Presa ao Mafioso(livro 1)Série: Mafiosos Impecáveis romance Capítulo 39

Aurora

Eu saí da biblioteca e me dirigi até o meu quarto e vi a sebosa saindo do quarto do babaca, eu iria ignorá-la mas ela não estava afim de fazer o mesmo comigo.

Merda!

__ ei! Aonde está indo?

__ para o meu quarto senhorita Ambar!__ falo tentando conter meu descontentamento com a pergunta dela, como se eu devesse informações da minha vida para ela.

__ você sabe o que eu estava fazendo ali? Eu estava reivindicando o que é meu e que você jamais vai ter, e foi único e especial, ele me fez dele e agora ele é meu.__ diz e eu não consigo assimilar Pietro e especial na mesma frase, porque não consigo imaginar ele sendo carinhoso trepando.

__ ótimo! faça bom proveito.

__ irá dizer só isto?

__ e quer que eu diga o que sua tola! Como você disse você foi lá, reivindicar a ele como um banquete, eu não preciso disso, e você também não deveria querer, não tem algo mais bonito e digno do que uma mulher que sabe o seu valor e não precisa mendigar amor de homem ... bom eu vou indo boa noite.

Me virei para seguir em frente e ela pegou em meu braço e me puxou até o meu quarto, eu juro que fiquei com medo dela, e não por mim, mas pelo meu bebê.

Trancou a porta, e me encarou furiosa.

__ se você gritar eu mato você!__ disse e me empurrou sobre a cama mas acabei me desequilíbrando e batendo com a barriga sobre a cômoda, só pensei no meu filho, pus a mão sobre a mesma e comecei a chorar, então ela me chutou e eu caí no chão, ela continuou me chutando, e deu um em minha barriga e eu acabei cuspindo sangue, então ela se abaixou para que eu visse seu rosto e sorriu com desdém.

__ isso é para você pensar duas vezes antes de mexer com que é meu! Sua vadia oferecida, fique longe dele ou da próxima vez eu mato você! __ disse destravando a porta e saiu, escutei pelo barulho que a porta fez quando fechou, fiquei ali no chão por alguns segundos e me levantei, senti meu corpo dolorido demais, e algo quente saindo de mim, levei minhas mãos até o meio das minhas pernas e quando as levantei meu coração parou.. por Deus ... é sangue, o meu bebê.. não... por favor... não! Não, não, não, não!

É tudo culpa dela!

E assim eu fiquei, sem forças e somente com a certeza que quando amanhecer eu já estarei sem o meu filho, e quem sabe se vida, somente assim para essa dor que habita meu peito sair de mim, eu não consigo pensar em nada, porque dói muito.

Fechei os meus olhos, mas não consegui descansar, eu tentei gritar mas nenhum som saía da minha boca, e assim eu fiquei até amanhecer, quando escutei Pietro batendo na porta, céus o que eu vou dizer a ele.

Ele me chamou e eu disse " aqui" mas o som saiu tão baixinho que nem eu mesma consegui ouvir, chamou mais algumas vezes e eu apenas ouvi sem dar conta de dizer palavra alguma, então escutei o estrondo da porta e era ele, abriu a mesma, quando ele chegou a porta do banheiro ele travou, deve estar tão em choque quanto eu, e achei que ele me largaria lá, mas não, ele veio até mim, retirou-me da banheira me deu banho, cuidou de mim, e ficou comigo até o médico chegar, vi Joana com ele, acho que ela está tentando acalmá-lo, eu queria dizer algo mas eu não tive coragem e nem se eu quisesse nem um som saía da minha boca, não um que pudessem escutar.

Quando me colocou no carro, ele me disse para não deixa-lo, mas tudo que eu consegui dizer foi desculpa, e ele acariciou o meu rosto, disse que eu não tinha culpa de nada só que eu ficasse calma, então já com o corpo cansado e sabendo que ele me protegeria até o hospital eu fechei os olhos e enfim deixei meu corpo descansar.

A dor física, não se compara em nada, a dor que tenho na alma e em meu coração, essa é a pior, uma ferida assim desse tamanho, não cicatrizarará tão cedo, e sinceramente não sei como vou encarar tudo isso.