Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 1091

Na escuridão, Ayrton Souza não respondeu.

Meia hora depois, ele finalmente se levantou lentamente e abriu a porta do quarto.

Quando a luz de fora invadiu o quarto, ele deu um passo para trás, como se a luz o tivesse assustado.

Ayr soltou uma risada zombeteira, mas Ayrton Souza não lhe deu atenção.

Ele desceu as escadas e viu que Patrícia Ribeiro ainda estava deitada no sofá.

Ela não estava dormindo, apenas olhava fixamente para o teto.

Ayrton Souza, lutando contra o desconforto físico, jogou o frasco de soro e a agulha na lixeira, e levou o lixo para fora.

Quando voltou, suas costas estavam cobertas de suor frio.

Ele foi até a cozinha, pegou o arroz e começou a cozinhar um mingau. Também arregaçou as mangas e preparou alguns pratos simples.

Após muito trabalho, quando o mingau estava pronto e tinha esfriado um pouco, ele o levou até Patrícia Ribeiro.

Patrícia Ribeiro não conseguia se levantar, a dor no estômago havia diminuído, mas ela ainda se sentia fraca.

“Patrícia, vou te ajudar a se levantar.”

Ele se aproximou e a ajudou a se levantar.

Talvez fosse ilusão de Patrícia Ribeiro, mas ela sentia que os dedos do homem tremiam levemente, e havia curativos nos seus dedos. Talvez ele tenha se distraído enquanto cortava os legumes?

Ayrton Souza não disse nada, apenas aproximou o mingau e os pratos.

Ele baixou a cabeça, pegou uma colherada de mingau e a levou até a boca dela.

Mas suas mãos tremiam visivelmente, e o mingau da colher caiu todo no chão.

Ele piscou confuso, colocou a colher de volta na tigela, limpou o mingau do chão com um papel toalha e jogou no lixo.

Depois de fazer tudo isso, tentou novamente servir o mingau, mas suas mãos ainda tremiam muito.

Patrícia Ribeiro franzia a testa. Era assim que ele tinha cozinhado?

Ayrton Souza tentou várias vezes, até que, desanimado, colocou a colher de lado com a voz rouca.

“Patrícia, desculpe, hoje eu não estou bem. Vou chamar alguém para te alimentar.”

Suas palmas estavam suadas, ele forçou um sorriso.

“Ayr, você nunca aprendeu a amar, por isso só sabe machucar. Eu não vou te dar o controle do meu corpo.”

Ayr ficou em silêncio por um momento, e então explodiu de raiva.

"Você discordar não muda nada, não percebeu que ultimamente está ficando mais fraco? Por ter visto a pessoa que gosta, o lado da dor em você cresce ainda mais intensamente. Os outros dizem que Patrícia Ribeiro não é digna da família Souza, muito menos de você. Mas, no fundo, você sente que é você quem não é digno de Patrícia Ribeiro, não é mesmo? Por isso, mesmo tendo escapado da base de pesquisa, você nunca pensou em cumprir aquela promessa com ela. Você tem medo, se sente sujo."

Um corpo que foi repetidamente estudado, observado como se fosse um animal, sua dignidade, seu amor, todos aqueles impulsos de juventude, já morreram há muito tempo.

Aquele que já foi o orgulho do céu, ao perceber que não era mais digno da pessoa que amava, só podia proteger sua segurança.

Mas agora ele está tão fraco, que nem mesmo consegue fingir que está bem na frente dela.

Suas mãos tremem, assim como sua dignidade frágil.

Ele não pode mais manter nem o pouco de dignidade que lhe resta.

Ayrton Souza fecha os olhos, o suor desliza por seu rosto, mostrando sua fragilidade.