Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 434

Natanael Ribeiro: "Por minuto."

Letícia Silveira: "E quanto você cobra por minuto?"

Natanael Ribeiro olhou para ela e disse: "Um preço justo, quinhentos por minuto".

Letícia Silveira: "Nossa, você não facilita, né? Acho que vou embora."

Natanael Ribeiro largou os documentos que estava segurando e a encarou: "O mínimo é uma consulta de meia hora. Se você for embora agora, ainda vou cobrar meia hora".

Isso não era exatamente o que ela esperava de uma sessão de terapia.

Enquanto isso, em outra sala, Sérgio Pereira usava um fone de ouvido, observando a tela à sua frente e ouvindo os sons que vinham dela.

"Vocês psicólogos realmente ganham dinheiro fácil, não é?"

Letícia Silveira disse isso e se sentou no sofá, ouvindo o som monótono do relógio e reparando em um desenho sobre a mesa, ao lado de um pincel.

Natanael Ribeiro lhe contou: "Quem fez esse desenho foi uma menina de nove anos que sofre de claustrofobia. Você também pode tentar se expressar desenhando".

Letícia Silveira, curiosa, perguntou: "É possível entender os sentimentos de uma pessoa por meio de um desenho?"

Natanael Ribeiro assentiu: "Claro que sim, o desenho é uma forma de expressão. O que uma pessoa pensa pode ser transmitido por meio do gesto de desenhar, seja algo positivo ou negativo."

Natanael Ribeiro: "Quer tentar?"

"Sem interesse." - Letícia Silveira pensou que esses psicólogos eram apenas charlatães tentando tirar dinheiro das pessoas. Ela pegou um livro qualquer para ler e o tempo passou, cerca de vinte e cinco minutos, sem que ninguém dissesse uma palavra.

Letícia Silveira colocou o livro de lado, pronta para sair: "Eu posso ir agora?"

"Você pode ir a qualquer momento. Se estiver se sentindo cansado, também pode dormir aqui por um tempo."

"Não, eu não sei... me deixe sair... por favor!" - A voz de Letícia tremia.

"Você se viu?"

"Eu já disse que não sei! Me deixe sair!" - Letícia Silveira forçava a maçaneta da porta, com um soluço em sua voz. A mão que a segurava no pulso não a soltava, forçando-a a enfrentar tudo aquilo.

"Se você não encarar, nunca vai superar... encare..." - Ao mencionar aquele homem, Natanael Ribeiro sentiu uma forte emoção vinda dela e continuou: "O que aquele homem fez com você?"

"Ele estava te machucando?"

Na escuridão, uma imagem começou a se formar, aquele homem mais velho a pressionando contra o chão com violência, o chão coberto de sangue...

Sangue por todo lado... o vermelho vivo do sangue escorrendo até seus pés, infiltrando-se em seus sapatos, fazendo-a sentir sua temperatura.