PRESA COM O TRAFICANTE (MORRO) romance Capítulo 8

FLORÊNCIA NARRANDO

Quando aquele homem me deixou nesse quarto enorme eu só fazia chorar, afinal de contas eu estava mal, e não sabia o que fazer, eu só queria ir embora, só queria a minha mãezinha, só queria ficar ao lado dela e ela me abraçar, eu estou mal demais, a minha mãezinha passando por isso, a minha mãezinha passando por tantos problemas e ter que adquirir mais um por causa da Flora, ela me marcou pra sempre, eu nunca mais serei feliz, sabe lá Deus quando eu vou sair daqui, quando é que eu vou ter a paz. Então me deitei e ao me deitar eu me encolhi na cama e chorei em silêncio, eu estava mal demais, eu só queria que tudo isso fosse apenas um pesadelo, talvez se eu dormir agora, eu acorde bem, eu acorde na minha cama, na minha casa, eu espero que seja um pesadelo tudo isso. Fiquei ali por muito tempo chorando, era um tempo que eu não sabia como poderia fugir ou até mesmo me livrar desse homem mal, e tudo graças a minha irmã, mas eu sempre falei pra mamãe, que ela iria nós fazer passar inúmeras coisas, mas a mamãe sempre passou a mão na cabeça dela, a mamãe sempre disse que tudo se resolveria da melhor maneira, e não poderiamos soltar a mão dela, porque de qualquer forma ela é minha irmã e filha dela, o que me faz entender o lado dela, mas a gente foi criada em um convento e era para nós sermos mas unidas nós duas, mas a minha irmã foi na cabeça de uma outra pessoa, e hoje ela é essa pessoa má, essa pessoa que só ver as coisas por dinheiro na vida dela. Então fui tirada dos meus pensamentos quando ouvir uma batida na porta.

Florência: Pode entrar. - digo mesmo sem saber quem é.

XXX: Oi minha linda, me desculpe está lhe incomodando. - ela diz com um tom de voz triste.

Florência: Não se preocupe, pode entrar, a casa é sua. - digo e as lágrimas insistem em molhar meu rosto.

XXX: Não fique assim, meu filho só estar de cabeça quente e ele quando voltar ao normal ele não vai te deixar aqui. - diz tentando me animar.

Florência: Eu não acredito nisso, eu sei que vou passar muito tempo presa aqui, isso graças a minha irmã. - digo chorando.

XXX: Oh, minha linda, eu sinto muito por você está passando por essa situação. - ela diz tocando meu rosto. - Como você se chama? - ela pergunta amigavelmente.

Florência: Me chamo Florência senhora, mais minha mãe, e as freiras me chamavam de Flor. - digo mais tranquila.

XXX: Pode me chamar de Graziela, e você falou sobre freiras? - ela pergunta e eu afirmo com a cabeça.

Florência: Sim senhora Graziela, eu fui criada em um convento, eu e minha irmã, junto com minha mãezinha, mas a minha irmã não é como eu, ela é uma mulher de espírito livre, alguém que tem ambições, e eu não sou desse jeito. - digo baixando a cabeça.

Graziela: Não pense assim, dá pra se ver que você é uma jovem ingênua, e pode sim no futuro ter algo bem mais complexo, e sim pode mudar uma vida. - ela fala e sorrir. - Bom eu vou me retirar, não sei que horas meu filho vai retornar, então melhor eu está fora daqui, não sei o que ele pode fazer se me ver com você, talvez ele queira machuca-la, mas eu não vou permitir isso. - ela diz e vai saindo do meu quarto.

Assim que ela saiu do quarto, eu me encolhi na cama e fiquei quieta, as lágrimas molhavam meu rosto, eu fiquei ali encolhida até que eu acabei dormindo. Despertei no dia seguinte com um barulho, era alguém batendo na minha porta, então eu me levantei assustada, e quando eu pensei em sair da cama para me levantar e ir ver quem tanto batia, ele entrou no meu quarto fumaçando, ele estava com raiva, ele estava me olhando com um olhar de ódio, e eu não sabia se eu poderia falar ou até mesmo fazer alguma coisa, então eu fiquei ali sentada e parada com a cabeça baixa, eu apenas sentir sua mão forte apertando o meu braço, e eu me sentir uma presa fácil ali, ele iria me matar e eu nem sabia que morreria tão jovem por causa da minha irmã. O meu Deus me ajuda, não me deixa morrer nas mãos desse homem, não me deixa acontecer nada, penso sentindo meu corpo tremer e os meus olhos marejarem.

Alemão: Porque você não foi fazer o café da manhã porra? Tá achando que está em uma colônia de férias porra? - ele grita comigo, e sinto meu corpo tremendo.

Florência: Me desculpe, eu.eu.eu perdi a hora. - digo gaguejando.

Alemão: Então trata de sempre levantar cedo e fazer a porra da comida, e também quero essa casa um brinco. - ele diz nervoso enquanto aperta meu braço, e então sai me arrastando pra fora do quarto, eu estava tremendo de tanto medo. - Vou te colocar na cozinha, e eu quero comida para meio dia, porque a minha mãe já tratou de fazer o café da manhã, mas quando eu chegar, eu quero essa casa brilhando, ou eu vou surtar. - ele falava alterado enquanto ele me arrastava, assim que chegamos na cozinha a mãe dele ao ver a cena ela olhou séria pra ele.

Graziela: Solta ela, e para de agir como um ogro que eu não te ensinei isso. - ela diz brava mais ele não liga.

Alemão: Não se mete mãe, eu vou surtar com a senhora também. - ele diz bravo e aperta meu braço com mais força. - Você me entendeu vagabunda? - ele pergunta e as lágrimas molhavam meu rosto, eu apenas conseguir afirmar com a cabeça, então ele me largou e saiu, quando ele saiu eu não sei o que me deu, mas eu cair no chão, não me aguentava ficar em pé, eu chorava desesperada, e soluçava muito, e a mãe dele correu na minha direção e me abraçou.

Eu não sabia o que tinha feito na vida para merecer tamanha humilhação, tamanha crueldade comigo, eu jamais fui ruim com as pessoas, pelo contrário eu sempre fiz tudo certinho, e mesmo assim eu não consigo sorrir, não mais, a minha vida foi totalmente destruída, isso eu devo agradecer a minha irmã, ela não vale nada, e um dia se eu conseguir sair daqui eu vou dizer tudo que eu tenho pra dizer a ela. Depois de um tempo eu conseguir me acalmar e me levantei, a dona Graziela, me deu café da manhã, e eu comi um pouco, eu estava com fome, mas assim que eu acabei, eu me levantei perguntei para a dona Graziela onde estavam as coisas, e ela queria me ajudar, mas eu falei que não precisava, porque ele iria reconhecer o sabor da comida dela, e eu poderia sofrer, então era melhor eu fazer tudo, então enquanto eu fazia a comida, eu arrumava a casa, comecei a tirar poeiras, passei pano na casa, limpei toda a cozinha, limpei toda a sala, e deixei o andar de cima para depois, então quando deu meio dia ele chegou para o almoço, e eu estava no andar de cima arrumando as coisas, até porque o almoço já estava pronto, e eu teria apenas que concluir o andar de cima e lavar todos os banheiros para que eu deixasse tudo um brinco, mas eu não o vi, eu continuei a arrumar, e quando eu acabei, eu desci e fui para a cozinha, e ao chegar lá eu acabei vendo ele e os amigo comendo.

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