Arthur
Cheguei em minha casa noturna naquela noite me sentindo um tanto quanto desanimado e decidi que estava precisando de sex0 urgentemente, pois já fazia semanas que eu não saía com nenhuma mulher e tinha chegado ao meu limite.
Depois que Ethan se declarou para a Mariana na minha presença e de outras pessoas, eu tive certeza de que ele estava sendo sincero, pois ele jamais teria feito isso por qualquer outro motivo, afinal, não era necessário e eu conhecia o meu sócio insuficiente para atestar aquele amor que ele disse sentir.
Sendo assim, eu cheguei a conclusão de que não tenho chance alguma com Mariana e de que nada vai mudar isso, então é melhor eu seguir em frente, esquecer Gisele e tentar reconstruir a minha vida.
A Bruna poderia até ter me servido como amante por algum tempo, tendo em vista que eu não quero estabelecer um romance ou relacionamento sério com ninguém no momento, mas eu estaria louco se me envolvesse com uma víbora como ela e pensando bem, é melhor que seja assim.
Uma mulher como a Bruna é extremamente perigosa e pode a qualquer momento causar grandes problemas para mim, assim como fez com Murilo e o Constantino.
E apesar de ter perdido a Mariana para Ethan, eu ainda assim tentei ajudá-los a minimizar os estragos feitos pela Bruna, afinal, ela tomou conhecimento do assunto através de mim e me senti na obrigação de ajudar.
Mas já faziam semanas desde então e a imprensa não estava nem mesmo falando mais sobre esse assunto, e Bruna ainda não tinha aparecido.
Ninguém sabia onde ela estava ou quando voltaria para o seu apartamento, e no final das contas, isso era bom, pois somente assim ela não causaria mais problemas para ninguém.
Depois de fazer um dar uma boa olhada em toda a boate, que estava repleta de gente naquela sexta-feira à noite, caminhei para o meu escritório, iria olhar a minha agenda com atenção e encontrar alguém com quem me divertir.
Apesar de aquele ser o ambiente ideal para encontrar alguém com os meus mesmos interesses, eu não estava com paciência para procurar e entabular uma conversa cordial, então era melhor apelar para alguma antiga amizade.
E estava prestes a fazer isso quando sentei em minha cadeira por trás da mesa de escritório, quando alguém bateu à porta de maneira insistente.
— Está aberta! — falei com irritação.
Não queria ser interrompido, mas quando percebi que se tratava da Bruna, confesso que me senti um pouco mais animado. Ela não presta, mas é gostosa e eu não quero me casar mesmo, pensei com cinismo.
— O que faz aqui, Bruna?
Fiz a pergunta de modo grosseiro, deixaria claro que ela não iria receber gentileza e cordialidade, depois de tudo o que ela aprontou.
— Preciso que me ajude, Arthur — ela pediu em um tom desesperado — Estou na pior, sem dinheiro algum. Ethan está fazendo de tudo para me deixar sem saída. Não consigo encontrar nem mesmo um trabalho sequer!
Bruna parecia estar falando a verdade, sua expressão era nitidamente preocupada e ela nunca foi uma boa atriz mesmo. Sempre esteve na cara que ela não era uma santa.
Olhei para a roupa simples, um jeans e camiseta básica, algo totalmente contrário ao que ela costumava usar antes.
— Aqui se faz, aqui se paga, não é mesmo?
Eu não iria perder a oportunidade de passar isso na cara de Bruna e ela chegou a se encolher com as minhas palavras.
— Eu já aprendi a lição, Arthur — protestou com a voz desanimada — E estou aqui para pedir a sua ajuda.
— Onde estão seus pais? Também te abandonaram?
— Ele disse que eu preciso trabalhar para ter dinheiro — confessou com irritação — Você vai me ajudar ou não?
— E o que eu ganho em troca? — Claro que eu não perderia aquela oportunidade.
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