Quarto para você romance Capítulo 875

“Vamos para o meu quarto”, disse Richard com a voz baixa e seguiu na direção de seu quarto.

Ângela abriu sua porta e saiu apressada para segui-lo. Julgando pela expressão em seu rosto, ele tinha algo importante para contar a ela.

Quando entraram em seu quarto, ele fechou a porta e a olhou com algo sombrio em seu rosto. Não falou imediatamente, então ela sentiu a necessidade de piscar para aliviar a estranha tensão entre os dois. “Fique à vontade”, ela disse, imaginando o que estava esperando.

“Recebi uma ligação há dez minutos. É sobre sua família”, disse ele.

Imediatamente, seu coração se contraiu, e sua mão se estendeu para agarrar o braço dele enquanto dizia: “O que aconteceu com minha família? Estão bem?”

“Sua mãe sofreu um acidente uma hora atrás e agora está na sala de emergência do hospital”, explicou o homem.

“O quê?” A mente de Ângela ficou em branco. Ela estava angustiada, e seus lábios tremiam enquanto as cores desapareciam de seu rosto. Nem sabia que estava prestes a chorar até que Richard se aproximou para puxá-la para seus braços.

Imediatamente, lágrimas quentes escorreram por seu rosto enquanto o empurrava, depois abria a porta e corria para fora do quarto.

Ele a seguiu, e viu que ela havia voltado para o próprio quarto e deixado a porta entreaberta. A mulher vasculhou o quarto e encontrou sua bolsa, depois enfiou o celular dentro dela, parecendo pronta para sair.

Richard ficou na porta, franzindo a testa ao perguntar: “Você está indo embora?”

Ângela pendurou sua bolsa sobre o ombro. Havia algo decidido em sua expressão quando o encarou com olhos vermelhos e disse: “Tenho que ir. Preciso ver minha mãe. Nem sei se ela vai sobreviver.” Se recusava a ficar aqui a salvo enquanto sua família estava em perigo. Preferiria oferecer-se aos criminosos a assistir sua família morrer por ela.

“Você não tem permissão para sair da base”, disse ele autoritariamente, estendendo o braço para bloquear a passagem na porta, e seu porte era imponente como uma parede que a impedia.

“Você sabe que não posso deixar você fazer isso. Prometi a seus pais que a protegeria. Esse é meu dever”, respondeu o capitão com gravidade.

“Não preciso de você para me proteger! Esta é minha vida, e cabe a mim decidir o que fazer com ela! Deixe-me ir! Prometo que não vou culpá-lo se eu morrer lá fora”, Ângela implorou desesperadamente. Havia uma expressão dolorida em seus olhos, mas não estava recuando.

“Não deixarei você morrer”, disse solenemente, seus ombros enrijecidos enquanto permanecia firme no lugar.

Sua recusa em deixá-la ir era pior do que a morte. Ela desabou, chorando em voz alta enquanto se agachava no chão. Colocou a cabeça nas mãos e soluçou, expondo toda a sua dor, devastação e impotência.

Richard olhou para ela, seu coração se retorcendo ao vê-la tremer com a força dos soluços angustiados. Ele não tinha ideia de quão gravemente ferida estava a mãe dela. Tudo o que sabia, pelas fotos que lhe foram enviadas, era que o outro motorista na colisão tinha morrido no local e que a mãe de Ângela estava inconsciente quando a levaram para o hospital.