Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 621

Sérgio Pereira não se irritou com o gesto rude dela, apertou mais o abraço em torno da sua cintura delicada. "Ainda temos uma hora até o término, ainda é cedo, temos tempo, não precisa se apressar."

Letícia Silveira franzia a testa, sempre olhando para ele com uma calma que escondia as tempestades em seu coração. "Você sabe o que está fazendo? Não é correto um homem e uma mulher terem tanto contato assim, ainda mais quando não temos nenhum tipo de relação. Não me toque!"

Ela não ousava levantar muito a voz, temendo chamar a atenção de outros e ser vista nessa proximidade com ele. Isso seria uma mancha em sua reputação impossível de limpar, mesmo se pulasse no mar.

"O que estamos fazendo, Letícia?" A voz grave do homem se estendia lentamente, com um toque involuntário de flerte.

Ele se aproximou de propósito, fazendo Letícia recuar para tentar aumentar a distância entre eles. "Não me force a chamar alguém."

Sérgio Pereira soltou sua cintura, mas segurou a nuca dela, forçando-a a se aproximar. O calor de sua respiração, misturado com o aroma frio que vinha dele, atingia-a diretamente.

"Chega, não se aproxime mais." As mãos de Letícia, firmemente contra o peito dele, desviavam o olhar para outro lado.

"Engordou! Vejo que tem passado bem na Família Goulart."

Sérgio Pereira beliscou a carne ao redor da cintura dela.

Letícia sentiu cócegas, mas resistiu.

"Tudo graças a você, se não fosse por sua causa, eu provavelmente não estaria vivendo tão bem." A fala de Letícia também estava carregada de irritação.

"Agora nem me chama mais de irmão, é?" Ele pegou o queixo dela, forçando-a a olhá-lo.

O maxilar de Letícia doía levemente ao encontrar os olhos profundos dele. Ela não deveria ter esperanças ou pensamentos sobre ele, mas por algum motivo, sentia-se injustiçada. Esses sentimentos surgiam instantaneamente na presença dele.

Letícia olhava diretamente para ele, sem dizer uma palavra.

Mas seus olhos rapidamente se encheram de lágrimas.

"Se sentindo injustiçada agora?" Sérgio passou o dedo sob os olhos dela, com um tom sedutor. "Há uma razão para o irmão ter te mandado para a Família Goulart."

"De qualquer forma, já não preciso mais de você. Com ou sem você, para mim, tanto faz."

"Se pudesse, preferiria nunca mais te ver na vida."

Nesse momento, vozes de funcionários chegaram de fora.

"Você ouviu? Parece que tem gente falando aqui dentro!"

"Parece mesmo, mas que estranho! Por que essa placa está aqui? Será que tem alguém consertando algo? Vamos entrar e ver?"

A porta do compartimento se abriu.

"Que estranho, não tem ninguém aqui. Realmente ouvimos vozes vindo de dentro, será que escutamos errado?"