Rejeitada, mas reivindicada pelos seus quatro alfas romance Capítulo 188

Durante toda a minha vida, nunca tinha visto aquela marca. Eu tinha quase certeza de que o pai de Tyler também não a tinha. Costumava desejar que alguém o desafiasse para que o status de Tyler caísse, mas desisti disso há muito tempo. Não era o meu problema. Quando alguém finalmente o desafiasse, eu já estaria longe.

"O que vai ser?" Julian disse, aproximando-se da porta. "Quão aberta você pode abrir a boca?"

"Você é nojento", eu disse.

"Por que mais Tyler pediria para você ficar se você não está se entregando?" Julian perguntou.

"Eu não estou transando com o Tyler." Eu não estava transando com ninguém. Como se houvesse alguém nesta matilha com quem eu estivesse disposta a ir para a cama. Claro, eu tinha desejos como todo mundo, mas eram mais suaves em comparação com os libidos dos metamorfos. Eu tinha flagrado colegas na biblioteca mais de uma vez. Embora eu pudesse me satisfazer ocasionalmente, podia esperar até estar em casa e com a porta trancada.

Pelo menos isso era uma coisa boa sobre essa maldição. Eu não conseguia imaginar fazer sexo com nenhum dos idiotas daqui. Não tínhamos a preocupação com DSTs como os humanos, mas eu não estava disposta a arriscar uma gravidez.

"Há outras coisas que uma mulher pode fazer além de transar", disse Julian. "Tenho certeza de que você aprendeu muitos truques com sua mãe. Meu pai diz que ela é como uma loba na cama, mesmo que não possa se transformar."

Um calor encheu meu peito e eu cerrei os punhos. "Não fale da minha mãe, seu pedaço de merda."

"Posso falar da sua mãe o quanto eu quiser. Na verdade, talvez eu tenha minha própria vez. Eu estava esperando que você se juntasse ao negócio da família e eu finalmente pudesse apagar aquele sorriso convencido do seu rosto com o meu pau, mas sua mãe serviria, suponho."

"Vá para casa e transe com sua própria mãe", eu disse. "Pelo menos minha mãe é honesta sobre o que faz. Sua mãe é a que se esconde em becos e fica se esgueirando por aí. Todos nós sabemos que ela mantém a cama do alfa aquecida enquanto seu pai está sozinho."

Julian avançou tão rápido que eu não tive tempo de bater a porta fina em seu rosto. Seu corpo musculoso de um metro e oitenta estava em cima de mim, me derrubando no chão. Meus braços estavam presos ao chão, seu joelho em minha barriga. Eu me contorci, tentando me posicionar melhor para poder chutá-lo na virilha, mas não conseguia me soltar de seu agarre.

"Me solte", eu sibilei entre os dentes cerrados.

"Então você é o único que pode me machucar, huh, Tyler?" Não sei por que disse isso, mas foi como se algo tivesse estalado. Eu estava de pé agora e Tyler ainda não estava me olhando. "Seu bastardo, me responda."

Ele olhou para mim e pude ver a raiva em seus olhos. Ele estava furioso. O olhar foi o suficiente para me enviar um pequeno arrepio de medo. Havia um aviso ali que eu não tinha visto antes.

Eu recuei e dei um passo para trás. "Me deixem em paz. Os dois."

Tyler resmungou. "Fora, Julian." Ele empurrou seu amigo em direção à porta antes de se virar para me olhar. "Você fica aqui e não sai. Eu vou te levar para a cerimônia e então você não será mais meu problema."

Julian e Tyler saíram pela porta, batendo-a atrás deles. Assim que eles se foram, respirei fundo, baixando um pouco minha guarda. Meu corpo todo tremia e eu estava perto das lágrimas. Isso nunca ia acabar. Enquanto eu estivesse aqui, eu seria um alvo. Eu ia acabar como minha mãe ou pior. Eu tinha que sair daqui, mas precisava fazer isso do meu jeito. Eu não tinha ideia do jogo que Tyler estava jogando, mas não tinha certeza de até onde eu poderia pressioná-lo.

Não tinha escolha. Eu esperaria aqui e iria para a estúpida cerimônia e quando todos os outros se transformassem e corressem para a floresta, eu correria na direção oposta.