“Acha que eu conseguiria deixá-la sozinha assim?” Enzo segurou Alana com firmeza, recusando-se a deixá-la. A mulher já havia se recomposto e, quando ela falou, foi em um tom claro e inabalável.
“Já sobrevivi por cinco anos, tenho certeza de que ficarei bem sozinha por uma noite.”
“Júlio é realmente filho daquele hooligan?”, perguntou Enzo timidamente franzindo os lábios. Alana odiava confrontar a verdade sobre o pai de Júlio toda vez que aquele assunto surgia, mas a realidade era cruel e não havia nada que ela pudesse fazer para negar a identidade do pai de Júlio.
“Sim”, ela finalmente soltou com os dentes cerrados.
O peito de Enzo apertou. Ele entendeu que esse era um assunto doloroso para a garota, então não insistiu. Por fim, o homem se levantou e saiu depois que Alana insistiu que ele o fizesse. Quando a porta se fechou atrás dele, um brilho gelado preencheu seus olhos enquanto o rapaz jurava que descobriria a identidade daquele homem miserável, mesmo que Alana se recusasse a falar sobre aquele assunto. Ele precisava saber que tipo de monstro a machucaria tanto.
Enzo esperou por um tempo na porta, mas quando percebeu que Alana não iria abri-la e convidá-lo para entrar de novo, ele foi embora.
A única maneira de achar uma solução para o caso era descobrir em qual boate o incidente havia ocorrido. Mesmo que Alana estivesse decidida a permanecer de boca fechada sobre o assunto, Enzo tinha certeza que outras pessoas sabiam o que havia acontecido na noite em que ela foi agredida.
Sentado no banco de trás do carro, o rapaz começou a considerar as opções. Heloísa sabia dos detalhes daquela noite, mas ele não queria perguntar a ela sobre isso. Ele vasculhou os nomes em sua mente, tentando encontrar uma pessoa com maior probabilidade de lhe dar uma visão útil sobre o assunto e finalmente pensou em uma pessoa: Érica, a meia-irmã de Alana. Dado como ela mencionou o nascimento de Júlio na última vez que teve um acesso de raiva, havia uma grande chance de a garota saber sobre o incidente. Enzo estava confiante de que ela poderia lhe fornecer algumas pistas sobre isso. Enquanto se inclinava no banco do carro, Enzo pegou o celular e ligou para Reinaldo.
“Preciso que marque um encontro para mim com alguém.”
“Quem seria, Presidente Presgrave?” Reinaldo perguntou educadamente.
“Érica.”
No silêncio do quarto, Alana segurava um copo d'água enquanto se sentava, apática. Ela se sentiu culpada por ter confundido Enzo com o homem que a agrediu cinco anos atrás enquanto estavam em um momento íntimo. Na verdade, ela também estava atordoada que o trauma que pensava ter enterrado no fundo de seu coração pudesse ser tão facilmente trazido à tona com um único toque, provocando seu medo de intimidade.
De repente, Alana sentiu que aquilo era injusto com Enzo. Se realmente continuassem sendo um casal e acabassem se casando, ela não poderia rejeitá-lo pelo resto de suas vidas e acorrentá-lo a um celibato involuntário.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Quarto para você
GOSTARIA DE CONTINUAR A SER O LIVRO E A PARTIR DO CAPITULO 735, NÃO ESTA MAIS ACESSIVEL....
Pq não consigo assesar a partir do capítulo 735 gostaria de continuar a ler o livro...