Quanto mais, melhor romance Capítulo 1

— Socorro!

Arissa sentiu uma respiração úmida e quente no seu pescoço enquanto um homem a segurava por trás. Se debatendo por reflexo, tentou se libertar do forte abraço, mas sem sucesso. Seus olhos estavam repletos de medo o seu corpo estremeceu violentamente em desespero. Ela foi vendida pelo próprio pai!

— Me solte. — Ela choramingou antes que sua voz fosse abafada.

— Não tenha medo. Vou assumir a responsabilidade, pode ter certeza — o homem deixou escapar em uma voz baixa e rouca. Cobrindo a boca de Arissa com a mão firme, ele passou a fazer o que quisesse com a frágil vítima.

Nove meses depois, numa casa abandonada, os gritos de um bebê foram ouvidos.

— Srta. Adams, é um menino!

— Tire ele daí!

Danna Adams, vestida de maneira glamurosa, estava do lado de fora da sala de parto improvisada, cutucando o nariz ao mesmo tempo em que fazia uma careta para a cena sangrenta que via. Uma mulher de meia-idade que estava lá dentro gritou de repente.

— O que aconteceu? — gritou Danna irritada. Tendo esperado por essa criança por tanto tempo, ela não podia se dar ao luxo de nenhum contratempo.

— Srta. Adams, são gêmeos! — ofegando a mulher saiu correndo da sala, segurando um par de recém-nascidos nos braços. — E ambos são meninos!

Danna lançou aos recém-nascidos um olhar de desgosto. Ainda cobertos de vérnix e sangue, os bebês pareciam duas batatas esmagadas.

— Por que eles são tão feios? — Ela se perguntou se a família Graham os rejeitaria.

— Todos os bebês são assim quando nascem. Eles ficarão bem mais bonitos em alguns dias, — disse a mulher. Ela era a parteira que Danna encontrou bem em cima da hora.

— Apresse-se e limpe tudo. Preciso levá-los embora. — Ordenou Danna com a mão acenando com desdém.

— Sim. — A parteira voltou para o quarto, colocou os bebês de lado e começou a limpar o lugar.

Depois de um parto difícil, Arissa York deitou-se na cama, ofegante. Seu corpo tremia de indignação com a troca insensível do lado de fora.

“Quem é esta mulher? Por que é que ela está tirando os meus filhos de mim...”

Foi quando outra pontada aguda atingiu seu estômago. Rangendo os dentes enquanto ofegava, Arissa sentiu como se tivesse algo mais dentro dela que estava tentando sair. Enquanto sua consciência ia e voltava, o seu rosto estava agora pálido como um papel.

“Meus filhos...”

— Terminou? — Danna perguntou impaciente.

— Em um minuto. — A parteira rapidamente cobriu os bebês com cobertas limpas e estava pronta para sair da sala quando percebeu que Arissa parecia estar mal.

— Sen-senhorita Adams! — ela berrou.

— Qual é o seu problema? Traga os bebês para cá. Estamos de partida!

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