Quarto para você romance Capítulo 876

A questão de saber se a mãe sobreviveria permanecia uma variável incerta.

Nesse momento, Ângela segurou a soleira da porta para se apoiar ao se levantar. Ela ainda soluçava quando olhou suplicante para o homem à sua frente e disse: “Você pelo menos pode me deixar ligar para meu pai e pedir a que me diga como está minha mãe? Por favor?”

Richard assentiu levemente, aliviado por ela concordar em fazer uma ligação em vez de sair.

Ela estava prestes a sair quando suas pernas cederam sob seu peso e a fizeram cambalear. Percebendo isso, o jovem rapidamente estendeu as mãos para segurá-la, com seus braços envolvendo com firmeza sua figura enquanto a estabilizava. Avaliou seu rosto pálido e sua fragilidade e então perguntou com muita calma: “Você consegue caminhar?”

Ângela se endireitou ao ouvir isso. Com as costas eretas, caminhou em direção à sala de conferências onde ele e seus homens trabalhavam. Esse era seu protesto silencioso contra a exibição insensível dele de antes.

Assim que chegou à sala de conferências, os quatro homens que estavam trabalhando em frente aos computadores olharam preocupados para ela. Eles perceberam que havia chorado apenas olhando para seus olhos vermelhos e inchados e ficaram ainda mais preocupados.

“Não se preocupe, sua mãe ficará bem”, Thiago confortou suavemente.

“Vocês têm um vídeo do acidente de carro?”, ela perguntou com a voz rouca. “Eu quero ver.”

Júlio imediatamente fechou o notebook e olhou para seu comandante, que estava parado na porta com os braços cruzados. Quando Richard lhe lançou um olhar sério, gaguejou um pouco desconfortável: “N-Não, nós apenas recebemos uma ligação. Nenhum vídeo nos foi enviado.”

No entanto, Ângela já havia percebido. Seu olhar caiu sobre o notebook dele, e contornou a longa mesa até onde ele estava sentado. Então, o empurrou de lado e abriu o notebook, em seguida, buscou nos documentos. “Exiba o vídeo para mim agora”, ordenou com um olhar gelado e com lágrimas cintilando em seus olhos.

Enquanto Júlio se debatia com a difícil situação, olhou para o capitão, pedindo silenciosamente ajuda. Como já havia visto o colapso emocional dela antes, Richard se aproximou e fechou o notebook, em seguida, disse: “Devemos esperar o hospital nos dar mais informações.”

As lágrimas escorreram por seu rosto mais uma vez enquanto ponderava o significado por trás de suas palavras. Se ele se recusava a deixá-la ver o vídeo, só poderia significar que o acidente havia sido brutal e as chances de sua mãe sobreviver eram praticamente nulas.

“Vocês dois podem sair”, disse aos seus subordinados. “Me avisem assim que tiverem alguma notícia sobre a mãe dela.”

“Entendido. Deixaremos a Sra. Ângela com você, Richie”, respondeu Thiago, puxando Júlio para fora da enfermaria e de volta para a sala de conferências.

Enquanto caminhavam pelo corredor, Thiago suspirou novamente e disse: “Aposto que o capitão está se culpando muito por isso. Ele prometeu a ela que protegeria sua família, mas agora, sua mãe está no hospital após um terrível acidente de carro.”

“É verdade. Vi a maneira como se olharam antes, e juro que ela o odeia profundamente. Se algo acontecer à mãe dela, ela vai culpá-lo para sempre.”

Ambos trocaram um olhar, esperando que o que estivessem supondo não se tornasse realidade. A última coisa que queriam era que ela passasse a odiar o capitão, agora que percebiam que ele tinha sentimentos especiais pela mulher.

Na enfermaria, o médico havia colocado a mulher em uma soro e um cateter havia sido inserido em seu braço por uma agulha. Richard sentou-se ao lado da cama, com sua silhueta ereta e rígida, e seu olhar escurecido fixado na garota inconsciente sob as cobertas. Era difícil dizer o que se passava em sua mente, mas qualquer um podia ver que estava preocupado.