Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 519

Marcos Rodrigues parou à porta, hesitante. Juliana Lima riu, apoiando-se na mesa para se levantar. “Se o Marcos Rodrigues quer ir embora, pode ir! Mas só depois de terminar toda a bebida da mesa. Aí eu deixo você sair.”

Carlos Lage olhou para Juliana Lima, preocupado. “Não é demais? Você sabe que ele não aguenta muito álcool.”

“E o que eu tenho a ver com isso? O que ele é meu?” A provocação estava clara na voz de Juliana Lima.

“Além disso, a aposta foi você quem fez, então isso é ainda menos da minha conta.”

“Já está tarde, acho que ela não vai vir.”

Marcos Rodrigues virou-se, perguntando, “Que horas são?”

Carlos Lage respondeu, “Quase onze.”

“Se me comprometi a vir primeiro, vou cumprir minha palavra.”

A intenção de Marcos Rodrigues era clara.

Carlos Lage sugeriu, “Talvez devêssemos esperar mais um pouco. Letícia Silveira pode estar a caminho. Ela deve chegar logo.”

Marcos Rodrigues declarou, “Não importa a hora, ela nunca será tratada como aposta.”

“Não faça isso novamente.”

Vendo Marcos Rodrigues beber desesperadamente, Carlos Lage rapidamente tentou intervir, “Já chega, deixa que eu bebo o resto.”

Quem diria que Marcos daria tanta importância a ela.

Agora, Carlos Lage se arrependia da aposta.

“Você não vai esperar mais um pouco? E se ela chegar?”

Depois de duas doses de cachaça, o estômago de Marcos Rodrigues fervia como se houvesse um fogo ardendo. Ao chegar na quinta dose, sua visão começou a embaçar, e ele mal conseguia se manter de pé.

Carlos Lage finalmente disse, “Marcos, pare de beber, eu bebo o resto.”

“Eu aguento mais que você.”

Mas então, passos apressados soaram do lado de fora da porta do camarote.

No momento seguinte, a porta se abriu.

Letícia Silveira apareceu apressada, trazendo consigo um forte cheiro de cigarro e álcool. Ao ver Marcos Rodrigues sendo apoiado por Carlos Lage, ela se aproximou rapidamente. “Marcos Rodrigues, não te disse para não beber?”

Marcos, com os olhos embaçados, afastou a figura indistinta ao seu lado, dizendo, “Não me toque.”

“Carlos, me leve para casa.”

“Se eu chegasse um pouco mais tarde, ela já teria te levado embora.”

Marcos Rodrigues não mostrava nenhuma reação, com os olhos fechados, que de repente se abriram, turvos de embriaguez, encontrando os dela, e um calor intenso emanava de sua respiração.

“Marcos Rodrigues... Você sabe quem eu sou?”

Ele respondeu, “Hmm.”

Letícia Silveira sabia que, quando ele estava bêbado, falava a verdade sobre seus sentimentos.

“Marcos Rodrigues gosta de Letícia Silveira?”

Letícia Silveira fez a pergunta impulsivamente, uma questão que ela havia feito inúmeras vezes em outra vida.

Ela sabia a resposta em seu coração, mas... ainda assim, queria ouvir dele.

Seu coração batia acelerado.

Até a respiração parecia desacelerar.

Marcos Rodrigues: “Gosto.”

Letícia Silveira: “Quanto você gosta...”