Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 1287

Giselle Assunção esperou Felipe Damasceno ir embora para, um tanto desfalecida, fechar a porta e se encostar na parede.

Seu corpo todo doía, e a confusão com Felipe Damasceno só aumentou seu cansaço.

Piscou os olhos várias vezes, sentindo até mesmo uma dor ácida em seus olhos.

Pelo menos era sábado, e ela não precisava trabalhar.

Queria apenas voltar para a cama, mas ouviu o toque do celular, uma chamada da família.

Agora, a única família de Giselle Assunção era sua mãe, com quem não se encontrava há muitos anos, e que nunca tinha ligado para ela antes. Mas hoje ela o fez.

O coração de Giselle Assunção tremia, seus dedos começaram a tremer levemente.

Apertou o botão de atender várias vezes antes de conseguir.

“Mãe.”

“Giselle, você está livre esta noite? Podemos nos encontrar? Preciso conversar com você.”

Era a primeira vez que sua mãe pedia para se encontrarem, e Giselle Assunção ficou surpresa.

Quando seus pais ainda eram casados, Giselle Assunção podia sentir o amor paterno, mas após o divórcio, quando foi morar com a mãe, nunca mais sentiu o sabor do carinho familiar.

As pessoas podem ser aprisionadas pelas coisas que não tiveram na juventude, e ela sabia que só quando enviava dinheiro para casa é que ouvia um tom suave na voz de sua mãe, mas ela não se importava, pois até mesmo essa pequena gentileza era algo que ela desesperadamente desejava.

Ela sabia que era um desejo doentio, e sempre desprezou essa fraqueza em si.

Mas ela não conseguia evitar, enviar dinheiro para casa tornou-se um hábito.

Ouvir palavras carinhosas de sua mãe sempre a aquecia por dentro.

“Claro, mãe, me envie o endereço.”

Sua mãe contava que ela iria, e enviou o local.

Giselle Assunção passou o resto do dia adormecida no hotel até a tarde.

Já era outono, e ela fez questão de enrolar um lenço no pescoço antes de ir ao encontro de sua mãe.

Elas se encontraram em uma cantina, onde sua mãe não quis gastar muito, escolhendo um lugar modesto.

Uma tigela de sopa por vinte reais já era um gesto generoso.

Nos últimos anos, com o dinheiro enviado por Giselle Assunção, sua mãe vivia confortavelmente, vestindo-se com roupas de seda Banarasi, que pareciam muito suaves ao toque.

Ao ver o lenço no pescoço de Giselle Assunção, a expressão de sua mãe escureceu.

Quando se sentaram, ela prontamente arrancou o lenço.

Ao ver as marcas descoloridas em seu pescoço, ela não hesitou em dar um tapa no rosto de Giselle Assunção.

“Como você pode ser tão desrespeitosa consigo mesma? Em casa, você já era assim, flertando com todos os homens, e agora você aprendeu a se vender? Se não fosse por Felipe Damasceno me contar, eu nem saberia que você estava tão fora dos limites!”

Giselle Assunção foi atingida de tal maneira que virou o rosto, sentindo o gosto de sangue nos lábios.

O tapa de sua mãe foi forte, com toda a força, e o anel em sua mão raspou contra sua bochecha, causando uma dor ardente.

Seu tom finalmente suavizou um pouco.

"Se você não quer ser a outra, por que não o trata como seu cliente? Afinal, vender para um ou para outro não faz diferença."

Essas palavras fizeram com que Giselle Assunção se sentisse extremamente desconfortável.

Seu rosto esquentou, especialmente sob os olhares de tantas pessoas ao redor, ela abaixou ainda mais o chapéu.

"Mãe, falamos disso depois, eu tenho que ir."

Ela se levantou para sair, e a mãe de Giselle não tentou impedi-la.

"Lembre-se de tirar o Felipe Damasceno da lista negra, ele na verdade é bom para você, e conhecendo-o há tantos anos, você sabe quem ele é. Ele esteve com você por sete anos e só foi procurar outra mulher uma vez, o que é muito melhor que muitos homens."

Giselle Assunção sabia o que a mãe estava pensando, ela só estava preocupada que Giselle voltasse para casa e tomasse o homem dela.

Sempre que Giselle Assunção mencionava voltar para casa, a mãe tinha uma explosão.

Quando Giselle Assunção chegou à porta, ouviu a mãe gritar com o dono do restaurante.

"Tira uma porção do pedido, não vamos querer."

"Mas a comida já foi preparada, agora você diz que não quer?"

"Não vamos conseguir comer tudo, se não queremos, não queremos. Daqui a pouco eu só pago por uma porção, façam como acharem melhor."

O dono do restaurante resmungou, sem ter o que fazer.