchas de sangue sujaram a calça da avó Pereira, que sentiu um mau presságio e, com seu cajado, afastou a mão da neta, "Impossível!"

"Fique aqui e reflita sobre seus erros. Quando terminar, você poderá sair!"

"Não... não faça isso! Vovó, eu imploro, minha mãe vai morrer sem uma palavra..."

No momento em que o portão de ferro do armazém se fechou, o lugar mergulhou em trevas. Caroline Pereira viu a luz desaparecer pouco a pouco e, na escuridão, um rato passou por sua mão, atraído pelo cheiro de sangue.

Eu... eu não acredito que você seja uma assassina.

Eu não acredito!

Mãe...

Finalmente, a dor insuportável fez Caroline Pereira desmaiar.

Por três dias seguidos, Sérgio Pereira não voltou para casa.

Um medo que estava gravado em seus ossos.

Em uma vida passada, ela foi torturada por um homem velho que gostava de vendá-la e açoitá-la com um chicote, queimando-a com ferro em brasa...

Na escuridão, ela não conseguia ver nada e nunca sabia que tipo de tortura viria a seguir.

Letícia Silveira, em pânico, procurou pela lanterna na gaveta. Quando a encontrou, a luz acendeu brevemente antes de se apagar.

No quarto escuro onde não se via a própria mão estendida, ela tropeçou e caiu. Ignorando as dores, Letícia se arrastou mancando até o andar de baixo.

Sérgio Pereira retornou à antiga residência da família Pereira. Os empregados não pernoitavam na mansão, agora encontrava-se completamente sozinho na vasta propriedade.

Ao pisar no degrau da escada no primeiro andar, seu pé falhou no vazio. Letícia Silveira caiu por completo da escadaria...