Quarto para você romance Capítulo 853

“É nosso trabalho.” Ele ficou feliz porque a mulher estava começando a cooperar. Não tinha tempo para cuidar dela, então precisava que ficasse por perto.

Ela estava começando a sentir frio e queria voltar para o quarto. Quando estava passando por Richard, ouviu uns guinchos e olhou para baixo, e viu um casal de ratos passando correndo por seus pés. Um grito ecoou pela noite, e Ângela pulou no ar. Ela envolveu os braços em torno de seu pescoço, e as pernas estavam presas em sua cintura para não cair. Ela estava agarrada ao homem como um coala em um galho.

O homem segurou por reflexo seus quadris para evitar que ela caísse. O ar ficou congelado por alguns momentos, e perguntou: “Quanto tempo você vai continuar fazendo isso?”

Foi então que Ângela percebeu que estava abraçando-o. Ela tossiu constrangida e soltou o pescoço dele, depois pulou para baixo. Ao mesmo tempo, o olhou mais de perto pela primeira vez. Ele tinha um rosto esculpido e bonito. Suas sobrancelhas eram afiadas, seus olhos eram fundos e seu nariz era aquilino. Seus lábios eram finos, mas sensuais, e tinha uma linha do maxilar perfeita que atraía os olhares das pessoas para o seu pescoço. Irradiava virilidade por todos os lados. Mas também tinha um ar distante, e seus olhos pareciam insondáveis.

Richard saiu antes que a mulher pudesse parar de olhar, e ela o seguiu, preocupada que pudesse encontrar mais ratos. Aquele tinha sido um dia dramático em sua vida. Ela passou por uma situação de vida ou morte e teve o coração partido em apenas um dia.

Na manhã seguinte, ele foi à casa dos Maia. Estava sentado no sofá, diante do casal Maia. O capitão contou a eles o que havia acontecido, e ficaram horrorizados. Não podiam acreditar que sua filha foi arrastada para algo tão perigoso por acaso.

“Ela está machucada, Sr. Lima?” Dafne perguntou.

“Ela arranhou a testa, mas está bem. Vocês não podem vê-la por enquanto. Talvez dure seis meses. Talvez um ano. Deixem-na conosco. Nós cuidaremos dela”, disse Richard calmamente.

“Confiamos em você. Por favor, cuide de nossa filha e desculpe pelo problema.” Gilberto foi compreensivo.

“Ela não é fácil de lidar, então, por favor, tenham paciência. Está acostumada à boa vida. Por favor, perdoem-na se fez algo de errado.” Dafne sabia que a filha era um desafio.

“Por favor, cuide de Ângela. Sua mãe e eu devemos muito a ela. Não cuidamos bem dela, e agora não podemos ajudá-la nem quando está em perigo.” Gilberto suspirou. Sentia-se muito culpado por isso.

“Farei o meu melhor.”

“Diga que a amamos muito. Diga para ser corajosa. Também ajudaremos na busca.”

“Claro, Sr. Maia”, Richard assentiu. Nesse momento, seu subordinado relatou o progresso da busca no quintal. Escavaram por toda parte, mas ainda não havia sinais do batom. A tempestade na noite anterior poderia tê-lo levado para o esgoto, então precisavam procurar no subsolo também. Era uma busca extensa, mas o batom continha informações altamente confidenciais.