Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 884

Dona Lima tinha a intenção de apenas vir e advertir Letícia Silveira, mas para sua surpresa, descobriu que essa órfã, aparentemente desprotegida, tinha muitos protetores. Não só Sérgio Pereira estava do seu lado, como até a família Laranjeira a reconhecia como sua própria neta. Dona Lima mal conseguia compreender o que estava acontecendo por trás disso tudo.

No momento em que o vovô Laranjeira falou, a tensão fervente entre Sérgio Pereira e Marcos Rodrigues foi imediatamente dissipada.

"Se é uma questão entre os jovens, nós, os mais velhos, não devemos interferir. Deixem-nos resolver por si mesmos. Se alguém fizer minha neta chorar, não me culpe por virar a cara. Eu, como um velho, não tenho muitas habilidades, mas proteger minha família é uma delas."

"Está bem, se não há mais nada, podem ir. Todos aqui reunidos, como é que a minha esposa consegue continuar com o negócio?"

Após a saída do Sr. Laranjeira, Letícia Silveira sentiu como se tivesse perdido sua proteção, ficando completamente exposta sob o olhar de Sérgio Pereira, o que a fez sentir-se insegura instantaneamente.

Na frente de Sérgio Pereira, Marcos Rodrigues disse, "Agradeço a boa intenção de Dona Lima, mas infelizmente não posso aceitá-la. Já tenho uma noiva, não posso fazer algo que a desrespeite."

Marcos Rodrigues, com apenas algumas palavras, provocou Sérgio Pereira, algo que Letícia Silveira já havia avisado para evitar. Sérgio era alguém que guardava rancor e não deixava barato.

"O que aconteceu hoje, termina aqui."

Sérgio Pereira virou-se para ir embora, mas parou após alguns passos, como se estivesse esperando alguém. "O que é, acha que o escândalo não foi grande o suficiente?"

"Venha, siga-me!"

Letícia Silveira recuou meio passo, temerosa, "Eu... Eu vou voltar com meu irmão. Vou direto para o hospital com ele, não se preocupe comigo."

Sérgio Pereira olhou para ela com um olhar sombrio.

Um frio percorreu a espinha de Letícia Silveira.

Na saída, o gerente do lobby, o supervisor e os recepcionistas se curvaram respeitosamente, "Sr. Pereira, Srta. Silveira, tenham um bom caminho! Esperamos vê-los novamente."

Assim que Luan entrou no carro e colocou o cinto de segurança, ouviu-se uma discussão vindo do banco de trás.

"O que você está fazendo? Você tocou na minha ferida."

"Noiva? Hm?"

As portas foram fechadas rapidamente, e Sérgio Pereira, como se tomado por uma loucura repentina, pressionou a moça contra si e a beijou freneticamente. Letícia Silveira lutava em vão, batendo no peito dele, seus lábios entorpecidos pelo beijo intenso. Sem perceber quando, os botões de seu vestido nas costas foram desfeitos, os ombros descobertos, e o sutiã branco veio à vista de Sérgio Pereira, que beijou aquela alvura, enviando ondas de uma sensação formigante por todo o corpo dela.

Entre a sensação formigante e uma dor sutil, Letícia Silveira sentia-se como um peixe prestes a ser cortado na tábua, com uma mão imobilizada por ele e a outra pendendo inerte, sem forças para resistir. O carro estava estacionado no meio de uma rua congestionada, cercado de veículos aguardando o semáforo nas duas faixas, mas as janelas do Maybach, feitas com vidro à prova de olhares curiosos, permitiam apenas que quem estivesse dentro observasse o exterior, sem que ninguém do lado de fora pudesse ver o que acontecia dentro.