Quanto mais vale o amor depois de uma vida inteira? romance Capítulo 971

Nesse momento, Natalia só sentiu o ar carregado de constrangimento.

Ela não esperava que o elevador ainda estivesse naquele andar; provavelmente havia esquecido de apertar o botão, caso contrário, o elevador já deveria estar no subsolo.

Natalia virou a cabeça e lançou um olhar para os colegas, sendo capaz de perceber algo pelas expressões deles.

No segundo seguinte, Erasmo segurou a mão dela e olhou para os colegas do lado de fora: "Desculpem, minha namorada só está brincando comigo."

Natalia tentou soltar a mão, mas infelizmente o malandro não largou.

Enquanto os colegas entravam, Natalia apenas forçou um sorriso.

O ambiente dentro do elevador ficou extremamente silencioso, embora ninguém soubesse o que se passava na cabeça dos outros.

O elevador chegou ao estacionamento do subsolo.

Os colegas saíram juntos, indo em direção ao local do jantar em grupo.

Natalia puxou a mão com força, saiu apressada e irritada, mas o homem continuou a segui-la.

Ao chegar em frente ao seu SUV, Natalia perdeu a paciência, virou-se e encarou Erasmo, deixando claro o que queria dizer apenas com o olhar.

Erasmo apoiou uma mão na porta do carro: "De qualquer forma, é caminho. Vamos juntos."

"Mas eu não quero ir com você."

Ao ver o semblante irritado dela, Erasmo falou em voz baixa: "Eu sei que minha mãe foi te procurar. Podemos conversar?"

Natalia hesitou ao ver os olhares dos colegas e, por fim, entrou no carro.

Erasmo então sentou-se no banco do passageiro e olhou para o veículo: "Esse SUV combina mais com homem de meia-idade."

Natalia, com o rosto fechado, respondeu: "Eu gosto."

Sentado ao lado, Erasmo a observou: "Se minha mãe disse algo ofensivo, não se preocupe. Faça o que você acha certo, não mude por causa dos outros."

"Você gosta mesmo de se elogiar, não é?"

Natalia se arrependeu logo depois de ter dito isso.

Erasmo a olhou: "Sobre o que vocês conversaram?"

Ela olhou para Erasmo: "Depois o carro explodiu, não foi?"

"Consegui te salvar a tempo. Se tivesse tido mais tempo, voltaria para salvá-los."

Natalia olhou para os olhos dele, carregados de culpa, e acreditou em cada palavra.

Ela assentiu: "Então, no fim, eles só disseram isso?"

"Sim. Naquele momento, só tinham olhos para você. Eles queriam que você sobrevivesse. Por isso, não precisa se sentir culpada. Foi um acidente premeditado, não uma fatalidade. E não foi culpa sua."

Os olhos de Natalia se encheram de lágrimas. Ela olhou para fora da janela: "Eu sei, não vou me culpar."

Antes, ela realmente se culpava.

Naquela época, foi Erasmo quem esteve sempre ao seu lado, consolando-a.

Natalia respirou fundo, tentando não se deixar dominar pela emoção, e olhou para ele: "Só isso?"

Erasmo ficou um pouco sem graça: "Só isso."