Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 620

"Os assuntos da família Pereira, daqui para frente, não precisam mais da sua atenção, tio."

"É hora de irmos." A mulher que acompanhava Cassio Pereira veio e enlaçou o braço do homem.

"É melhor você ter isso bem claro, não esqueça o que eu te disse."

A voz do homem, imponente sem ser irada, estava cheia de advertências.

Letícia Silveira cobria a boca e jazia no sofá sem ousar fazer um som, seu coração batendo descontroladamente, como se tivesse ouvido um segredo terrível.

Cortar o mal pela raiz?

De quem Sr. Cassio Pereira estava falando?

Quando pensou que o silêncio se estabeleceu do lado de fora, o coração de Letícia Silveira, que batia desenfreadamente, começou a acalmar. Ela olhou para o celular e viu que havia dormido por quase meia hora. Estava prestes a calçar seus sapatos e sair quando, ao se levantar, não prestou atenção e colidiu diretamente com a mesa de centro dura à sua frente.

A dor fez com que Letícia Silveira gritasse, inspirando uma lufada de ar frio.

No instante seguinte, a pesada porta do compartimento foi aberta, quebrando o silêncio que reinava.

Letícia Silveira arregalou os olhos ao ver quem estava na porta, o contorno familiar provocando um medo indescritível em seu coração.

Ele não tinha ido embora?

Sérgio Pereira: "Gritando tão alto, está com medo de não ser ouvida?"

Sérgio Pereira a sentou em um canto escuro do sofá perto da janela do chão ao teto, onde a luz que entrava iluminava a garota. Letícia Silveira olhava temerosa para os olhos profundos de Sérgio Pereira, escondidos na escuridão, sentindo uma relutância e medo crescentes.

Sentindo o cheiro familiar do tabaco, que não era nem agradável nem desagradável, ela sentiu uma sensação inescapável de impotência.

"Me solte!"

"Chame de irmão." Sérgio Pereira não a soltou, em vez disso, ajustou sua posição, uma mão segurando sua cintura, a outra levantando sua saia, revelando as meias de veludo pretas. À luz que vinha da janela, a área machucada em sua perna estava agora roxa e inchada.

O toque áspero de seus dedos passava pela pele ferida, fazendo Letícia Silveira recuar a perna e bater em sua mão, "Não me toque, eu preciso ir embora."