Mesmo que a distância entre Southedge e Alnwick fosse imensa, Brendan demonstrou uma determinação inabalável quando disse:
— Então é melhor partirmos o quanto antes. —
Alguns minutos depois, de malas feitas, quando Deirdre se despediu de Arthur, um brilho inesperado de tristeza iluminou seus olhos.
— Você irá visitar a antiga casa de sua mãe? Tudo bem, vá em frente. Não vá se cansar demais. —
— Não precisa se preocupar, pai — respondeu Deirdre. Mas, diante do olhar hesitante de Arthur, ela se sentiu obrigada a acrescentar: — Pai, eu vou voltar. —
Arthur encontrou o olhar de Deirdre, com um brilho de esperança acendendo em seus olhos.
Deirdre suspirou suavemente e decidiu reafirmar.
— Você é meu pai, minha família. Claro, que eu vou voltar. —
— Você está dizendo isso para me agradar? Ou você está falando sério? — A excitação de Arthur fez suas mãos tremerem. Ele segurou Deirdre como se quisesse transmitir algo, mas tudo o que surgiu foi um murmúrio: — Então, por favor, volte assim que puder... E que seja o quanto antes... —
— Fique tranquilo. Aliás, tem um amigo meu chegando. Por favor, receba ele muito bem. Ah, e meu namorado está aqui também. Não se preocupe com os detalhes. Explicarei tudo quando eu voltar. —
Quando ela saiu, Brendan a esperava na porta, segurando um agasalho, que entregou à Deirdre, enquanto dizia:
— Está tudo pronto, vamos entrar no carro. —
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A viagem até Alnwick foi bastante trabalhosa e desgastante, pois, depois do tempo de voo, ainda era necessário fazer uma viagem por estradas sinuosas, mas, ao finalmente chegar na casa, Deirdre empurrou a porta e descobriu que o pátio tinha sido maravilhosamente revitalizado. Mas, não era só isso, praticamente todos os cantos da casa foram reformados.

Alguns minutos depois, o palpite se mostrou certeiro. Como as raízes da árvore estavam totalmente expostas, havia uma caixa no fundo e, cavando as laterais com as mãos, Brendan conseguiu retirar o objeto.
Deirdre usou a chave e a destrancou. Dentro, havia uma carta de despedida.

Ophelia, porém, era naturalmente teimosa. No final, a pessoa cansou-se da sua resistência e a drogou. Ela não sabia que droga era, mas sua mente ficou confusa. Mesmo assim o controle não era total e quando a pessoa relaxou na segurança, ela escapou com a prova de seu desfalque.

A carta terminava dessa maneira:
"Deirdre, se você leu esta carta, você encontrou seu pai. Por favor, não o culpe. Ele ama você e me amou. Mas algumas pessoas não foram feitas para ficarem juntas."

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Rancor Rejeição e Arrependimento
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Boa noite!Os capítulos estão bloqueados, como faço para continuar lendo?...
Boa noite porque agora aparece bloqueado?...