Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 622

"Sim, eu também ouvi."

"Não pode ser que a gente tenha ouvido errado. Deixa pra lá, vamos ver se aqueles clientes já foram embora."

No banheiro escuro sem luzes acesas, o quadril de Letícia Silveira era sustentado por uma mão, pressionado contra a parede. Pela porta entreaberta, ela estendia a mão querendo pedir ajuda, o pedido de socorro já estava em sua boca, mas quem diria, o homem parecia ter previsto seus movimentos antes mesmo dela. Na escuridão onde nada se via, Letícia Silveira sentiu os lábios macios e quentes se apoderarem de sua respiração.

Naquele instante, Letícia Silveira fixou o olhar naquelas sombras ocultas na escuridão, sua mente se esvaziou completamente, e após um momento, a garota começou a se debater com força, mas suas mãos, capturadas, foram erguidas acima de sua cabeça por ele, imobilizando-a.

"Uh... não... não me toque."

"Me solte!"

A menina se mexia desesperadamente, fazendo com que o homem, a contragosto, se separasse dela, respirando ofegante, ambos desorientados pela situação, "Calma, não se mexa tanto."

"Por favor, não faça isso comigo!" Letícia Silveira chorava, claramente aterrorizada, as lágrimas corriam por seu rosto, mas nos olhos do homem, cada ação dela, cada palavra dita, para Sérgio Pereira parecia mais um veneno sedutor. Sua aparência vulnerável provavelmente incitaria qualquer homem a intensificar o tormento.

Lágrimas, além de serem uma arma da mulher para amolecer o coração.

Também são um veneno sedutor!

Neste momento, Letícia Silveira parecia um brinquedo nas mãos de uma fera; quanto mais ela lutava, mais excitada a fera se tornava.

"Eu não posso trair Marcos Rodrigues!"

"Irmão..."

Letícia Silveira estava realmente assustada.

Se esse homem perdesse o controle...

Letícia Silveira não ousava imaginar o que Sérgio Pereira faria com ela.

Letícia Silveira podia sentir, no escuro, um par de olhos profundos e frios a observando, mas não conseguia ver sua expressão atual, "Ele te tocou? Hein?"

Letícia Silveira empurrou Sérgio Pereira com toda a força, mas para ele, aquilo era praticamente nada.

"Irmã, ainda prefiro quando você era como antes..." Sérgio Pereira apertava as bochechas dela, sem se importar com nada, beijou-a violentamente, um sabor que viciava instantaneamente.

Não conseguindo parar!

Do lado de fora da suíte, uma voz se levantou, "Estranho, num piscar de olhos, onde Sérgio foi?"

"Ele também não atende o telefone!"

Helena Rocha estava parada na porta da suíte, segurando o celular, o telefone ainda tocava sem resposta.

Letícia Silveira, sufocando, continuava batendo no peito do homem...

Enquanto ouvia alguém se afastando.